Mensalidades escolares podem ter alta de até 11,2% em 2021

 

 

 

Mensalidades escolares podem ter alta de até 11,2% em 2021

Novo imposto aumentaria custos das instituições de ensino particulares, que já sofrem com evasão e inadimplência, por conta da pandemia

A alíquota de 12% proposta para o novo imposto federal que pretende substituir o PIS/Cofins pode fazer com que a tributação final sobre o consumo no Brasil seja a maior do mundo. O novo imposto, chamado de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), teria uma alíquota única de 12%. O Projeto de Lei 3.887, de 2020, apresentado pelo Poder Executivo à Câmara dos Deputados, no final de julho, provoca severos efeitos na vida orçamentária das famílias de 15,5 milhões de estudantes brasileiros, devido ao aumento nos valores das mensalidades das escolas particulares.

De acordo com o professor de programas de MBA nas áreas Tributária, Contábil e de Controladoria da Universidade Positivo, Marco Aurélio Pitta, o setor de ensino básico terá impactos importantes, pois escolas que estão no regime do lucro real ou lucro presumido dificilmente terão condições de manter os atuais preços de mensalidades escolares. "O repasse de preços parece ser inevitável e deve ser entre 7,8% e 11,2%, podendo variar a depender das alíquotas atuais de ISS de cada município e possíveis créditos da CBS sobre custos e despesas de cada organização", explica.

Os impactos da reforma tributária na educação não param por aí. Instituições filantrópicas de ensino básico também serão afetadas com o aumento da CBS, pois não estão contempladas com a isenção do novo imposto. Instituições de Ensino Superior que destinam vagas gratuitas para a população de baixa renda, por meio do PROUNI, também terão que tributar a CBS. Livros e materiais didáticos, que hoje possuem alíquota zero para o PIS e COFINS, não terão mais esse benefício. "E para piorar, o Governo estuda mudanças no imposto de renda pessoa física, que inclui a retirada da possibilidade de dedução de gastos com educação na declaração de ajuste anual dos brasileiros que possuem filhos em escolas privadas", reforça Pitta.

A educação particular desonera o Estado em R$ 225 bilhões/ano de gastos, além de gerar 1,7 milhão de empregos, sendo 800 mil professores em regime formal. Atualmente, 15,5 milhões de estudantes estão matriculados nas instituições de ensino particular brasileira, sendo que mais de 81% estão nas classes C, D e E, contando com uma renda familiar per capita de R$ 3.135,00. Outros 41% estão nas classes D e E, com uma renda de até R$ 1.045,00. "O fato de haver aumento de mensalidades por conta da reforma tributária promete gerar uma sobrecarga para o Estado, gerando a migração de boa parte dos alunos das escolas particulares para as escolas públicas", alerta o especialista.

Além disso, segundo ele, o aumento nas mensalidades no cenário atual pode decretar o fechamento de centenas de escolas, que ainda lutam para sobreviver com as consequências da crise da pandemia, como evasão, migração para o setor público, e altíssimo índice de inadimplência, que, segundo dados da Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares), passou de 9% para 35% por conta da pandemia.

 

 

 

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Diferença no enfrentamento da pandemia: básico público e privado

Diferença no enfrentamento da pandemia: básico público e privado

Desde o início da pandemia, em março, as instituições públicas e privadas brasileiras foram afetadas pelas medidas preventivas estipuladas por prefeitos e governadores, que determinaram o distanciamento social e o fechamento e cancelamento das aulas presenciais para conter a disseminação do coronavírus. Esta pandemia demonstra a desigualdade existente entre os sistemas básicos de ensino público e privado com efeitos no calendário acadêmico e na qualidade de ensino.

Nas escolas particulares houve uma resposta rápida com a utilização de recursos digitais combinando vídeos gravados e ao vivo, tarefas integrativas e tutores, com os privilégios inerentes à classe e à circunstância. Além disso uma rápida organização, planejamento e formação dos professores e alunos foi identificada. Fica evidente que a questão econômica com o pagamento das mensalidades por parte dos pais, e a necessidade de manutenção destas instituições provocou uma maior organização e influenciou para esta rápida resposta.

Por outro lado, nas escolas públicas o ensino presencial normalmente já enfrentava dificuldades pela falta de recursos tecnológicos, e neste momento de pandemia, em muitos municípios foi disponibilizado material didático para que os responsáveis fossem buscar nas escolas e assim os alunos pudessem continuar a estudar. Em outros casos, foi disponibilizado o envio de material digital, de orientações genéricas e acompanhamento do livro didático com comunicação por redes sociais e plataformas estaduais. Estas atividades remotas no ensino público tiveram por objetivo estimular intelectualmente o aluno durante o isolamento, sendo esta adesão em muitos casos, facultativa. Entretanto, muitos estudantes vivem em situação de vulnerabilidade com dificuldade no acesso à internet e estrutura tecnológica para o ensino remoto, dificultando a continuidade e o estímulo intelectual.

Os pais ou responsáveis, muitas vezes não capacitados, passaram a ser os tutores em casa no auxílio destes alunos que não tem outra alternativa sem professores para ensiná-los. As autoridades competentes reforçam a necessidade do distanciamento social, naturalmente, mas ao mesmo tempo não têm uma proposta de política pública que resguarde o direito e acesso ao sistema educacional às classes menos favorecidas. A constância à educação depende deste estudante ter acesso às tecnologias digitais cujo acesso é essencial para o exercício da cidadania conforme disposto no art. 7º da Lei 12.965/2014.

A pandemia pegou o mundo todo de surpresa, mas em outros países o olhar para sistema educacional é totalmente diferente. As instituições apresentaram mecanismos de respostas, as escolas privadas apresentaram um sistema mais eficiente e rápido em decorrência das necessidades de sobrevivência e potencial de organização. A crise está aí e seria uma oportunidade de transformar a educação com o aproveitamento do aprendizado além da sala de aula, com novas formas de ensino. Cabe aos órgãos públicos a adequação e organização frente a esta nova realidade e tudo que ela representa.

Autora: Luciane Prestes é professora especialista da Área de Educação, da Escola Superior de Educação do Centro Universitário Internacional Uninter

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Vem aí o segundo drive-thru do bem do GESD

 

 

 

Vem aí o segundo drive-thru do bem do GESD

Escoteiros arrecadam roupas, materiais escolares e produtos de higiene e limpeza para cinco instituições de Curitiba. As doações podem ser entregues neste sábado

Depois do sucesso da primeira edição, o Grupo Escoteiro Santos Dumont (GESD) volta a promover um drive-thru do bem. O objetivo é arrecadar donativos para instituições que atendem idosos, crianças carentes em idade escolar e pessoas internadas, que já vem sofrendo com o isolamento durante esse momento de pandemia. Cinco entidades serão beneficiadas com as doações: Asilos São Vicente de Paula e São Francisco de Paula, Associação dos Amigos do Hospital de Clínicas, Creche Vovó Otília e Escola Recriança.

Quem quiser colaborar poderá levar até a sede do Grupo roupas usadas, materiais escolares (novos ou usados), materiais de higiene pessoal, produtos de limpeza e alimentos não perecíveis. Os voluntários do GESD trabalharão para fazer a separação dos materiais e o seu encaminhamento às instituições correspondentes. E para doar, não será necessário sair do carro. Uma barraca de arrecadação será montada na calçada e, com o apoio do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, que fará a sinalização da rua, os carros poderão estacionar momentaneamente para que os voluntários recolham as doações.

Além do recebimento de doações, o GESD também auxiliará o Grupo Escoteiro Marechal Rondon (GEMR) em outra ação beneficente. O GEMR iniciará a distribuição de sopas para pessoas em situação de rua, e convida todos os que quiserem a escrever cartas, bilhetes, desenhos, uma mensagem que seja, para serem entregues junto com os mantimentos. A ideia é levar alimento para o corpo e para o espírito de uma população altamente fragilizada.

A ação ocorre nesse sábado, dia 26 de setembro, das 14h às 17h, na Rua Francisco Rocha, 747, em frente à sede do GESD, que fica dentro do Colégio Estadual Julia Wanderley, no Batel.

Mais informações: 

 

Ana Paula

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(41) 9 9987-8949

 

 

 

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Universidade presta auxílio jurídico gratuito e online durante pandemia

 

 

 

Universidade presta auxílio jurídico gratuito e online durante pandemia

Núcleo de Prática Jurídica da Universidade Positivo já atendeu mais de 500 pessoas durante a pandemia

Com o objetivo de garantir o direito ao acesso à Justiça, mesmo durante a pandemia, o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Universidade Positivo (UP) está atendendo remotamente. Universitários do curso de Direito, sob supervisão de professores e advogados, prestam atendimento jurídico gratuito à população de Curitiba via e-mail, telefone e WhatsApp.

Com quatro postos de atendimento em Curitiba, instalados no câmpus sede - Ecoville e Santos Andrade, da Universidade Positivo, e nos Juizados Especiais Cíveis e Federais, o NPJ-UP mantém a execução dos termos de cooperação que tem com os órgãos do Poder Judiciário, ofertando um canal para que o atendimento à população continue acontecendo neste momento de isolamento social. “Entretanto, mesmo que seja possível realizar a petição sem advogado nos Juizados, muitas pessoas não sabem como os pedidos devem ser formulados e, consequentemente, ficam sem o adequado acesso à Justiça. Por isso, esse serviço, que alia tecnologia e o nosso compromisso com o ensino para o desenvolvimento sustentável, é fundamental neste momento”, explica.

Em pouco mais de três meses de funcionamento remoto, mais de 500 pessoas já foram atendidas por meio do serviço gratuito. Para Thaís, considerando o atual momento e que o atendimento não pôde ser presencial, é um resultado excelente. “O alcance de tantas pessoas em tão pouco tempo superou nossas expectativas. Toda a equipe está satisfeita com o apoio prestado à população na promoção do acesso à justiça”, revela.

O Núcleo de Prática Jurídica da Universidade Positivo atua nas áreas de Direito Penal, Direito Previdenciário e Direito Civil e de Família. Questões sobre pensão alimentícia e divórcio são as mais buscadas pela população. Em razão da pandemia, o NPJ também presta auxílio jurídico para demandas relativas ao auxílio emergencial. “Além disso, a pandemia impactou nas relações contratuais, como aluguéis, mensalidades de instituições de ensino privadas, academia, entre outros. Em todos esses temas, estamos prontos para ajudar a comunidade”, finaliza a supervisora.

Serviço:

Núcleo de Prática Jurídica Universidade Positivo

Residentes no CIC, Gabineto, e casos de auxílio emergencial (Curitiba e região metropolitana) | Telefone ou WhatsApp Business: 3317-3232 e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Residentes no Centro e atendimento dos Juizados Especiais Cíveis (Ahú) | Telefone ou WhatsApp Business: 3526-6908 e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Atendimento dos Juizados Especiais Federais | Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

 

 

 

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Autenticidade na era do efeito manada

 

 

 

Autenticidade na era do efeito manada

É importante para profissionais adotarem discursos positivos e éticos, porém isso precisa, de fato, estar incorporado à essência de sua marca pessoal

A palavra autenticidade vem sendo bastante usada para orientar profissionais a se colocarem seja no on ou no off-line. Mas muitas vezes parece que esse conceito se choca com a tendência – ampliada pelas redes sociais – de adesão indiscriminada a causas e movimentos apenas porque todos o estão fazendo ou porque é “moda”.

Efeito manada é a tendência humana de repetir ações de outras pessoas. O nome é dado devido à semelhança com o que ocorre no reino animal, especificamente com espécies que vivem em comunidades. “Somos seres sociais e ansiamos por pertencimento, isso nos traz bem-estar. Porém essa busca deve ser feita levando-se em conta as nossas próprias crenças e de modo alinhado aos nossos objetivos”, afirma a consultora de imagem e marca pessoal Karla Giacomet, da KD Imagem e Marca Pessoal.

Sabe aquele velho conselho de mãe: “você não é todo mundo”? Faz mais sentido do que nunca quando pensamos que muitas vezes somos impelidos a emitir opinião simplesmente como reflexo de algo que nem ao menos temos conhecimento.

Todos sabemos a importância de temas políticos, raciais e sociais. É preciso sim falar sobre isso. Mas antes de enveredar para uma discussão ou mesmo para a rede social apenas para fazer parte do coro com a maioria é importante se informar e perceber os pontos em que os argumentos combinam com a sua postura.

Segundo a consultora de imagem e marca pessoal Dani Amorim, sócia de Karla na KD, isso está relacionado a um dos mecanismos do cérebro humano, chamado vieses inconscientes: atalhos que o cérebro toma, de modo inconsciente, que podem ou não levar a erros de decisão ou de lógica. “Um deles é o ‘Viés Efeito Bandwagon’ (ou viés efeito adesão), que explica essa enorme probabilidade de uma pessoa adotar uma crença baseada no número de pessoas que a seguem. A partir do momento em que conhecemos a existência desse viés, passamos a administrar melhor as nossas reações conscientes”, explica ela.

Esse movimento natural de uma pessoa reproduzir o comportamento de um grupo, mesmo sem saber o motivo, pode gerar uma avaliação negativa dentro de um ambiente corporativo. Às vezes, até própria empresa adota posturas para mostrar ao seu público uma imagem que não condiz com a prática. “Questões relativas à sustentabilidade são um bom exemplo. Por se tratar de uma macrotendência, muitas empresas adotam um discurso ecologicamente correto, mas o que estão fazendo, na verdade, é greenwhashing – se apropriando de valores ambientais como forma de marketing. O mesmo percebemos acontecer com as pessoas em temas variados”, exemplifica Karla.

É por isso que a autenticidade deve ser encarada como um verdadeiro pilar do personal branding. É importante observar, estudar e avaliar por quais caminhos devemos seguir e quais batalhas devemos lutar verdadeiramente. “Um bom exercício é o autoconhecimento. Entender seus valores e colocá-los em ação para, daí sim, incorporá-los em um discurso autêntico”, diz Dani.

KD – Imagem e Marca Pessoal

Informações: (41) 98877-3621

kddaniekarla.com.br/

@kd.daniekarla

linktr.ee/kddaniekarla

 

 

 

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