O Dilema das Redes e a educação digital

 

 

 

O Dilema das Redes e a educação digital
Cláudio Sassaki, mestre em Educação pela Universidade de Stanford e cofundador da Geekie, analisa como um documentário despertou a atenção de pais, responsáveis e educadores para a urgência de incluir a educação digital na grade de disciplinas

O século XXI – com o advento da tecnologia e seus respectivos impactos no cenário global – trouxe para a sociedade a figura do cidadão digital. Dessa persona, espera-se que utilize de maneira apropriada e responsável os recursos tecnológicos; esse atuar envolve direitos e deveres que, dado o ineditismo do momento, podem não ser tão claros e de fácil domínio quanto imaginamos. Há alguns anos, tenho ouvido pais, mães e responsáveis comentarem o quanto crianças e adolescentes, os chamados nativos digitais, são hábeis em navegar nesse mundo. Entretanto, essa conclusão é equivocada ao extremo. De acordo com pesquisa TIC Kids Online, quando desafiados a julgar as próprias habilidades na internet, 76% dos jovens brasileiros acreditam saber mais do que os pais; 71% afirmam conhecer muito sobre como usar a rede. No entanto, da teoria à prática, em um experimento da mesma organização, 30% dos jovens não souberam verificar se uma informação na internet estava correta. Esse dado é relevante, porque prova que há necessidade de orientação; da mediação de pais e professores. Aliás, essa conclusão fica muito clara com o docudrama The Social Dilemma (O Dilema das Redes), lançado pela Netflix.

Dirigido por Jeff Orlowski e escrito por Orlowski, Davis Coombe e Vickie Curtis, o documentário analisa o papel das redes sociais e os danos que elas podem causar à sociedade. Temas como desinformação, discurso de ódio, polarização e manipulação de algoritmos e recursos – como o botão like – são detalhados por executivos da indústria que vivenciaram a criação e o gerenciamento de redes sociais como Facebook, Instagram, Twitter, Pinterest e do Google. Os dilemas éticos passam pela constatação do dano causado pelas redes à sociedade e aos indivíduos, sobretudo os mais jovens que têm desenvolvido uma dependência tecnológica que compromete a saúde mental deles. O documentário tem causado desconforto e perplexidade, sobretudo em famílias e educadores. Alguns especialistas em comportamento humano têm defendido, inclusive, que as redes sociais estão colocando a humanidade em risco. Em um determinado momento, ao serem questionados sobre “qual é o problema das redes sociais”, esses executivos reagem com silêncio nervoso, indicando a complexidade dos danos; elas têm trazido riscos, até mesmo, para as democracias do mundo.

O vício, a meu ver, é o que tem preocupado mais os pais, responsáveis e educadores. Isso porque as redes sociais precisam do nosso tempo, ou seja, quanto mais disponibilidade o usuário passa dentro do sistema, mais ele fica exposto aos anúncios e produtos. O modelo de monetização e o acesso à geolocalização – trabalhados via algoritmos e inteligência artificial – compõem o “Capitalismo de Vigilância”, que monetiza dados que os usuários oferecem, gratuitamente, às empresas de tecnologia no processo cotidiano de navegação. Esse é um novo mundo para o qual nossos filhos não estão preparados. E o documentário mostra isso, claramente. Então, essa falácia de que os nativos digitais estão mais talhados a lidar com esse mundo cai por terra.

Diante de constatações sobre os dilemas éticos e como a sociedade deve responder a esse novo cenário, o que nos cabe – como pais e educadores – é preparar os nossos filhos e alunos para essa nova realidade. Como mestre em Educação pela Universidade de Stanford e pai de quatro filhos, há alguns anos tenho me preocupado com essa temática. Para preparar os estudantes, a Geekie – empresa referência em educação com apoio de inovação no Brasil e no mundo, que cofundei com Eduardo Bontempo – transformou a disciplina de Educação Digital em ferramenta pedagógica para que as escolas possam preparar os alunos para o cenário contemporâneo.

Alinhado a essa forma de pensar o Geekie One – que conversa a preocupação da exposição de crianças e adolescentes aos riscos apresentados pela conectividade – tem, entre as disciplinas eletivas, Educação Digital e Cidadania Digital, sendo esta inspirada no livro “Digital Citizenship in Schools”, de autoria de Mike Ribble em parceria com a International Society for Technology in Education. Ambas têm por finalidade auxiliar jovens a compreender as oportunidades, os riscos e os desafios de estarem conectados. O conteúdo prepara os alunos do Ensino Fundamental e do Novo Ensino Médio para lidarem com a complexidade da vida digital. Habilidades como a argumentação, a empatia, o pensamento crítico e a autorreflexão são partes importantes desse conteúdo. O Geekie One representa a mais completa iniciativa de personalização da aprendizagem; resulta da experiência de uma empresa que alcançou mais de 5 mil escolas públicas e privadas de todo o país, impactando cerca de 12 milhões de estudantes.

As disciplinas Educação Digital e Cidadania Digital estão pautadas no tripé oportunidades, riscos e desafios que o mundo digital proporciona. A condução ocorre dentro de um processo de aprendizagem significativa que leva para a sala de aula casos reais e próximos da vida de cada estudante. Com metodologias ativas, abre-se espaço para discussões sobre fatos reais – casos que agregam valor não apenas ao que é aprendido, mas que impulsionam o desenvolvimento da autonomia do aluno para criar um ambiente de aprendizagem colaborativa dentro da sala de aula. Como resultado, torna-se possível desenvolver competências bastante relevantes para a formação de estudantes, alinhadas inclusive à BNCC e em sintonia com o Novo Ensino Médio. O aluno exercita, na sala de aula, a empatia, o diálogo, o desenvolvimento do pensamento crítico, a cooperação e a capacidade de resolução de problemas. Essa capacitação tem o potencial incrível de formar cidadãos com escuta ativa e sensibilidade para as questões coletivas.

Educar os jovens para enxergar os desafios e as oportunidades das redes sociais é um tema de especial relevância. A escola e a família precisam ensinar os jovens a lidar com as complexidades do estar conectado; educar para a cidadania digital vai além da disseminação da compreensão de conceitos como pegadas digitais. O aluno tem que ser preparado para ver e compreender a relevância desse conhecimento; entender como as pegadas digitais influenciam na forma como ele será visto na internet; como a reputação on-line pode influenciar a busca de um emprego ou a vaga acadêmica, no futuro. Esse aprendizado envolve disponibilizar insumos para o alcance da cidadania – ou seja, uma aprendizagem significativa e relevante para o cotidiano do aluno.

Claudio Sassaki é mestre em Educação pela Stanford University

 

 

 

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Não sabendo que era impossível, foi lá e fez

 

 

 

Não sabendo que era impossível, foi lá e fez

Acedriana Vicente Vogel*

A arte da possibilidade é, sem dúvida, um elemento constituinte do perfil de quem pretende exercer a docência no cotidiano escolar. Isso nada mais é do que assumir a responsabilidade pela construção de soluções para os vazios que a ciência, profundamente marcada pela razão, não é capaz de dar conta, no que tange ao refinamento qualitativo da natureza humana, matéria-prima do trabalho escolar. Cada proposta a ser construída somente figurará como solução se o seu cerne representar a captura fiel das relações humanas, investigada a partir do tempo e do espaço nos quais elas acontecem.

Outro viés para abordar a arte da possibilidade é por meio da superação de “situações-limite”, uma categoria freireana, denominada de “inédito viável”. Trata-se de uma solução latente na “futuridade histórica”, ainda inédita de ação. Para tanto, se considera o real e o virtual como algo que não se opõem, apenas estão representados de forma diferente na conjuntura atual – um capturado e o outro disperso. Partindo desse princípio, uma árvore está contida, virtualmente, numa semente. Logo, a semente é virtualmente uma árvore e, na medida em que se torna uma árvore, ela se atualiza.

Já no que tange ao potencial humano, sua virtualidade é elástica, pois não nascemos determinados, nascemos apenas e tão somente, condicionados. Sendo assim, a expectativa em relação ao espetáculo que podemos fazer com a nossa existência é imensa. Afinar os sentidos para perceber, constatar e intervir de forma a aperfeiçoar a natureza humana é uma virtude e não um dom. Trata-se de uma força intrínseca, um devir facultado para todos e todas que se permitem ‘baixar uma nova versão’ a cada amanhecer. Atualizar, nesse contexto, significa capturar o virtual e transformá-lo em real observável, de forma genuína, no pensamento (que revela a autonomia), na ação (que revela a obra) e na palavra (que revela a autoria) daquele ou daquela que o faz.

Não há outra forma de construir o caminho da ‘possibilidade inédita’ que não seja caminhando, superando desafios, um após o outro. Um servindo de aprendizado para o outro. “Ninguém chega lá, saindo de lá”, também escreveu Paulo Freire. E é nesse movimento que uma situação diagnosticada como impossível de ser transposta, em dado momento; em outro, ao ser superada, germina como condição indispensável ao embate re-criador do mundo, bem como revitaliza as habilidades e as competências que nos credencia para (co)operar no mundo.

Não há quem não queira se “atualizar” para se incluir nesse universo de relações que é o mundo. Por esse motivo, um dos principais fundamentos que enobrece a alma e constrói a dignidade humana é a capacidade de responder por algo, ou seja, a responsabilidade. Se reconhecer em uma edificação coletiva requer certa dose de resistência à frustração para assumir todos os erros que não sejam advindos da negligência, mas próprios de quem se coloca em ação e, nesse movimento, se fertiliza ao fertilizar. Pois tão importante quanto saber o que fazer é saber o que não podemos fazer. Nessa dinâmica, catalogar os erros e os acertos tem importância similar. Registrou certa feita, Thomas Edison, que ouviu, por diversas vezes, que seria impossível a realização do seu sonho: “tão importante quanto inventar a lâmpada elétrica foi inventar 1.430 modos de não fazê-la”. E foi por não acreditar na impossibilidade que ele foi lá e fez!

* Acedriana Vicente Vogel é diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino

 

 

 

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Seu Jorge promove show beneficente e gratuito neste sábado (12), pelo YouTube

 

 

 

Seu Jorge promove show beneficente e gratuito neste sábado (12), pelo YouTube

Live comandada pelo cantor tem apoio da ONU, #TOGETHERBAND e Harpic, com o objetivo de arrecadar fundos e chamar atenção do público quanto à questão sanitária no Brasil e como isso tem impactado no combate à COVID-19

O cantor Seu Jorge fará uma live especial beneficente com o apoio da Organização das Nações Unidas (ONU), do movimento #TOGETHERBAND e da marca Harpic®, da RB Hygiene Comercial, neste sábado, 12 de dezembro. A live tem como objetivo arrecadar fundos para projetos que buscam promover o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 6 da ONU: Água Limpa e Saneamento.

O #TOGETHERLIVE Brasil será um show online que irá reunir música e vídeo para chamar a atenção do público sobre um problema crítico que o Brasil vem enfrentando com a pandemia da COVID-19: a doença expôs a crise de água potável e saneamento básico, que afeta as comunidades mais carentes do país. Afinal, sem acesso adequado ao saneamento básico, água potável e banheiros higienizados, é muito difícil lavar as mãos com frequência, proteger-se adequadamente do vírus e manter-se saudável.

“O novo coronavírus já matou mais de 166 mil pessoas no Brasil e, em meio a essa crise sanitária, percebemos o quanto o acesso a água potável, saneamento e banheiros limpos é importante. Mas nós não podemos resolver isso sozinhos. Precisamos que países, empresas, comunidades, todos se unam”, afirma Seu Jorge. A live, que será realizada neste sábado (12) pelo YouTube, também irá contar com o apoio de embaixadores da #TOGETHERBAND como Alessandra Ambrósio, Cauã Reymond Sasha Meneghel e Laís Ribeiro, e tem como objetivo arrecadar fundos para projetos que atuam na linha de frente para levar água limpa às comunidades.

A parceria entre Harpic® e #TOGETHERBAND, contando ainda com o apoio da Cruz Vermelha Brasileira, já beneficiou famílias das comunidades de Brasilândia (SP) e da Rocinha (RJ), que tiveram recordes de casos e mortes causadas pela COVID-19 no Brasil, com a doação de 450 toneladas de água mineral, 25 mil unidades de Harpic® Líquido e 75 mil máscaras de tecido.

Agora, a marca e o movimento estão trabalhando na instalação de estações de água e higiene em outras comunidades carentes do país, em parceria com a ONU Habitat e o Pacto Global da ONU, fornecendo água potável para a população lavar as mãos e coletar água limpa de forma segura para suas casas. A primeira estação de água e higiene foi instalada no bairro de Isidoro, em Belo Horizonte (MG), e será seguida por outras 4 estações nas cidades de Maceió, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro.

O movimento #TOGETHERBAND conta com parceria da ONU e tem como missão criar uma comunidade global engajada para apoiar o cumprimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. No último ano, o #TOGETHERBAND engajou mais de 1,6 bilhão de pessoas, mas ainda há muito trabalho a ser feito para que os objetivos sejam alcançados, tornando o mundo mais saudável e sustentável até 2030. A Harpic®, por sua vez, tem como propósito manter as casas limpas e higienizadas para que as famílias possam se manter sempre saudáveis e seguras. Por isso, a marca foi a escolha perfeita para somar ainda mais esforços ao movimento com foco no Objetivo 6 de Desenvolvimento Sustentável: Água Limpa e Saneamento.

“Todos nós podemos fazer algo para atingir este objetivo. É por isso que Harpic e #TOGETHERBAND estão pedindo a todos que se juntem ao movimento e façam uma doação para nos ajudar a construir mais estações de água e higiene. Os espectadores também podem adquirir uma pulseira do #TOGETHERBAND como um símbolo do ODS 6 da ONU, além de compartilhar informações relevantes para aumentar a conscientização sobre o tema nas suas redes sociais. Estamos juntos nessa e cada ação fará a diferença”, conclui Seu Jorge. Clique aqui para saber mais sobre a #TOGETHERLIVE e apoiar o movimento “Água Potável e Saneamento”.

Sobre o #TOGETHERBAND

#TOGETHERBAND é um movimento global que defende os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Esses objetivos têm o poder de erradicar a pobreza, combater a desigualdade e deter as mudanças climáticas. Todas as pulseiras são feitas de forma sustentável, usando materiais reaproveitados (plástico coletado do mar e metal de armas de fogo desativadas) e fabricadas à mão por artesãs no Nepal, gerando treinamento e meios de subsistência para as mulheres locais. A campanha foi criada pela marca britânica de acessórios sustentáveis BOTTLETOP.

Sobre a BOTTLETOP

A BOTTLETOP é uma marca de acessórios sustentáveis de luxo. Seu primeiro passo foi uma colaboração de design em 2002 com a Mulberry, marca icônica de moda inglesa, onde apoiou artesãos da África e projetos locais de educação. Com o atelier no Brasil e um workshop no Nepal, a marca segue providenciando habilidades e empregos para comunidades em lugares de risco ao redor do mundo. O atelier em Salvador, inaugurado em 2012, continua apoiando dezenas de artesãos altamente qualificados.

Pioneira no mercado da moda ética, a BOTTLETOP é uma inovadora técnica que utiliza materiais como anéis de lata reciclados, plásticos do oceano, Humanium (metal transformado proveniente de armas de fogo), couro de desmatamento zero e látex. Em novembro de 2017, a BOTTLETOP abriu na Regent Street, em Londres, sua primeira loja com impressão 3D construída a partir de plástico reciclado.

Sobre Harpic®

Uma das marcas globais da RB Hygiene Comercial, Harpic® tem como missão apoiar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da ONU, com o propósito de garantir que todas as pessoas em todos os lugares tenham acesso a banheiros higienicamente limpos. Harpic® trabalha para quebrar o silêncio da crise global de saneamento básico e fornecer produtos que ajudem as pessoas a adotar medidas práticas para deixar suas casas mais limpas e saudáveis. Para colocar seu propósito em prática, em 2020 a marca apoiou 25 mil famílias das comunidades de Brasilândia (SP) e da Rocinha (RJ) com a doação de Harpic® Líquido, máscaras faciais de tecido e 450 toneladas de água mineral, além de ter disseminado informações sobre higiene com o apoio de guias informativos e carros de som. No Brasil, o portfólio de Harpic® inclui pedras sanitárias, pastilhas adesivas, blocos sanitários premium, blocos para caixa acoplada e o limpador líquido, que reúne benefícios de limpeza superior na remoção de manchas e desinfecção em um só produto. Sua versão Power Plus possui fórmula poderosa que elimina 99,9% de vírus e bactérias, incluindo o Sars-Cov-2, vírus causador da Covid-19. Para mais informações, acesse o site da marca.

Sobre a RB

A RB* é guiada pelo propósito de proteger, curar e nutrir na busca incansável por um mundo mais limpo e saudável. A empresa luta para fazer com que o acesso à higiene, ao bem-estar e à nutrição de qualidade seja um direito, e não um privilégio, para todos. A RB se orgulha de ter em seu portfólio marcas conhecidas e confiáveis que são encontradas em lares de mais de 190 países, como Lysol®, Harpic®, Finish®, Vanish®, Veja® e Bom Ar®. São mais de 20 milhões de produtos da RB comprados por dia por consumidores no mundo todo. A paixão da RB por colocar seus consumidores e as pessoas em primeiro lugar, buscar novas oportunidades, atingir a excelência em tudo o que faz e criar cases de sucesso com todos os seus parceiros, enquanto preza pelo que é certo, é o que impulsiona o trabalho de mais de 40.000 colaboradores, diversos e talentosos, em todo o mundo. Para mais informações, acesse o site da empresa

*RB é o nome comercial do grupo de empresas Reckitt Benckiser

 

 

 

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No dia 13 de dezembro acontece a "4ª Live #FicaFaroeste"

 

 

 

No dia 13 de dezembro acontece a "4ª Live #FicaFaroeste"

E se Jesus nascesse na Cracolândia neste natal? Evento virtual se tornou uma tradição com o objetivo de arrecadar recursos financeiros para evitar o despejo do teatro da Cia. Pessoal do Faroeste, na região da Luz

No próximo domingo, dia 13 de dezembro, acontece mais uma edição do evento beneficente virtual que luta contra o despejo do teatro da Cia. Pessoal do Faroeste, a “4ª Live #FicaFaoreste”, quando também acontecerá a distribuição de cestas básicas da campanha #FomeZeroLuz. Desta vez, o palco recebe os shows musicais de Cida Moreira, Arthur Moreira Gomes, Felipe Brito e Ocupação Cultural Jeholu, Roda de Samba Revolucionária, Leona Jhovs e Felipe Pan Chacon, performances de Paulo Faria e Felipe Falcone e ainda a participação especial de convidados como Érika Hilton, Tati Lobão e Pascoal da Conceição. Esta transmissão conta com apoio da Secretaria Municipal de Cultura e faz parte da 16ª Virada Cultural de São Paulo.

A realização da live é totalmente idealizada e produzida por voluntários da cena artística e política, e tem caráter de urgência tendo como objetivo a arrecadação de recursos financeiros para evitar o despejo do teatro, que no segundo semestre de 2021 receberá uma emenda do deputado federal Paulo Teixera, que municipalizará o teatro. Por isso, precisa manter ativo o acordo que interrompeu o despejo que estava em curso, em setembro passado, em audiência com a presença do vereador Eduardo Suplicy, que mediou o acordo junto ao proprietário, por conta do caráter público e social das ações do teatro na região.

Além disso, a Cia. Pessoal do Faroeste também está buscando ajuda particular de empresas e mecenas. Um espaço que além da expressão da arte, também trabalha ativamente em um processo de acolhimento das pessoas em situação de vulnerabilidade social da região da Cracolândia. Em 2019, Paulo Faria, diretor da companhia, recebeu o "Prêmio Santo Dias de Direitos Humanos" da ALESP e, este ano foi a Cia. Pessoal do Faroeste como instituição que recebeu o reconhecimento no "Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth" da OAB SP.

Música

Estreando na “Live #FicaFaroeste, a cantora e atriz Cida Moreira, uma das grandes estrelas da MPB, faz uma apresentação resgatando sucessos de seu repertório. Cida esteve no Faroeste no ano passado, no Loki Bicho, que acontecia as segundas, e recentemente mandou um vídeo em apoio ao #FicaFaroeste. Sua participação será ao vivo de sua casa. Todos os outros artistas estarão ao vivo no teatro, obedecendo todo o protocolo que o estúdio que a Faroeste tem sido transformado. Tem locado o espaço para vídeos, Dvds, cinema, atividades sem público.

Também participando pela primeira vez, a “Ocupação Cultural Jeholu” enriquece o evento com seu belíssimo trabalho totalmente focado no protagonismo negro nas artes. Desde agosto de 2018 o Jeholu ocupa as terças no Pessoal do Faroeste.

Retornando ao line-up, a atriz, mulher transfeminista e multi-a(r)tivista Leona Jhovs se apresenta acompanhada pelo músico Felipe Pan Chacon, ambos membros da Cia. Pessoal do Faroeste e que estavam no elenco do espetáculo “O Assassinato do Presidente”, que teve sua temporada interrompida após duas apresentações devido à pandemia. E, além deles, o jovem e brilhante pianista Arthur Moreira Gomes, morador numa ocupação, na Rio Branco.

Gastronomia

A gastronomia também se transformou uma tradição importante da “Live #FicaFaroeste. Nesta edição, quem assume o fogão do teatro é o projeto “Coletivo Sopão das Manas”, representados por Tati Lobão. O resultado dessa participação será a distribuição para a população da rua, e as cestas para as famílias moradoras de cortiços, favelas e ocupações da região.

Performances

Esta edição será a live mais performática de todas já realizadas na campanha. Além do retorno do palhaço de Flávio Falcone, a Transmissão contará com o auto de natal ao vivo "E se Jesus nascesse na Cracolândia neste natal?", com dramaturgia e encenação de Paulo Faria.

Estreia do quadro Bate Boca no Sofá

As conversas com convidadas importantes da cena política também se tornaram um momento de grande repercussão das lives que, a partir de agora, conta oficialmente com o quadro “Bate Boca no Sofá” que recebe a vereadora Érika Hilton.

Apresentação

O time de apresentadores conta novamente com Leona Jhovs e o ator Pascoal Conceição.

Ação de despejo

Durante toda a pandemia do coronavírus, a movimentação no teatro da Cia. Pessoal do Faroeste tem sido de famílias em busca de ajuda da campanha #FomeZeroLuz.

Iniciada por Paulo Faria, diretor e fundador do espaço, a ação #FomeZeroLuz têm colocado alimento e itens de higiene nas casas do entorno da Cracolândia. No entanto, no dia 12 de agosto, o espaço recebeu a ação de despejo: um oficial de justiça já tinha em mãos a ação e um prazo de 15 dias para desocuparem o imóvel, ação que teve início efetivamente de desocupação nos dias 2 e 3 de setembro até ser interrompido pelo trabalho e pela petição intermediada pelo gabinete do Vereador Eduardo Suplicy. Na sequência houve uma audiência, e se chegou a um acordo, suspendendo o despejo.

Como a companhia está sem patrocínio, a solução foi produzir lives para divulgar a campanha #FicaFaroeste

Dívida de R$ 200 mil

Sem patrocínio há um ano, e com a paralisação da programação, o problema apenas cresceu e a dívida acumulada com aluguéis atrasados chega a R$ 200 mil. “A Cia vive exclusivamente da Lei de Fomento ao Teatro, e há um ano está sem patrocínio. Um espaço alternativo com capacidade para 99 pessoas onde todos os espetáculos têm como bilheteria o sistema ‘pague quanto puder’. Em março, reestreamos a peça ‘O Assassinato do Presidente’ que, devido a recomendação de isolamento social, teve que ser interrompida depois de apenas duas apresentações”, comenta Paulo Faria.

Sobre a campanha #FomeZeroLuz

A campanha “#FomeZeroLuz” tem como missão erradicar a fome na região, que tem suas ruas, pensões e cortiços totalmente ocupados por famílias em total vulnerabilidade, principalmente em um momento como este. “Basta acompanhar a imprensa e as redes sociais que é possível perceber como a situação fez aflorar o egoísmo e a intolerância em uma grande parcela da população. Logo o Brasil que tem uma dívida enorme, escandalosa, com a pobreza e o racismo, segue, descaradamente, fazendo jus a essa história tão triste e revoltante”, diz Paulo, Inclusive umas da idealizações da companhia que já tem um histórico de trabalhos sociais na região, é propositalmente a localização onde fica a sede do grupo de teatro, jornada que mereceu a menção honrosa no XXXVI "Prêmio de Direitos Humanos Franz de Castro Holzwarth".

“Estão distribuindo cestas básicas no teatro”, correu a notícia por todo o entorno e, em pouco tempo, chegaram a mil famílias cadastradas, cerca de quatro a cinco mil pessoas, que colocaram alimento em suas mesas graças a companhia. Para se ter algum controle de que as doações seguiriam realmente para o seu propósito, criou-se a regra de que apenas as mulheres poderiam retirar os mantimentos (com algumas exceções analisadas caso a caso). Moradoras de rua, prostitutas, travestis e viciadas que, antes de qualquer rótulo, são em sua grande maioria mães.

4ª Live #FicaFaroeste

Data: 13 de dezembro de 2020 (domingo)

Horário: 16h as 18h

Shows: Cida Moreira, Flávio Falcone, Arthur Moreira Gomes, Felipe Brito e Ocupação Cultural Jeholu, Roda de Samba Revolucionária, Leona Jhovs e Felipe Pan Chacon.

Apresentação: Leona Jhovs e Pascoal da Conceição.

Gastronomia: Tati Lobão e o Coletivo Sopão das Manas

Performance: Paulo Faria no auto de natal "E se Jesus nascesse na Cracolândia neste natal?".

Bate Boca no Sofá: Érika Hilton.

Facebook: https://www.facebook.com/CiaPessoaldoFaroeste

YouTube: https://www.youtube.com/user/pessoaldofaroeste

Instagram: https://www.instagram.com/cia.pessoaldofaroeste/

Vaquinha online via Abacashi: https://abacashi.com/p/ficafaroeste-despejozero-2567

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Mauricio de Sousa e Sarepta apresentam nova revistinha com personagem da Turma da Mônica com doença rara

 

 

 

Mauricio de Sousa e Sarepta apresentam nova revistinha com personagem da Turma da Mônica com doença rara

HQ do projeto Cada Passo Importa será abordada em live com o desenhista e convidados no dia 10 de dezembro, às 15h

Edu, o novo personagem da Turma da Mônica, é um menino de 9 anos que tem uma doença rara, a Distrofia Muscular de Duchenne (DMD). Acolhido de forma carinhosa pela famosa turminha, ele protagoniza sua quarta revistinha, que será apresentada por Mauricio de Sousa e pela Sarepta Farmacêutica em live, no dia 10 de dezembro, às 15h, na 1ª Bienal Virtual. O evento on-line faz parte da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que será realizada virtualmente até 13 de dezembro.

A revistinha faz parte do projeto Cada Passo Importa, desenvolvido pela Sarepta, em parceria com a Mauricio de Sousa Produções, com o intuito de conscientizar sobre a doença que não tem cura e afeta um a cada 3.500 a 5.000 meninos globalmente. No portal, é possível ler as histórias, fazer o download das revistinhas e se cadastrar para receber informações sobre novos lançamentos.

“Graças ao talento e a sensibilidade do Mauricio de Sousa e sua equipe, podemos fazer a diferença na vida de crianças e famílias com a Distrofia Muscular de Duchenne, provando que qualquer assunto ou história pode ser contada e levada adiante através dos quadrinhos”, pontua o diretor-geral da Sarepta, Fábio Ivankovich. A empresa é líder em medicamentos genéticos para doenças neuromusculares raras.

A nova historinha destaca a chegada de um novo personagem que, assim como Edu, também convive com a distrofia: seu primo Leonardo, que precisa de cadeira de rodas para se locomover. Nesta edição, os personagens da Turma da Mônica se reúnem para uma festa do pijama, com direito a muita diversão e uma pitada de terror. Assim como nas revistinhas anteriores, a famosa turminha reforça a integração do novo amigo em suas atividades e demonstram bastante interesse em entender um pouco mais sobre a rotina de Edu e Leo, que contam sobre seus alongamentos diários, exercícios respiratórios e até mesmo o uso de órteses – botas que mantém as pernas alinhadas – na hora de dormir.

“É muito importante apresentarmos às crianças as inúmeras diferenças que existem entre nós, para que possam se familiarizar e, principalmente, incluir esses amiguinhos em seus ciclos e vidas”, afirma Mauricio de Sousa. A live também abordará outros personagens especiais criados pelo desenhista e terá outros convidados.

Informação na palma da mão

Nesta edição especial, a revistinha vem acompanhada de um Cartão de Alerta Médico DMD, que pode ser personalizado com os dados do paciente, e leva informações de qualidade, relevantes e efetivas, que podem salvar vidas. O pequeno cartão cabe dentro da carteira e traz as principais recomendações e cuidados que um médico não especialista precisa saber em um momento de emergência.

“Na ausência de um especialista, o cartão é de grande utilidade para agilizar e facilitar qualquer assistência médica necessária, garantindo a conduta adequada e preservando a vida do paciente com Duchenne”, comenta Karina Hamada Iamasaqui Züge, presidente da Aliança Distrofia Brasil (ADB), instituição referência no apoio a pacientes e familiares que convivem com a doença.

Caracterizada pela deterioração muscular progressiva, a DMD é de rápida evolução e pode limitar completamente os movimentos do corpo. Por este motivo, se faz tão importante conscientizar a população e a comunidade médica em relação aos principais cuidados com estes pacientes.

Projeto ganha Troféu HQMIX

O projeto Cada Passo Importa está entre os vencedores da 32ª edição do Troféu HQMIX, uma das mais tradicionais premiações dos quadrinhos brasileiros, que visa divulgar, valorizar e premiar a produção de artes gráficas no país. Na categoria “Homenagem”, o projeto se classificou pela inovação em utilizar as HQs para conscientização sobre DMD.

“É com muita alegria que recebemos esse prêmio, que representa não somente um grande reconhecimento nacional, mas, principalmente, a certeza de estarmos caminhando na direção correta, que leva informação, cuidados e inclusão para inúmeras famílias”, declara Ivankovich.

A cerimônia da 32ª edição será transmitida virtualmente pelo canal do YouTube do Centro de Pesquisa e Formação e redes socias do SESC SP, no dia 12 de dezembro, às 18h.

Serviço:

Lançamento 4ª Revistinha

Data: 10 de dezembro de 2020

Horário: 15h

Link da transmissão: 1ª Bienal Virtual: https://www.bienalvirtualsp.org.br/

Site do projeto: https://www.cadapassoimporta.com.br/

Serviço:

Troféu HQMIX

Data: 10 de dezembro de 2020

Horário: 18h

Links da transmissão:

• Centro de Pesquisa e Formação: https://www.youtube.com/c/CPFSesc/featured

• Instagram SESC SP: https://www.instagram.com/sescsp/

• Facebook SESC SP: https://www.facebook.com/sescsp

Site do projeto: https://hqmix.com.br/

Sobre a Sarepta

A Sarepta Farmacêutica está agindo com urgência para desenvolver medicamentos genéticos de precisão para pessoas cujas vidas estão em risco por causa das doenças raras. A empresa está comprometida com essa missão, no sentido mais amplo e profundo da palavra. Com 43 programas de desenvolvimento em andamento, representando três modalidades terapêuticas diferentes, inclusive terapias dirigidas ao RNA, terapia gênica e edição de genes, a companhia está avançando em um dos pipelines mais robustos do mercado. A unidade da Sarepta no Brasil foi aberta em Fevereiro de 2018, com o objetivo de desenvolver medicamentos genéticos de precisão, capazes de tratar e mudar a vida de 100% das pessoas elegíveis com Distrofia Muscular de Duchenne (DMD) e aplicar abordagens terapêuticas a outras doenças raras fatais, nas quais possa oferecer o máximo benefício.

Sobre a Mauricio de Sousa Produções

A Mauricio de Sousa Produções é uma das maiores empresas de entretenimento do Brasil, responsável por uma das marcas mais admiradas do país, a Turma da Mônica. A MSP investe em inovação e produz conteúdos em todas as plataformas com a mais alta tecnologia, alinhando educação, cultura e entretenimento. A empresa é signatária dos princípios de empoderamento das mulheres, plataforma da ONU Mulheres e Pacto Global. No licenciamento, trabalha com 150 empresas que utilizam seus personagens em mais de 4 mil itens. A presença da marca na plataforma Youtube já passou de 13 bilhões de views, sendo a maior audiência para Mônica Toy, conteúdo desenvolvido exclusivamente para esta plataforma; além do engajamento e interações orgânicos com os fãs em mídias sociais. Na área editorial, possui um dos maiores estúdios do setor no mundo, com 400 títulos de livros e mais de um bilhão de revistas vendidas, ambos responsáveis pela alfabetização informal de milhões de brasileiros.

 

 

 

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