Você sabia que abandono afetivo pode gerar indenização?

 

 

 

Você sabia que abandono afetivo pode gerar indenização?

No Brasil, segundo dados do IBGE, 5,5 milhões de crianças não possuem o nome do pai em seus registros de identidade e cerca de 12 milhões de mães chefiam lares sozinhas, sendo que 57% vivem abaixo da linha de pobreza. Segundo os mesmos dados, famílias compostas somente por um homem sem cônjuge e com filho representam apenas 3,6% dos casos. É um direito da criança ter o nome da mãe e do pai na certidão de nascimento, mas também é direito, assegurado pela Constituição Brasileira e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que ela tenha o cuidado de seus pais no âmbito material, intelectual e no afetivo.

Já é muito claro, pelo menos deveria ser, que é obrigação de ambos os pais o cuidado com o material e o intelectual, mas o que poucos sabem que a negligência emocional ou abandono afetivo também pode ser responsabilizado juridicamente.

O abandono afetivo caracteriza-se pelo não cumprimento dos deveres do poder familiar. Quer dizer, não basta pagar pensão: para estar com seus deveres de progenitores quitados, os pais devem cuidar do menor em todos os aspectos de sua vida. Não querer ver/falar com o filho ou participar de sua vida cotidiana, causa danos ao desenvolvimento da personalidade do indivíduo e representa uma ofensa a sua dignidade. Isso pode reparado por meio de indenização.

O que acontece no dia a dia e que escutamos nas rodas de conversa é o clássico caso do pai que formou uma nova família e aos poucos vai negligenciando os filhos da primeira união. Como justificativa usualmente se encarregam de culpar as desavenças com a antiga parceira. Fique claro, que as brigas do casal, não justificam o abandono ao menor.

Já existe jurisprudência sobre a reparação de danos morais aos pais que não prestam assistência afetiva aos seus filhos por meio da saudável convivência. Acredito que qualquer reparação econômica ao prejuízo emocional causado à uma criança abandonada por um dos pais jamais será suficiente, mas já é um grande passo para que mães solteiras e seus filhos possam exigir na justiça o que deveria ter sido dado à criança por amor, por respeito e por humanidade.

*Maria Rassy é advogada da área da família e mestranda em Governança e Sustentabilidade no ISAE Escola de Negócios

 

 

 

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Entenda a relação entre a vacina da gripe e combate à Covid-19

Entenda a relação entre a vacina da gripe e o combate à Covid-19

Imunização contra vírus da Influenza ajuda a diminuir casos de gripe e pode auxiliar no diagnóstico do novo coronavírus; intervalo entre as duas vacinas deve ser de 14 dias

Com a escalada de casos de Covid-19, a vacinação tem sido vista como a principal esperança para redução desses números. Enquanto profissionais da saúde e idosos são imunizados contra o coronavírus, o calendário da saúde também indica a importância de tomar a vacina da gripe, que começa a campanha em 12 de abril. Confira abaixo a relação entre as duas vacinas e como a imunização contra a gripe é ainda mais importante nesse momento de pandemia.

Aplicação de vacinas deve ter intervalo de 14 dias

Como idosos e profissionais de saúde fazem parte do público-alvo das duas vacinas, uma das principais dúvidas é sobre os cuidados para receber as duas imunizações. A recomendação do Ministério da Saúde é que seja feito um intervalo de, pelo menos, 14 dias entre a vacina da Covid-19 e a da gripe, e vice-versa. Isso porque ainda não há um estudo aprofundado sobre possíveis efeitos colaterais das duas vacinas ao serem aplicadas simultaneamente. Nesse caso, é importante manter o intervalo de 2 semanas entre as diferentes doses.

Redução nos casos de gripe

Febre, calafrios, dores musculares, tosse, congestão nasal, coriza, dores de cabeça e fadiga estão entre os sintomas da gripe que também são apresentados por pacientes infectados pela Covid-19. De acordo com o infectologista do Hospital Universitário Cajuru, João Telles, a vacina da gripe diminui os casos de doenças respiratórias graves causadas pelo Influenza (vírus da gripe), o que se torna ainda mais importante devido à pandemia do novo coronavírus. “Com os prontos atendimentos sobrecarregados, toda diminuição de casos pode ajudar na organização do sistema de saúde e no trabalho das equipes que estão na linha de frente do combate à Covid-19”, diz.

Auxílio no diagnóstico dos casos de Covid-19

Com mais pessoas imunizadas contra o vírus da Influenza, menos pacientes irão aos hospitais e unidades básicas de saúde apresentando gripe. Para João, essa realidade ajuda a identificar os casos mais prováveis de Covid-19, pois uma vez que o paciente tenha se vacinado contra a gripe, menor a probabilidade dela e maior da Covid-19.

Vacina da gripe não anula a necessidade de imunização da Covid-19

O fato dos sintomas serem parecidos não anula a necessidade das duas imunizações, já que cada vacina tem por objetivo combater vírus distintos que agem no sistema imunológico com níveis de gravidade diferentes. Sendo assim, é necessário tomar as duas vacinas assim que estiverem disponíveis.

Campanha de vacinação da Gripe em 2021

A vacina da gripe potencializa a resposta imunológica. Segundo o infectologista, a vacina prepara o corpo para combater o vírus Influenza de forma mais eficiente e previne complicações como necessidade de UTI e até mesmo mortes por gripe. “A imunização faz com que o organismo fique protegido contra o vírus da gripe e reduz as chances dos pacientes idosos e com comorbidades apresentarem complicações mais severas. Por isso é muito importante que toda a população tome a vacina”, finaliza.

A campanha de vacinação da gripe acontece de 12 de abril a 9 de julho, seguindo uma programação para cada público-alvo.

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Mudança climática pode ocasionar aumento de doenças respiratórias

Mudança climática pode ocasionar aumento de doenças respiratórias

Com a chegada do outono, a alimentação saudável se torna ainda mais essencial para o aumento da imunidade

O outono chegou trazendo o cair das folhas que se preparam para receber o inverno. E, com o clima começando a esfriar, chega também o ar mais seco e as mudanças bruscas de temperatura - muitas vezes num intervalo muito curto. Com isso, as pessoas ficam mais suscetíveis aos vírus e bactérias. Os famosos resfriados e gripes, além de outras doenças respiratórias sazonais, costumam aumentar nesse período do ano. É nesse cenário que o fortalecimento da imunidade, com a adoção da prática de exercícios e de uma alimentação mais saudável, é um importante fator de combate.

Os vírus respiratórios tendem a sobreviver mais tempo em ambientes frios e o mais recente vilão, o coronavírus, com suas alterações e novas cepas, é ainda mais preocupante com a mudança de estação. Segundo estudo da Universidade de Oxford desenvolvido no início da pandemia, o vírus pode se disseminar com maior facilidade no tempo frio e seco. Outro estudo, desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT), aponta que em algumas regiões dos Estados Unidos, onde a temperatura é elevada, o vírus se espalhou lentamente. Enquanto que em regiões mais frias a proliferação foi maior. Por isso, a chegada no outono no Brasil preocupa especialistas, que alertam sobre a importância de fortalecer os mecanismos de defesa do corpo.

“A melhor forma de melhorar a imunidade é por meio de uma alimentação saudável. Claro que o ideal é aliar com noites de sono bem dormidas, atividades físicas e muita hidratação com água, chás e sucos naturais. Uma dieta baseada em verduras e legumes é importante também. Esses hábitos são cruciais e determinantes para uma vida mais equilibrada em muitos sentidos, começando pela saúde física do corpo”, explica a engenheira de alimentos Erika de Almeida.

Outro ponto importante, segundo a especialista, é o consumo de alimentos orgânicos, integrais, sem glúten e sem açúcar para o fortalecimento do sistema imunológico. “Alimentos como goji berry, castanhas, aveia, amêndoas, chia e linhaça, por exemplo, são aliados nutritivos, ricos em fitoesteróis, Vitaminas C e E, cujos benefícios são o auxílio no metabolismo, ao gerar mais energia ao indivíduo, e o bom funcionamento intestinal”, aponta.

Em geral, alimentos que contêm ômega-3, selênio, zinco, vitaminas e probióticos são necessários, pois favorecem a produção das células de defesa do organismo de forma mais eficiente. Outro exemplo é um fruto tipicamente brasileiro, a castanha-de-caju. Erika, que é analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Jasmine Alimentos, explica: “o fruto contém antioxidantes, zinco e é rico em gorduras boas para o coração. Para quem não gosta de consumir a castanha pura, uma ótima pedida é o novo sabor de granola da Jasmine, com ingredientes brasileiros e, claro, a castanha-de-caju”, finaliza a especialista.

Sobre a Jasmine Alimentos

A Jasmine Alimentos é uma empresa referência em alimentação saudável. Com produtos categorizados em orgânicos, zero açúcar, integrais e sem glúten, a marca visa atingir o público que busca alimentos saudáveis de verdade e qualidade de vida. A operação da Jasmine começou de forma artesanal no Paraná, há 30 anos. A Jasmine está consolidada em todo Brasil e ampliando sua atuação para a América Latina. Desde 2014 a marca pertence ao grupo francês Nutrition et Santé, detentor de outras marcas líderes no segmento saudável na Europa.

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Pesquisa mostra que 20% dos brasileiros sofreram ataque de phishing em 2020

 

 

 

Pesquisa mostra que 20% dos brasileiros sofreram ataque de phishing em 2020

Índice de brasileiros alvos do ataque é maior do que a média mundial, com 13%

Um estudo realizado pela Kaspersky mostrou que um em cada cinco brasileiros sofreu pelo menos uma tentativa de ataque de phishing em 2020. Phishing é considerado um crime virtual que pode acontecer por e-mail, telefone ou mensagem de texto. O objetivo dos criminosos é conseguir dados privados da vítima. Com a pandemia, esses ataques cresceram no país. No começo do isolamento social, de fevereiro a março, o número de ameaças virtuais aumentou mais de 120%.

O levantamento também mostrou que o Brasil é líder em golpes virtuais, à frente de Portugal, França, Tunísia e Guiana Francesa. Sendo que o índice de brasileiros alvos de phishing é maior do que a média mundial, 20% contra 13%. De acordo com a pesquisa, isso acontece porque muitas pessoas têm dificuldade de reconhecer uma mensagem eletrônica falsa. Em torno de 30% dos brasileiros estão nessa situação. "Com o avanço da internet tudo foi facilitado. É muito mais fácil você obter dados e é mais fácil você disponibilizar seus dados. Com isso, a quantidade de pessoas com más intenções aumentou”, afirma Elton Vinicius Rauh, coordenador de Data Center e Administração de Redes do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).

Atualmente, é muito difícil alguém não se expor na internet. “Nós nunca estamos 100% seguros, por isso temos que tomar muito cuidado com o que vamos acessar. Você pode ter o melhor antivírus, mas um deslize e suas informações já estão com terceiros e aí não há como saber o que pode acontecer. Hoje, se você colocar o seu nome completo no Google provavelmente vai ter algum dado seu lá”, comenta Elton.

Como identificar um Phishing?

Geralmente, os golpistas tentam se passar por empresas ou entidades conhecidas como PicPay, NuBank, Pix, regularização de conta e notificação judicial. A orientação é verificar o domínio de e-mail. Outro indício de fraude é observar o link do comprovante, que poderá apresentar endereços falsos.

Para garantir a segurança dos dados pessoais, Elton recomenda nunca abrir e-mails de contatos desconhecidos e conferir se o e-mail foi mesmo enviado por alguém de confiança. É também necessário se atentar aos detalhes do link em que estão sendo inseridos seus dados. O coordenador do ICI também recomenda armazenar senhas e informações em um banco de dados particular (cofre de senhas) e nunca acessar dados em computadores públicos, além de ativar a verificação em duas etapas nas redes sociais e em todos aplicativos que dispuserem dessa tecnologia.

Sobre o ICI

O ICI – Instituto das Cidades Inteligentes é uma organização criada em 1998, com atuação em todo o território nacional, referência em pesquisa, integração, desenvolvimento e implementação de soluções completas de TIC para a gestão pública. Mais informações: www.ici.curitiba.org.br.

 

 

 

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Poupança e crédito devem ajudar na retomada econômica pós-pandemia

 

 

 

Poupança e crédito devem ajudar na retomada econômica pós-pandemia

Em 2020, Brasil alcançou o maior nível de taxa de poupança dos últimos cinco anos: 15,03% do PIB

“Em 2021, existem fatores positivos que podem auxiliar a retomada econômica”, avalia Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica do Ministério da Economia. Entre os pontos que devem ser olhados com atenção estão a taxa de poupança alta, o mercado de crédito sólido e a possibilidade de o mercado de trabalho responder com mais dinamismo.

De acordo com Sachsida, o Brasil atingiu o maior nível de taxa de poupança dos últimos cinco anos. Ao contrário das crises de 2019 e 2015-16, a taxa de poupança aumentou no Brasil em 2020. E foi uma alta considerável, passando de 12,53% do PIB em 2019, para 15,03% do PIB em 2020. “Ou seja, tão logo possamos vacinar a população, nós teremos uma poupança mais robusta para auxiliar o consumo e os investimentos”.

Nas crises passadas, o desemprego se deu no setor formal da economia, já na crise atual da pandemia de 2020, o desemprego aconteceu mais no setor informal. Segundo dados da Pesquisa por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), em agosto de 2020, ponto mais negativo da série, a taxa de população ocupada caiu 12,7%, com a contribuição de 8,2 pontos percentuais dos informais. O secretário destacou que o desemprego no setor econômico formal é mais dinâmico, por isso espera-se que após a vacinação em massa os empregos nesse setor sejam retomados. Além disso, a preservação do setor formal, por ser mais produtivo, é importante para a retomada econômica.

A força dos programas de créditos adotados pelo governo durante a pandemia é um sinal importante e mostra uma diferença em relação a crises anteriores. De acordo com Sachsida, o crédito se expandiu de maneira robusta no Brasil mesmo durante a crise de 2020, dando condições de manter a base produtiva da sociedade funcionando. Em dezembro de 2020, o saldo de crédito deflacionado atingiu R$ 1,933 trilhão.

Também foram destacados tópicos como preço das commodities em alta, taxas de juros internacionais baixas e a variação do PIB em 2020, que ficou em um patamar acima das expectativas do mercado.

Quando o assunto é retomada econômica, a agenda microeconômica - aquela que afeta setores ou temas específicos do país - também deve ser vista com atenção. Segundo Ricardo Sennes, sócio da Prospectiva Consultoria, essa agenda tem avançado de maneira positiva, em comparação com as pautas política e macroeconômica. Pontos importantes como a nova lei das licitações, nova lei das falências, BR do mar, marco regulatório do gás, estão entre os destaques. “É um espaço no qual parece que existem menos divergências na câmara neste momento e que, portanto, deve seguir avançando”, detalhou.

O tema foi discutido no webinar “Plano de Voo”, transmitido pela Amcham Brasil em Curitiba (Câmara Americana de Comércio), na quinta-feira (18), que reuniu interlocutores do setor público e privado para debater a situação econômica e política do País, além de possíveis cenários para 2021.

 

 

 

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