Em “verão fora de época”, especialista de piscinas do Pará aumenta suas vendas por conta do isolamento social

 

 

 

Em “verão fora de época”, especialista de piscinas do Pará aumenta suas vendas por conta do isolamento social

O geólogo goiano Paulo Aruana Cezar, franqueado da TRATABEM de Marabá (PA), é exemplo de que mesmo em períodos de crise é possível alcançar bons resultados

Paulo Aruana Cezar, de 41 anos, é formado em geologia e reside em Marabá, cidade localizada no Pará, na Região Norte do Brasil. Dono de uma franquia TRATABEM - especializada em manutenção de piscinas em geral e vendas de produtos químicos -, Paulo conseguiu ganhar mais clientes no decorrer da pandemia, mesmo morando longe de grandes centros urbanos.

Natural de Goiânia, Paulo se mudou para Marabá em junho de 2014, para fiscalizar uma obra de sondagem na cidade. Durante toda sua vida profissional, trabalhou com geotecnia e pesquisa de áreas para mineração de produtos como ouro e zinco. Foi em Marabá que sua vida mudou. Ao final da obra, em 2015, já estava namorando e sem pretensões de sair do Pará.

Com o dinheiro da rescisão de contrato da empresa em que trabalhava, Paulo e sua esposa Sybelly Kelly Lima da Cunha Cezar adquiriram uma franquia TRATABEM. “No começo, não tínhamos nem escritório. Era home office, e só eu e meu carro. No primeiro mês, se limpei duas piscinas foi muito. Mas lembro da sensação, ao fazer o primeiro atendimento, de ganhar um dinheiro que pertencia somente a mim. Se antes sempre trabalhei para os outros, finalmente senti que era meu próprio patrão”, lembra Paulo.

Qualidade do serviço

Outra questão importante para o franqueado foi o crescimento orgânico de seu negócio. “Nunca fizemos muita propaganda. A qualidade do serviço foi o que nos fez crescer. No primeiro ano foi um pouco devagar, mas em 2016 não dava mais conta dos atendimentos sozinho. Hoje, já são sete pessoas trabalhando na franquia, e mais de noventa clientes”, conta.

Um diferencial dessa unidade TRATABEM é o período do “verão amazônico”. Com início em maio, esta parte do ano é o período de mais calor e com menos chuvas da região. Com isso, os rios ficam em baixa, o que possibilita que a população usufrua deles e de suas margens como se fossem praias. Desta forma, enquanto o restante do País vive promoções de inverno, Paulo registra um aumento na demanda. “Chamo até mais um funcionário para ajudar no período, porque aparece muita gente fora de contrato [clientes sazonais], que precisa de uma limpeza individual, solta. Nesse período, cresce muito esse serviço avulso. Aparece muita gente na cidade, turistas. É o nosso verão”, ressalta.

A quarentena provocada pelo novo coronavírus também não foi um problema para a loja. Inclusive, Paulo conta que conseguiu mais clientes no período. “Quando a pandemia começou, a cidade fechou. E só nessa semana [de início da Covid-19] entraram oito clientes novos. E com isso, o negócio mudou muito. Antes, só tinha muito atendimento de quinta sexta e sábado. Agora, tem agenda cheia todo dia. Aumentou muito a quantidade, já que todos estão ficando em casa, usando mais a piscina, e também disponíveis para receber o serviço.”

 

 

 

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Pais e filhos - o poder das emoções

 

 

 

Pais e filhos - o poder das emoções

Emanuel Menim*

Outro dia li um post compartilhado por um jovem amigo que discursava sobre sua geração, o que me chamou a atenção. Dizia que a alcunha de “Geração Nutella” – termo que, em linhas gerais, faz menção a uma geração mais fraca emocionalmente do que as anteriores – é uma injustiça. A comparação foi rebatida de forma magistral: a geração anterior (a dos pais e avós dos jovens e adolescentes de hoje) sofria com inúmeros problemas de ordem emocional e, consequentemente, física. Alcoolismo, violência doméstica, drogadição, desagregação familiar, abusos sexuais e suicídios são apenas algumas das grandes tragédias que acompanharam a geração, atualmente, adulta.

A grande sacada do texto do jovem foi concluir, sabiamente, que a diferença entre as gerações é que a atual aprendeu a expressar seus sentimentos, falar sobre seus problemas e buscar soluções onde quer que elas possam ser encontradas, em vez de guardar para si e viver uma vida pressionada pelo peso das angústias e dos dessabores da vida. Achei genial! É uma excelente perspectiva sobre essa geração! Acredito que a grande beleza do ser humano é poder pensar sobre si e aprender com as experiências vividas. A nossa geração, mais velha, é do tempo em que a palavra bullying nem existia e resolvíamos – quando muito – nossos problemas na habilidade (de correr, por exemplo) ou na força. Mas já não é mais assim.

Há pouco começamos a compreender que só o conhecimento técnico apurado não é suficiente para fazer nossos negócios darem certo, nem nossas relações pessoais ou nossas famílias permanecerem saudáveis. O velho ideal iluminista de emancipação humana por meio da razão já estava decrépito, enferrujado. Na década de 1990, Daniel Goleman apareceu com o livro “Inteligência Emocional” e, então, descobrimos que somos bem mais do que “máquinas” preparadas nas instituições sociais para realizar cálculos frios. Somos gente, de carne e osso, com infindáveis variáveis que compõe a nossa complexa relação conosco mesmo e com o mundo. Lembramos daquilo que Pascal disse no século XVII: “o coração tem razões que a própria razão desconhece”.

Aquela velha história de que devemos separar nosso lado profissional do lado pessoal é ultrapassada e, depois de muito penar, temos compreendido juntos como sociedade que somos seres integrais e que, em nós, a razão e a emoção nem sempre são antagônicas e, muito menos, separáveis como água e óleo. São constatações que alcançaram muitos da nossa geração e que resultaram em algo salutar. Isso porque, de alguma forma, preparamos nossos filhos para se expressarem com mais liberdade do que pudemos fazer em nossas casas, escolas e igrejas.

Mas nem tudo são flores. Ainda convivemos com inúmeros problemas entre os jovens. As crises de ansiedade, para dar apenas um exemplo, cresceram assustadoramente nos últimos anos. E, em geral, a coisa começa bem pequena, quase imperceptível, mas cresce regularmente até virar um problema sério. Isso implica no papel do adulto. Não somos mais apenas formuladores e fiscalizadores de regras. Não funciona mais assim. Precisamos estar preparados para uma comunicação que trilha o sentido da empatia, da compaixão e do respeito aos sentimentos dos jovens. Quem quiser, de qualquer forma, atingi-los, precisa descer de seu pedestal de adulto experimentado e estar “entre” os jovens, não acima deles, e isso sem deixar a maturidade de lado. É uma nova lógica.

*Emanuel Menim é mestre em Sociologia, professor e assessor pedagógico de Formação Humana do Colégio Positivo

 

 

 

 

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MDGP compra terreno para lançar empreendimento próximo ao Graciosa Country Club

 

MDGP compra terreno para lançar empreendimento próximo ao Graciosa Country Club

A Incorporadora MDGP inicia o segundo semestre de 2020 com novidades no mercado imobiliário de Curitiba. Apesar do momento ser de retração na economia, a Incorporadora continua investindo no segmento de alto padrão e anuncia a compra de um novo terreno no bairro Cabral. Localizado na rua João Américo de Oliveira com a Menezes Dória, próximo ao Graciosa Country Club, o terreno conta com mais de 4 mil metros quadrados.

Em breve, a MDGP pretende lançar no local seu próximo empreendimento vertical e o projeto ainda está em fase de desenvolvimento, mas alguns nomes renomados já foram confirmados para assinar o lançamento exclusivo, entre eles o escritório franco-brasileiro de arquitetura, o Triptyque Architecture, o arquiteto Marcos Bertoldi e o paisagista Marcelo Faisal. Para receber as novidades deste lançamento e da MDGP, é possível realizar o cadastro no site www.mdgp.com.br.

A MDGP - Incorporadora com mais de 10 anos de atuação em Curitiba, reúne profissionais experientes e com vontade de empreender de forma moderna e diferenciada, tem à sua frente o engenheiro civil Marlus Doria, com 28 anos de experiência no mercado imobiliário. Em suas parcerias, conta com a participação da Aurora Centennial, grupo centenário de origem familiar que opera no Brasil, Estados Unidos e Europa e atua nos setores da indústria da madeira, construção civil, tecnologia e incorporação imobiliária.

 

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Volta às aulas antes da vacina: sim ou não?

 

 

 

Volta às aulas antes da vacina: sim ou não?

Desde que teve início a pandemia originada pelo novo coronavírus, o isolamento social como forma de contenção da propagação da covid19 tem se mostrado estratégia eficaz e segura. Enquanto não se desenvolvem medicamentos ou uma vacina contra o vírus, ficar em casa, com o mínimo contato social possível tem sido o novo normal.

Nesse contexto, e dada a duração da pandemia, pais, responsáveis, alunos, professores, dirigentes educacionais, sindicatos, têm buscado alternativas para que o calendário escolar tenha continuidade e que a aprendizagem não sofra prejuízos. Assim, configurou-se o ensino remoto que vem possibilitando, ainda que de forma controversa, o seguimento do ano letivo.

Porém, basta um pequeno indicativo sobre uma possível estabilização da pandemia, mesmo que temporária, para que o debate da volta às aulas seja posto e reposto. Então, vamos a alguns dados para problematizar essa discussão.

No início de agosto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos afirmou, que a volta às aulas pode potencializar a transmissão do novo coronavírus, uma vez que crianças e adolescentes parecem ser portadores assintomáticos e, por consequência, grandes transmissores da doença. O estudo se baseou no caso de Israel, que no começo da pandemia, em abril, fez um isolamento social intenso o que bloqueou significativamente a circulação do vírus. Na medida em que o isolamento foi perdendo força, mas sobretudo após a volta às aulas, em maio, o índice de contaminação aumentou exponencialmente, tanto que tiveram que antecipar as férias de verão. O país que parecia livre do vírus viu milhares de alunos, professores, funcionários de escola e seus familiares contaminados.

Outro estudo publicado, também, no início de agosto deste ano, pela Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, associada com a University College London (UCL), assegura que a volta às aulas, sem testagem em massa e com relaxamento do isolamento social pode gerar uma segunda onda da pandemia naquele país.

Em outros países como a Austrália, Suécia e Finlândia em que as escolas foram parcialmente fechadas durante a pandemia, pesquisas indicam que as infecções entre as crianças foram baixas, mas a contaminação de professores e funcionários foi bem mais significativa.

No Brasil, mais especificamente em São Paulo, pesquisadores do ensino superior e da rede estadual de ensino, o grupo REPU (Rede de Escolas Públicas e Universidade), desenvolveram um simulador para calcular o impacto nas contaminações e mortes por covid19 num suposto retorno as aulas. Os cálculos levam em conta a localização da escola, suas dimensões, espaços livres, tamanho das salas de aula etc.

Na média das escolas do estado de São Paulo, a simulação mostrou que o retorno às aulas nesse momento (final de agosto de 2020) levaria à contaminação de 46% dos alunos num prazo de dois meses. Considerando que crianças e adolescentes podem ser tanto assintomáticos quanto resistentes aos quadros graves da doença, mas são potenciais disseminadores, o percentual de contaminados e mortos pode vir a ser muito maior, uma vez que muitos desses estudantes moram com pessoas dos grupos de risco, vulneráveis.

Os detalhes de como esse simulador funciona mostram a inviabilidade da retomada das aulas de forma opcional a partir de 8 de setembro e compulsória a partir de 7 de outubro, como propõe o governo do estado de São Paulo. Os pesquisadores do REPU afirmam que a alternativa segura ainda é manter as escolas fechadas.

No Paraná, a Secretaria de Estado da Educação criou um comitê junto com a Secretaria de Planejamento e a Casa Civil no mês de junho, para discutir a volta às aulas. As especulações sobre uma possível data de retorno, inicialmente, apontavam o mês de agosto, depois o mês de setembro. Toda essa discussão vem ocorrendo num período em que o Estado ainda apresenta curva ascendente nas taxas de contaminação e morte.

Os protocolos de segurança para a volta às aulas no Paraná que vêm sendo discutidos apontam medidas já adotadas em outras instituições e bastante conhecidas de todos, como o uso do álcool gel, a alternância de lugares para os alunos ocuparem nas salas de aula, o revezamento dos alunos que assistiriam as aulas presenciais em dias alternados, entre outras medidas.

Diante dessas propostas do referido comitê, a pergunta que imediatamente nos ocorre é a seguinte: Essas pessoas conhecem a realidade da rotina de uma escola? Há quantos anos não visitam uma escola real, em período de aula, com sua dinâmica de atividades e intensidade de relacionamentos que caracterizam o ambiente escolar?

Só aqueles que desconhecem como crianças e adolescentes se comportam em grupo, quanto intensos são em suas demonstrações de afetividade, podem imaginar que será fácil e seguro manter o distanciamento social entre alunos. E quando se fala em adolescentes essa intensidade fica ainda maior. O espaço escolar ordenado e dividido com determinações rígidas de localização e possibilidades de deslocamento só existe no imaginário de quem não vive a escola e não compreende a sua dinâmica.

Então, que se respeite pelo menos as pesquisas e os estudos sérios já realizados, pois todos indicam a necessidade de controlar a pandemia, realizar testagem em massa, adotar medidas rígidas de monitoramento dos infectados como procedimentos iniciais para um paulatino e parcial retorno das atividades presenciais coletivas. Mas, volta plena às aulas e com segurança, só depois da vacina.

Autora: Me. Maria Eneida Fantin é professora do Curso de Geografia – Área de Geociências do Centro Universitário Internacional Uninter

 

 

 

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Curitibano é destaque no maior canal de psiquiatria do mundo

 

 

 

Curitibano é destaque no maior canal de psiquiatria do mundo

Dr. Sivan Mauer, médico psiquiatra especialista em transtornos do humor, é destaque no portal internacional American Psychiatric Association com o painel “Encefalopatia traumática crônica: desafios para a psiquiatria”

A encefalopatia traumática crônica (CTE), doença degenerativa progressiva do cérebro que ocorre após trauma craniano repetitivo, é uma condição cada vez mais importante para laudos da neuropsiquiatria. Ela é tipicamente vista em esportes de alto impacto, como em boxeadores, lutadores de MMA e até jogadores de futebol. Os sintomas incluem psicopatologia inicial do humor, como depressão e manias, com comprometimento cognitivo leve que eventualmente piora para demência total.

Por se tratar de um tema extremamente relevante, o American Psychiatric Association, maior portal de psiquiatria do mundo, acaba de destacar o painel “Chronic Traumatic Encephalopathy: Challenges for Psychiatry” (“Encefalopatia traumática crônica: desafios para a psiquiatria”, em português), realizado por três pesquisadores de renome internacional no campo psiquiátrico, entre eles o curitibano Sivan Mauer. No site www.psychiatry.org é possível ter acesso ao painel completo e ao vídeo de sua apresentação oficial, que aconteceu no ano de 2019, no Congresso Americano de Psiquiatria, realizado em São Francisco, na Califórnia (EUA).

“O nosso painel tinha sido eleito como um dos grandes destaques do Congresso Americano de Psiquiatria. Agora, sua inclusão no maior portal de psiquiatria do mundo nos deixa ainda mais orgulhosos. É extremamente gratificante ver o nosso trabalho reconhecido por profissionais de todos os cantos do planeta”, comemora o Dr. Sivan Mauer, que apresentou o painel “Chronic Traumatic Encephalopathy: Challenges for Psychiatry” ao lado do Dr. Nassir Ghaemi e da Dr. Amanda Woerman.

Sobre o Dr. Sivan Mauer

O Dr. Sivan Mauer é médico psiquiatra especialista em transtornos do humor. Possui residência em Psiquiatria pela Clínica Heidelberg e em Psiquiatria da Infância e Adolescência pelo Hospital Pequeno Príncipe. É mestre em Pesquisa Clínica pela Boston University School of Medicine e doutor em Psiquiatria pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Dr. Sivan Mauer é Clinical Professor na Tufts University School of Medicine, de Boston (EUA). Como pesquisador, publicou diversos trabalhos em renomadas revistas cientificas. Além da prática privada exercida em São Paulo e Curitiba, é diretor clínico da Clínica de Psiquiatria Riverside, localizada na capital paranaense.

Para mais informações sobre o painel, acesse o site https://www.psychiatry.org/.

 

 

 

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