Votos pelo correio. Democracia ou fraude?

 

 

 

Votos pelo correio. Democracia ou fraude?

O centro da disputa eleitoral entre Biden e Trump reside na divisão entre aceitar os votos enviados pelo correio ou rejeitá-los. Os EUA estão divididos em torno de percepções antagônicas sobre essa fórmula de depósito do voto.

O princípio fundamental da democracia reside na instituição do sufrágio universal. O que significa que todos os cidadãos devem ter a possibilidade de exercer a sua vontade política através do voto em um determinado representante.

Entretanto, duas são as formas pelas quais isso pode ocorrer. Mediante o voto obrigatório ou o voto facultativo. No caso do voto obrigatório, a não participação eleitoral implica em custos altos para o cidadão, como a impossibilidade de prestar concursos, assumir certos empregos, matricular-se em universidades, ou mesmo pagar uma multa em dinheiro.

No caso do voto facultativo, que é o caso norteamericano, o ato de ir votar implica em custos. Para uma parte da população, que reside fora do seu colégio eleitoral, isso implica em custos muito altos, o que em geral, resulta em abstenção. Para uma outra parte da população, o deslocamento intraurbano ou mesmo intrarural, o que significa se deslocar dentro do próprio município até o seu colégio eleitoral, implica em um custo de tempo e de transporte, seja mediante um veículo próprio, pelo transporte público, ou por outros meios.

Para o estadunidense o ato de votar é custoso. A não votação é gratuita. A abstenção não custa nada. Não há sanções sobre esse comportamento. Dito isso, por que os cidadãos votam? Em primeiro lugar, nem todos votam. Os dados variam de estado para estado e de estrato da população para estrato. Entretanto, uma grande parcela da população vota. Esse voto acontece porque os cidadãos entendem que o custo de votar é baixo se comparado aos benefícios que isso irá trazer para eles mesmos, para suas famílias ou seu país.

E qual a relação disso com o voto pelo correio? O voto pelo correio diminui os custos da participação política. Em alguns estratos mais, em outros menos. A pandemia causou uma mudança na estratégia democrata, que passou a incentivar os votos pelo correio. Enquanto a estratégia republicana foi definida pela deslegitimação desse tipo de voto.

Os resultados das apurações ao longo da semana têm mostrado um enorme contingente de votos majoritariamente voltados para Biden. Enquanto a maioria dos votos já apurados foram dos republicanos, advindos de eleitores que foram presencialmente votar.

O nível de abstenção e o grau de participação eleitoral já bateram todos os recordes das eleições americanas. Por mais paradoxal que possa parecer, em meio a uma pandemia, que torna a participação presencial para uma parcela da população, um custo muito alto a ser pago, o voto pelo correio diminuiu significativamente os custos da participação. A força da participação esbarra nos custos que isso implica para os indivíduos, em um sistema facultativo.

Ou seja, afirmar que milhões de votos foram fraudados, é desconsiderar a influência do sistema de participação eleitoral. O sistema conta. As regras do jogo eleitoral contam. Os democratas fizeram uma aposta que aproveitou a influência desse modelo. Os republicanos tentaram brigar com ele.

Autor: André Frota é professor de Relações Internacionais, Ciência Política e Geografia no Centro Universitário Internacional Uninter

 

 

 

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Blues e rock embalam novo palco do Sheridan’s

 

 

 

Blues e rock embalam novo palco do Sheridan’s

Um coquetel de blues e rock embala a programação de shows da semana no Sheridan’s Irish Pub. Segunda-feira (9/11) tem U2 Cover CWB, e na terça, Banks. Quarta é dia de Tony Caster & The Black Mouth Dogs. O pub abre às 17h, com shows iniciando às 20h. A entrada para cada um dos dias é R$ 10. A casa retomou sua agenda de apresentações ao vivo, de forma controlada e apenas no início da semana. Com capacidade reduzida e somente lugares sentados, o bar e restaurante trabalha com reservas antecipadas, pelo (41) 99759-6000.

O U2 Cover CWB abre a programação da semana no palco do Sheridan’s, na segunda- feira. O grupo faz um tributo ao U2, a maior banda de rock irlandesa. Sucessos do grupo original, desde o fim dos anos 70 até os mais atuais, fazem parte do repertório do cover.

A terça-feira conta com show de Banks, grupo dedicado ao britpop e indie rock. Sucessos que marcaram a história da música ganham suas versões, passando por Oasis, Queen, Ramones e Beatles, entre muitos outros.

O blues toma conta do Sheridan’s na quarta-feira com o projeto Tony Caster & The Black Mouth Dogs. O cantor, guitarrista e bluesman Tony Caster, que dedica sua carreira ao estilo há 20 anos, destaca grandes nomes do Chicago Blues para esta apresentação, interpretando nomes como Muddy Waters, Howlin’ Wolf e Sonny Wolf. Outros destaques do blues em geral, como BB King, Eric Clapton e Stevie Ray Vaughan, também ganham suas versões. “Com o período da pandemia, ficamos sete meses sem pisar nos palcos com esta formação”, explica Caster, “e tocar um blues num Irish pub é sempre ótimo”. Ele é acompanhado pelo The Black Mouth Dogs: Elton Rufino (baixo acústico), Ricardo Simões (bateria), Pedro Tosi (gaita) e Pedro Coelho (teclados).

Sheridan’s Irish Pub

Data: Segunda-feira, 9 de novembro
Show: U2 Cover CWB
Entrada: R$ 10

Data: Terça-feira, 10 de novembro
Show: Banks
Entrada: R$ 10

Data: Quarta-feira, 11 de novembro
Show: Tony Caster & The Black Mouth Dogs
Entrada: R$ 10

Funcionamento: aberto das 17h às 23h. Shows a partir das 20h.
Endereço: Rua Bispo Dom José, 2315 – Batel, Curitiba - PR
Informações e reservas: (41) 99759-6000

 

 

 

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Cuidado com as fake news do corpo perfeito

 

 

 

Cuidado com as fake news do corpo perfeito

O ideal do corpo perfeito é um desejo de muitas pessoas. Na ânsia de alcançar o “inalcançável”, estas pessoas se lançam nas redes sociais em busca de métodos e receitas milagrosas. O que não falta são posts criativos e bem elaborados, induzindo o investimento de dinheiro e tempo na esperança de obter as mudanças radicais prometidas. Chás, sucos, restrições radicais de nutrientes, ingestão de apenas um tipo de alimento e até treinos sem orientação de profissionais de Educação Física são alguns dos “milagres” vendidos na internet.

De acordo com a nutróloga e diretora representante da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia), em entrevista a Sibele Oliveira para a Revista Viva Bem (outubro de 2019), “o problema é tão sério que o Ministério da Saúde disponibiliza um número de WhatsApp (61) 99289-4640 para receber informações virais, que são apuradas e respondidas oficialmente como verdades ou mentiras. Normalmente essas receitas não têm nenhum embasamento científico, saem da cabeça de pessoas leigas, e isso é um perigo por que elas não têm condições de entregar aquele milagre".

Fique atento e desconfie de notícias e propagandas de produtos que utilizam fotos e depoimentos de pessoas que aparentemente passaram por transformações impressionantes, com resultados rápidos e supostamente eficientes.

Cada vez mais preocupadas com a imagem do seu corpo e com a “obrigação” de se encaixar no padrão ideal divulgado pela mídia, as pessoas acabam sendo “presas” fáceis para blogueiros e YouTubers oportunistas, que se utilizam das redes socais para se autopromover ou ainda vender produtos/serviços sem nenhuma comprovação ou fiscalização do Ministério da Saúde. É preciso ter em mente que não existe milagre, toda mudança vem de esforço e dedicação e passa por uma transformação no estilo de vida, associando alimentação balanceada, exercício físico e cuidados com os transtornos psíquicos.

Apesar de parecer difícil, cada um deve aceitar sua própria imagem, que, mesmo não estando nos padrões que a sociedade impõe, é o seu corpo. Perfeito com todas as imperfeições resultantes de características genéticas, histórico alimentar, rotinas de trabalho, ausência de tempo e procrastinação.
Isso não significa que deve haver acomodação. Por isso, se você não está feliz com a sua imagem, vá atrás da mudança que tanto deseja. Mas esteja consciente de que nem a melhor e mais cara receita será eficaz se não houver alteração de comportamento e manutenção do equilíbrio emocional. E o mais importante: busque sempre profissionais capacitados para lhe ajudar com orientações seguras e adequadas.

Autora: Fabiana Kadota Pereira é especialista em Recreação e Lazer; professora nos cursos de licenciatura e bacharelado em Educação Física do Centro Universitário Internacional Uninter

 

 

 

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Desenvolvimento econômico depende de Educação Financeira, dizem especialistas

 

 

 

Desenvolvimento econômico depende de Educação Financeira, dizem especialistas

Um estudo do Grupo de Pesquisas em Desenvolvimento do Banco Mundial, de 2016, mostrou que dois em cada três brasileiros são analfabetos financeiros. .Em 2020, a Educação Financeira passou a integrar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e, agora, é obrigatória na Educação Infantil e no Ensino Fundamental.

De acordo com especialistas, a falta de conhecimento sobre finanças por boa parte da população adulta tem reflexo negativo no desenvolvimento econômico de todo o país. Para Raphael Cordeiro, consultor de investimentos, sócio da Inva Capital e professor da Universidade Positivo, conhecimentos sobre finanças pessoais são fundamentais para que a população economicamente ativa de um país tenha melhores condições de cuidar do próprio dinheiro. “No caso do Brasil, que tem números de empreendedorismo tão significativos, isso se torna ainda mais importante. Isso porque a pessoa tem que administrar as contas pessoais e as do próprio negócio. São dois fluxos de caixa”, explica.

Oferecer noções básicas de finanças desde cedo faz com que as crianças cresçam tendo mais consciência sobre a importância que atitudes como economizar, guardar dinheiro e investir têm no longo prazo. André Hayashi, coordenador e professor do MBA executivo em Finanças e Mercado de Capitais da FAE, afirma que a Educação Financeira é indispensável para que essas crianças, no futuro, tenham uma vida adulta saudável. “Os filhos aprendem com as ações dos pais. O ato de ter um controle, explicar para o seu filho que neste mês você não pode comprar determinado bem porque está guardando uma grana para a aposentadoria dele, por exemplo, é muito importante”. O especialista ainda aconselha a fazer planejamento financeiro junto com os filhos quando eles quiserem adquirir algo mais caro.

Para Cordeiro, a primeira noção que a criança tem que ter sobre o assunto é de que o dinheiro existe - e a segunda, é como se consegue o dinheiro. "Então, primeiro você ensina a ela que o dinheiro está no banco porque você trabalhou. Mais tarde, com cinco ou seis anos, você pode começar a ensinar a poupar o dinheiro e, só depois, falar sobre juros e inflação”, detalha. Ele destaca que não é necessário apressar-se ou pular etapas, porque os pais têm, na prática, quase duas décadas para criar a consciência financeira nos filhos.

Em um país desigual como é o Brasil, Hayashi lembra que é preciso democratizar o acesso à Educação Financeira para que todos tenham as mesmas oportunidades de desenvolver um espírito empreendedor. “Infelizmente, no Brasil, não são todos que têm essa oportunidade. Existem pessoas que batalham muito, mas, no final do dia, não podem, por exemplo, ir para a faculdade, porque têm que ajudar em casa. A realidade social impõe muitos desafios”, lamenta.

Ele afirma que a Educação Financeira vem para somar, mas também é fundamental garantir que as crianças e jovens tenham uma Educação formal de qualidade para que aprender sobre finanças seja eficaz. "Dessa forma, será possível criar um ambiente adequado para que as pessoas possam ajudar a construir um país economicamente mais forte", ressalta.

Hayashi e Cordeiro falam mais sobre educação financeira e explicam como implementar a prática de dar mesada para as crianças no 13º episódio do podcast PodAprender, cujo tema é “Educação Financeira e Empreendedorismo na Educação Básica“. O programa pode ser ouvido no site do Sistema de Ensino Aprende Brasil (sistemaaprendebrasil.com.br), nas plataformas Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e nos principais agregadores de podcasts disponíveis no Brasil.

 

 

 

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Conselhos para segurar a onda nos dias difíceis

 

 

 

 

Conselhos para segurar a onda nos dias difíceis

Autor carioca Márcio Musa traz reflexões sobre a vida em forma de drops e tiradas bem-humoradas em seu novo livro MM Thoughts

Uma leitura que pode ser equiparada a uma boa conversa com amigos. Esta é a sensação que causa MM Thoughts, novo livro do autor carioca Márcio Musa, o Musinha, pela Litteris Editora. São conselhos, reflexões curtas e tiradas espirituosas sobre o dia a dia que facilmente poderiam ser debatidas em uma mesa de bar.

Os insights de Musinha, que atua como advogado, surgiram em meio ao trabalho e suas rotinas diárias e, por quase duas décadas, foram sendo redigidos em cadernos, bloco de notas no celular, e e-mails para que não fossem esquecidos.

Em 2020, com vontade de compartilhar as ideias com amigos, os pensamentos dinâmicos em forma de pílulas do saber e com pitadas de poesia viraram um livro mais atual que nunca. Leitura certeira para se esquivar de momentos de crise, como o que vivemos, e tentar relaxar – nem que seja por alguns minutos. MM Thoughts torna-se necessário.

Misturando o português com pensatas em inglês, o leitor literalmente “viaja” sobre obviedades diárias e dilemas intensos. “A vida sem sonhos é um vazio sem fim”. Reflita esta curta de Musinha e perceba como uma frase com menos de dez palavras pode trazer inúmeros significados.

Aqui e Agora

“Renda-se ao aqui e agora. O passado já se foi. O futuro ainda não chegou. Não antecipe os problemas, colocando a “carroça na frente dos bois”. Saiba deixar pra depois o que é pra depois. Tudo tem a sua hora – tempo! – e o seu momento. Não viva ansioso, querendo sempre estar em outro lugar. Passe a viver bem o presente, pois o presente é precioso. Se a notícia de um problema chato lhe chegar numa sexta-feira de tarde, melhor se preocupar muito com esse problema na segunda-feira”. (MM Thoughts, p. 37)

O próprio autor conta que escreveu os pensamentos sem pressa, saboreando cada reflexão. Vale o mesmo para a hora da leitura. Musinha sugere ainda um bom vinho como acompanhamento. Enjoy it!

Ficha técnica:

Título: MM Thoughts

Autor: Márcio Musa

Editora: Litteris

ISBN: 978-65-5573-000-5

Páginas: 88

Tamanho: 18 x 18 cm

Preço: R$ 44 e R$ 12 (E-book Kindle)

Link de venda: https://amzn.to/3lWvHJI

Sinopse:

Pouco mais de quatro anos do lançamento da sua fábula infanto-juvenil “Canários Livres”, Márcio Musa traz, em seu segundo livro, um apanhado de pensamentos, ideias, conselhos e curtas histórias registradas ao longo de quase duas décadas. Este livro, no entanto, não é para crianças. MM compartilha tiradas espirituosas e algumas inquietudes, mostrando que sobriedade e loucura precisam coexistir. A publicação ainda conta com ilustrações de João “100DENT” Martin.

Sobre o autor:

Márcio Xavier Ferreira Musa, mais conhecido como Márcio Musa, o “MM” ou simplesmente Musinha, tem 46 anos, é carioca e formado em Direito. Aos 19 anos, tomou gosto pela leitura de contos, crônicas e alguns clássicos da literatura brasileira, sendo admirador das obras de Machado de Assis. Em 2016, lançou o seu primeiro livro (de bolso), a fábula “Canários Livres”.

Redes Sociais:

Instagram: @marciomusa

Facebook: MarcioMusa

Twitter: @musa_marcio

 

 

 

 

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