Pandemia, Educação e transformação digital: não é possível voltar atrás

 

 

 

Pandemia, Educação e transformação digital: não é possível voltar atrás

Daniel Moreira*

A pandemia trouxe novas necessidades, além de amplificar as que já existiam no ambiente escolar, e acelerou a revolução digital na Educação. O fechamento das escolas virou toda a comunidade escolar de cabeça para baixo. O currículo não estava adaptado para um novo formato, bem como os professores não estavam preparados para ensinar de maneira remota. Uma pesquisa do Instituto Península revelou que, após seis semanas de isolamento, 83% dos professores brasileiros ainda se sentiam nada, ou pouco, preparados para o ensino remoto. Quase 90% dos docentes nunca tinham dado aula virtualmente antes da pandemia e 55% não tiveram qualquer suporte ou capacitação durante o isolamento social para ensinar fora do ambiente físico da escola.

Já os estudantes, em suas casas, precisaram de muito mais do que uma conexão wi-fi e uma tela para absorver o conteúdo das aulas remotas. Acostumados com milhares de estímulos simultâneos, vimos que é muito difícil mantê-los concentrados por 50 minutos em uma única tela. E os menores, em fase de socialização e alfabetização, tiveram que aprender a brincar e a ler as primeiras palavras à distância. As escolas e os educadores perceberam, então, que a transformação digital não se resume a aplicar a mesma aula em formato digital, mas sim a uma mudança cultural (e estrutural) na maneira de ensinar e aprender dentro e fora da escola.

Com o tempo, a tecnologia se tornou a mais poderosa aliada da escola e dos estudantes, digitalizando diversos processos de aprendizagem. Educação 4.0 e 5.0, realidade virtual, computação em nuvem, IoT, gamificação, ambientes virtuais de aprendizagem, redes sociais, bibliotecas virtuais, realidade aumentada, m-learning, u-learning, metodologias ativas e tantos outros conceitos foram sendo incorporados às práticas de ensino, com o objetivo de reduzir distâncias, aumentar o engajamento, personalizar o aprendizado, facilitar o acesso ao conhecimento, melhorar o desempenho, aumentar o alcance e garantir resultados melhores para todos os envolvidos.

Diante desse cenário, a mudança das escolas e seus mindsets para se adaptar à transformação digital é fundamental. O erro mais comum, porém, não é a resistência à digitalização de processos. A tecnologia, por si só, não é suficiente para a transformação digital. Porque a tecnologia não funciona se o ser humano não souber fazer uso dela. Ou seja, não adianta implantar os melhores materiais didáticos, com recursos de realidade aumentada, gamificação e inteligência artificial, se não tivermos professores capacitados e alunos preparados para usar toda essa tecnologia em benefício do aprendizado. Um plano efetivo de integração de tecnologia requer a participação de todos. É uma mudança estrutural nas escolas, que deixam de ver a tecnologia como um recurso pontual para utilizá-la no cotidiano.

A transformação digital na Educação abrange a complexidade de repensar os processos, os modelos de negócio e a experiência dos alunos, familiares, professores e demais agentes da comunidade escolar por meio de uma completa imersão na tecnologia digital. Os estudantes precisam compreender que esse novo cenário traz mais autonomia para o aprendizado, permitindo que eles tenham um papel de protagonismo. Além disso, os professores devem reconhecer a flexibilidade que a tecnologia oferece, além dos recursos que qualificam os métodos de ensino, produzindo resultados mais satisfatórios.

Importante ter em mente que a transformação digital da escola não acontece de uma só vez, nem tem data para terminar. Ela acontece todos os dias, o tempo todo. É uma adaptação às exigências e às novidades do mundo. É um processo que acontece ao vivo e fica ultrapassado rapidamente. O que não pode sair do foco é a qualidade do serviço educacional prestado. Os alunos devem sentir que estão aprendendo tanto quanto, ou mais, do que antes.

No Brasil, os desafios ainda são gigantes. Mas uma coisa é certa: a tecnologia veio para ficar e não existe mais escolha: nós teremos de nos reinventar. A Educação nunca mais será como antes e não é mais possível voltar atrás. Sejamos todos bem-vindos à Nova Educação.

* Daniel Gonçalves Manaia Moreira é diretor geral da Positivo Soluções Didáticas

 

 

 

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Uninter ganha selo Sesi ODS com maratona de 12 horas de palestras sobre a biodiversidade

Uninter ganha selo Sesi ODS com maratona de 12 horas de palestras sobre a biodiversidade

Em um ano conturbado como 2020, as instituições de ensino tiveram que se reinventar para continuar educando e informando seus alunos e a sociedade em geral. O Centro Universitário Internacional Uninter realizou 14 palestras on-line e gratuitas, mais de 12 horas contínuas de bate-papo e interação com o tema central combate à biopirataria em defesa da fauna, flora e dos recursos socioambientais. A Maratona Ecos do Brasil, como foi chamada a ação realizada durante a Semana Nacional da Ecologia, levou à conquista do Selo Sesi ODS.

Neste ano, o prêmio foi dado a 200 indústrias, empresas, organizações da sociedade civil, do poder público e de ensino, instituições que assumiram o protagonismo na realização de boas práticas para a prevenção e combate da covid-19 e ações pós-pandemia. O objetivo principal é a redução dos impactos da pandemia na sociedade, assim como para o alcance dos ODS que foram diretamente impactados.

“São 17 os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), entre eles está a erradicação da pobreza, educação de qualidade, água potável e saneamento, cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis, energia limpa e acessível, por exemplo. Para alcançar essas metas são necessárias ações e colaboração de todos os setores, e nós, com certeza continuaremos contribuindo e inovando”, afirma Rodrigo Berté, diretor da Escola de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades da Uninter.

Contribuições com a sociedade

Desde o início da pandemia, a Uninter disponibiliza também cursos gratuitos e on-line na área da saúde. As aulas foram elaboradas pensando em todos os profissionais que não podem aderir ao isolamento social e estão diariamente arriscando suas vidas, na linha de frente do combate ao novo coronavírus.

Além de disponibilizar os cursos, os professores da Escola de Saúde, Biociência, Meio Ambiente e Humanidades da instituição se reuniram em abril, para produzir álcool 70% no laboratório de microbiologia. Foram preparados frascos exclusivos para doação. Ao longo do ano, também foram doadas máscaras para funcionários da Secretaria da Saúde e para a Guarda Municipal.

 

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Corpo atlético com cirurgia plástica: nova técnica de lipoaspiração promete “gominhos” na barriga

Corpo atlético com cirurgia plástica: nova técnica de lipoaspiração promete “gominhos” na barriga

Imagine entrar na sala de cirurgia e sair horas depois com os tão desejados gominhos no abdômen? Uma barriga definida pode sim ser o resultado de uma cirurgia plástica. A técnica se chama lipoaspiração 3D, ou lipoaspiração de alta definição, e tem como objetivo esculpir o corpo com um resultado que se assemelha ao de muita malhação. Segundo o cirurgião plástico Bruno Legnani, além de reduzir a gordura corporal, a lipo 3D consegue um resultado bem satisfatório para definição do corpo.

A técnica pode ser realizada em regiões como peitoral, costas, coxas, glúteos e braços, mas o abdômen é o lugar preferido das que optam pela cirurgia. “A gordura é retirada mais intensamente de alguns pontos e inseridas outros estratégicos para criar os famosos ‘gominhos’ na barriga”, explica.

Porém, a técnica não é para qualquer um. “Pessoas com IMC normal e boa quantidade de massa muscular têm resultados bem satisfatórios com a técnica, que consegue remover os excessos de gordura e reposicioná-las para dar o aspecto de um corpo atlético”, explica. Ela não é indicada para pessoas com muita flacidez, ou que estejam muito acima do peso: para esses casos é indicado outros tipos de procedimentos.

A recuperação é semelhante à lipoaspiração comum: 10 dias de repouso intenso e 20 dias para retornar as atividades físicas. O médico alerta que a cirurgia não substitui o exercício físico. “É essencial que o paciente não ganhe peso após a cirurgia, para não perder os resultados da lipo 3D. E praticar exercícios, além de garantir um corpo mais atlético, previne inúmeras doenças e garante a saúde em dia”, alerta o especialista.

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Lacta convoca 50 Papais e Mamães Noéis para surpreender mais de 600 famílias neste Natal

 

 

 

Lacta convoca 50 Papais e Mamães Noéis para surpreender mais de 600 famílias neste Natal

Reforçando seu posicionamento de aproximar as relações por meio de chocolate, Lacta cria ação social com duas frentes

Depois de surpreender os consumidores com a campanha #papainoelficaemcasa, na qual o Coelho da Páscoa virou ajudante do bom velhinho para preservá-lo nesse momento de pandemia, Lacta agora convida Papais e Mamães Noéis de todo Brasil para serem porta-vozes de afeto e solidariedade. As 50 primeiras pessoas a preencherem os pré-requisitos da marca serão convocadas e receberão uma premiação no valor de mil reais para atuarem como Papai e Mamãe Noel à distância, levando a magia do Natal para famílias em situação de vulnerabilidade social.

O convite aos maduros foi feito nas redes sociais de Lacta em três de dezembro (03.12) e se estende a todos que já estiveram um dia no papel de Papai ou Mamãe Noel. O objetivo é que os selecionados escrevam cartinhas carregadas de carinho para essas famílias. Além da carta de próprio punho assinada por um dos 50 Papais e Mamães Noéis, elas receberão um kit com chocolates Lacta.

Para poder participar da ação, os candidatos que quiserem assumir o importante papel terão que comprovar experiência prévia na função. “Queremos saber onde nossos Papais e Mamães Noéis atuaram antes de serem aceitos pela Lacta; vamos aceitar fotos de família, vídeos de Natais passados, comprovante de residência no Polo Norte e comprovação de crianças felizes!”, brinca Renata Vieira, Diretora da Categoria de Chocolates na Mondelēz Brasil.

Para Renata essa ação evidencia a preocupação de Lacta com o contexto que estamos passando de distanciamento social e reforça o posicionamento da marca. “Seguimos em um caminho de transformar o chocolate em carinho, afeto e em uma forma de conexão entre as pessoas. Em um momento delicado como esse que vivemos por conta do distanciamento social, queremos mostrar que a humanidade se fortalece em tempos difíceis. Poder entregar cartinhas de esperança às famílias em situação de vulnerabilidade social e imaginar o sorriso delas ao ver uma caixa de bombom é o que faz tudo que desenvolvermos valer a pena. Lacta é sobre isso, é sobre aproximar os pedacinhos que faltam, sem deixar ninguém de fora”, explica.

O resultado da ação será a entrega das mais de 600 cartinhas nominais junto de kits de produtos Lacta para famílias. Receberão as doações instituições parceiras da Mondelez Brasil: ARCO (em São Paulo), Escola Rural Ana Brito Cavalcanti (Vitória de Santo Antão/PE) e Vovô Vitorino (Curitiba/PR). A escolha das instituições segue os locais onde a multinacional está presente, sempre com foco em amparar as populações locais.

E a Mondelēz Brasil?

Neste fim de ano a empresa promoverá diversas ações que incluirão doação de produtos via banco de alimentos e a campanha Natal Solidário do Governo do Estado do Paraná. Além das doações pela Mondelēz Brasil, os colaboradores também foram incentivados a apadrinharem as cartinhas de Natal. As ações foram organizadas pelo Impact4Good, programa de voluntariado da companhia. Em Curitiba foram adotadas 150 cartinhas com pedidos para o Papai Noel. Todos os brinquedos serão entregues no dia 19.12.

Em Vitória de Santo Antão (PE) serão cinquenta pessoas beneficiadas, entre adultos e crianças. Além da campanha interna de apadrinhamento, estão sendo preparados kits com itens da cesta básica e panetones para entregas às famílias dos alunos da escola, localizada na zona rural do município.

E em São Paulo, o apoio dos colaboradores será transformado em compra de itens para montagem de kits contendo brinquedo, 1 cesta básica, panetone, guloseimas para a ceia de Natal, frutas e legumes! A ARCO, que fará este trabalho, atende mais de 480 famílias.

Como faz para ser um Papai ou Mamãe Noel Lacta?

Enviar entre 03 e 07/12 (até 17h) e-mail para Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. com uma foto que comprove a experiência prévia como Papai ou Mamãe Noel, além de assegurar que preenche os requisitos abaixo:

Requisitos necessários para participação

• Ter mais de 55 anos;

• Ter sido Papai Noel ou Mamãe Noel em algum momento da vida (necessário envio de foto que comprove);

• Ter conta PJ e emitir nota fiscal (ter disponibilidade para emitir a nota até dia 11/12 e receber em 11/01);

• Ter disponibilidade para escrever de próprio punho 12 cartas simples para crianças e enviá-las digitalizada até 10/12 em boa resolução;

• Gostar de criança;

• Querer fazer o bem neste Natal.

Sobre a Mondelēz International no Brasil

A Mondelēz International, Inc. (NASDAQ: MDLZ) empodera as pessoas a escolherem snacks do jeito certo em aproximadamente 160 países ao redor do mundo. Com receita líquida de cerca de US$ 26 bilhões em 2017, a MDLZ está liderando o futuro dos snacks com marcas globais e locais icônicas, como biscoitos Oreo, belVita e LU; Cadbury Dairy Milk, chocolate Milka e Toblerone; Sour Patch Kids e gomas Trident. No Brasil, a empresa tem em seu portfólio marcas valiosas, como Trident, Chiclets e Halls, os chocolates Lacta, Bis e Sonho de Valsa, os biscoitos Club Social, Oreo e Trakinas, os refrescos em pó Tang, Clight e Fresh, as sobremesas e o fermento em pó Royal e o cream cheese Philadelphia. A Mondelēz International se orgulha de ser membro da Standard and Poor’s 500, da Nasdaq 100 e do Índice Dow Jones de Sustentabilidade. Visite www.mondelezinternational.com/br.

 

 

 

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Comunicação artificial: como vencer o paradoxo e atender clientes de forma humana e ágil

 

 

 

Comunicação artificial: como vencer o paradoxo e atender clientes de forma humana e ágil

*Mariane Ramalho de Carvalho

“Olá, tudo bem? Caso queira tirar uma dúvida, responda 1. Para reclamações, digite 2. Se precisar de um atendimento com humanos, não temos opções”. O uso de inteligência artificial para atender consumidores de diversas áreas já é uma realidade presente na maior parte das empresas de médio ou grande porte. Com uma previsão de movimentar o equivalente a cerca de R$ 100 bilhões até 2025, o mercado de inteligências artificiais já toma conta do setor de atendimento ao cliente.

Nesse setor, apesar da praticidade e agilidade oferecida pelo uso de tecnologias no contato com os consumidores, a automação do atendimento também pode acarretar o distanciamento entre marca e seus clientes, além de ter a probabilidade de não atender as expectativas do público. Com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostram que uma em cada quatro pessoas no Brasil não tem acesso à internet, o cenário de digitalização peca ao deixar de fora uma parcela significativa da população.

Por outro lado, para as novas gerações, que possuem o domínio da tecnologia como rotina desde os primeiros dias de vida e vivem uma rotina multitasking, prática de realizar muitas atividades ao mesmo tempo, a automação pode ser vista como uma facilidade para solucionar problemas e esclarecer dúvidas sem precisar destinar um tempo somente para isso.

Para encontrar o formato ideal, o estudo e o conhecimento das necessidades do cliente é essencial. Com uma pesquisa aprofundada das principais críticas e demandas do público, o chatbot, ferramenta que faz o contato entre as partes, pode ser configurado de forma assertiva, focada no melhor caminho para cada solicitação.

Além disso, para grandes empresas, o contato via telefone ainda é essencial. Por isso, o chatbot pode ser uma funcionalidade para aliviar as linhas, mas não para substituí-las. E é essencial que qualquer formato funcione e seja efetivo, já que, mais do que o produto em si, a experiência da compra ou do serviço e jornada do consumidor dentro do processo da empresa é um fator determinante para a retenção de clientes.

Produtos ou serviços excelentes, com desenvolvimento e qualidade visível são, muitas vezes, o carro-chefe de uma marca. Porém, caso uma reclamação, cancelamento ou qualquer outro contato entre as partes seja um problema, não há atributos que mantenham seu reconhecimento no mercado. Eficiência e atenção são a chave para a comunicação entre consumidor e empresa.

*Mariane Ramalho de Carvalho é coordenadora de projetos no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI)

 

 

 

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