Falta de manutenção adequada pode levar automóvel ao descarte

Falta de manutenção adequada pode levar automóvel ao descarte

Junto de colisões severas, o descuido com revisões preventivas encabeça a lista das causas que diminuem a vida útil do veículo 

Para que a funcionalidade do veículo seja plenamente usufruída de maneira segura e confortável, é essencial incorporar à rotina hábitos de manutenção do mesmo. A preservação veicular é tão importante que, conforme o Detran/PR, automóveis sem revisão e manutenção adequadas têm três vezes mais chances de se envolver em acidentes. Quanto mais postergados os cuidados com o veículo, maiores as possibilidades de sua vida útil ser abreviada. A Perkons ouviu especialistas para compreender quais posturas do motorista podem evitar esta condição. 

Conforme esclarece o engenheiro mecânico e consultor automotivo, Marcus Romaro, embora segurança, eficiência e durabilidade sejam quesitos regulados na fabricação veicular por meio de testes e normas, a conduta do motorista é decisiva. “Se houver falha de algum componente durante a rodagem comum, isto é, ligar e sair dirigindo normalmente, em praticamente 100% dos casos é devido à falta de manutenção preventiva e adequada”, argumenta. Por este olhar, ele deposita na falha humana e na circulação de veículos sem condições de rodar, a ocorrência da maior parte dos acidentes de trânsito. 

Segundo o engenheiro, o descarte é ditado tanto pela idade do automóvel quanto por sua condição estrutural (chassi/carroceria), que pode apresentar sinais de corrosão ou que sejam resultado de colisões de intensidade média e alta. “Isso pode afetar significativamente regiões estruturais como colunas ou travessas, e, no caso da corrosão, comprometer as características mecânicas do material”, associa. 

Mas não são apenas eventos externos os responsáveis por comprometer o desempenho do veículo e levá-lo ao descarte. Entre os hábitos nocivos à vida útil do carro, Romaro destaca passar por buracos e valetas, dirigir com o pé apoiado no pedal da embreagem ou com a mão na alavanca do câmbio, e deixar de alinhar a direção e balancear as rodas – o que deve ser feito a cada 10 mil km. Além de desgastar direção, suspensão e freios – cruciais para estabilidade e capacidade de manobra do carro -, posturas como essas aumentam o consumo de combustível. “A única peça que liga o carro ao chão é o pneu, ou seja, todo conforto, segurança, performance e estabilidade que pagamos ao comprar um veículo depende dele e, paradoxalmente, é comum economizarmos nisso. O que falta ao brasileiro é a maturidade da consciência dos riscos”, completa. 

Descarte de veículos pode ser evitado por meio da reciclagem

Realidade para 95% dos carros nos Estados Unidos, a reciclagem de veículos ainda dá os primeiros passos no Brasil, tendo aderência de apenas 1,5% da frota, apesar dos benefícios que traz à sociedade e ao meio ambiente. A regulamentação deste tipo de serviço veio apenas em 2014, com a Lei nº 12.977 (“Lei do desmanche”). “Somente 5% do material que compõe um veículo não pode ser reciclado, mas pode ser descartado em aterros sanitários com destinação correta e certificada pelas exigências ambientais vigentes”, contrapõe Fabio Frasson, superintendente daRenova Ecopeças, que afirma que a estimativa é de que cerca de 50% dos veículos brasileiros que circulam atualmente precisam ser reciclados. 

Conforme Frasson, se reciclado, evita-se possíveis contaminações de solo, mananciais e lençóis freáticos, resultantes do mau gerenciamento do descarte do veículo. “Apenas um carro reciclado significa deixar de emitir 3.700 Kg de CO2, o equivalente ao que sete árvores neutralizariam durante toda a sua vida”, avalia. Para possibilitar este reaproveitamento, três fases são essenciais: a descontaminação, a remoção e a classificação de peças. Na primeira, são retiradas as sobras de óleo, gás, fluído e combustível, resíduos encaminhados a empresas especializadas. Em um segundo momento, são removidos vidros, peças móveis de lataria, itens de segurança e de tapeçaria e componentes elétricos e mecânicos. E, por fim, são separadas as peças em perfeitas condições e aptas para reutilização imediata daquelas que necessitam de reparos para serem reutilizadas e das totalmente danificadas (ou diretamente relacionadas à segurança do automóvel). Esta última categoria ganha dois destinos: retorna ao fabricante – nos moldes do sistema de logística reversa -, ou é enviada à indústria de base para a produção de matéria prima.

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Silenciosa e perigosa, a Sífilis avança no Brasil

Silenciosa e perigosa, a Sífilis avança no Brasil

Médico da Unimed Laboratório explica sobre a importância do diagnóstico precoce 

“Altamente transmissível e ainda sem vacina, a Sífilis tem tratamento e cura, mas, para isso, é necessário o diagnóstico precoce.” O alerta é feito por Jaime Rocha, infectologista da Unimed Laboratório. A sífilis é uma Doença Sexualmente Transmissível (DST) causada pelo Treponema pallidum, capaz de infectar praticamente todos os órgãos e tecidos, provocando as mais variadas manifestações clínicas. O diagnóstico é sempre clínico-laboratorial. 

Dados do Ministério da Saúde mostram o avanço da doença em todo o país. Em 2008, o Brasil registrava 7.920 casos de grávidas infectadas pela bactéria Treponema pallidum e, em 2013, 21.382. Relatório interno assinado pelo diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, aponta para 2016 um total de 28.226 diagnósticos prováveis da infecção em grávidas e 16.226 de sífilis congênita (5,6 a cada mil nascidos vivos). 

Os dados apontam somente as gestantes porque não é obrigatória a notificação em outros grupos. Entretanto, a Sífilis e outras DSTs também têm acometido cada vez mais pessoas na terceira idade. “Com a melhoria da qualidade de vida e sexual na velhice, este grupo torna-se vulnerável a estas doenças. Infelizmente esse grupo, muitas vezes, não procura orientação por receio do julgamento devido à idade”, comenta o infectologista. 

“O diagnóstico laboratorial da sífilis é baseado em exames de microscopia e exames sorológicos. Os exames sorológicos são os mais usados rotineiramente e podem ser de duas categorias. A primeira categoria são os não-treponêmicos, em que os mais comumente usados são os VDRL (Venerial Disease Research Laboratory) e o RPR (Rapid Plasma Reagin) para o screeming rotineiro, valioso para estabelecer o diagnóstico por ser expresso quantitativamente e que, quando positivo, pode ser usado para avaliar a eficácia do tratamento.” Estes testes tornam-se positivos após quatro a seis semanas da infecção ou uma a três semanas do aparecimento da lesão primária (cancro). 

A segunda categoria são os testes treponêmicos, nos quais o antígeno é o próprio treponema ou suas proteínas, com os quais reagem os anticorpos. São eles: o TPHA (hemaglutinação) e o FTA-abs (atualmente pouco utilizado pela sua complexidade). Os testes de enzimaimunoensaio, que por serem altamente sensíveis, específicos e automatizados são mais reprodutíveis. 

Na sífilis congênita, quando a mãe infectada passa para o bebê, além desses exames, devem ser solicitados também o hemograma completo, raio X de ossos longos e exame do líquido céfalo-raquidiano ou líquor (LCR) para análise da celularidade, proteínas e a realização do VDRL. O VDRL do recém-nascido enquadrado na definição de caso deve ser realizado com sangue colhido de veia periférica, e não de cordão umbilical. Os exames treponêmicos podem ser reagentes até o 18º mês de vida, em razão da transferência passiva de anticorpos maternos, e raramente são utilizados para a definição diagnósticas em crianças até essa idade. 

Transmissão

A transmissão acontece durante todas as formas de contato sexual, por meio de pequenas lesões da pele e mucosas, genitais ou extragenitais. Raramente é transmitida por transfusão sanguínea ou pela placenta. O diagnóstico é sempre clínico-laboratorial. 

Fases da doença

O especialista da Unimed Laboratório explica que, clinicamente, a sífilis se apresenta em três fases. A primeira é como infecção recente (sífilis primária), com uma lesão inicial que é o cancro duro, que aparece duas a seis semanas após a contaminação e que desaparece em cerca de quatro semanas, sem deixar cicatrizes, mesmo sem tratamento. 

A segunda forma, de acordo com Rocha, é como sífilis tardia, que surge após o primeiro ano de evolução e ocorre em indivíduos não tratados ou inadequadamente tratados. Nesta fase as manifestações podem acontecer na pele, nos ossos, no coração, no cérebro e outras. Na sífilis secundária há a disseminação dos treponemas pelo organismo. “Como a primeira e a segunda fases são separadas por um período latente e sem sintomas, a doença pode ser altamente destrutiva e levar à morte”, diz o infectologista. Já a terciária se caracteriza pela lesão, principalmente do sistema nervoso central e cardiovascular.

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Seminário sobre a Base Nacional Comum Curricular aponta caminhos para a reforma do ensino

Seminário sobre a Base Nacional Comum Curricular aponta caminhos para a reforma do ensino

Conteúdos atualizados e sintonizados com a realidade do país e do mundo. Professores com condições de estrutura e especializações no currículo para ensinar esse conhecimento da forma mais aprimorada possível. Esses são alguns dos principais temas que o Seminário Regional de Formação Docente irá abordar no próximo sábado (22/10), na Universidade Positivo (UP), em Curitiba, entre 8h e 12h.

Em tempos de discussões sobre a reforma do ensino, apoiada na criação de uma Base Nacional Comum Curricular, o Seminário pretende analisar as mudanças defendidas pelo Ministério da Educação no dia a dia de estudantes, pais e professores de escolas públicas e privadas. Cerca de 300 pessoas, entre representantes das secretarias regionais de Educação do Paraná e professores da rede estadual de ensino, são esperadas para participar das discussões.

A professora Kátia Ethienne Esteves dos Santos abordará os desafios do uso das tecnologias educacionais. Segundo ela, os dispositivos existentes precisam ser usados de maneira inovadora. “A tecnologia existe, mas não deve ser usada para reproduzir o que já era feito da forma antiga. É preciso trazer o aluno para participar e desenvolver novos meios que façam ele usar esse conhecimento que é repassado. Que lugar o aluno deve ter nesse processo?”, indaga Kátia, coordenadora de EAD (Ensino à Distância) da Universidade Positivo, setor responsável pela organização do Seminário.

A criação de uma Base Nacional Curricular Comum poderá trazer mais igualdade de acesso ao conhecimento para estudantes de diferentes regiões e distintas realidades sociais do país. O tema será debatido pela professora Vanessa Zanoncini, mestre em Educação pela Universidade Lusófona, de Lisboa (Portugal), e consultora da Editora Positivo há 17 anos. Para Vanessa, que também foi professora das redes pública e particular de ensino, a adoção de uma base curricular comum poderá aprimorar as formas de acesso ao conhecimento global e manutenção das questões regionais, com impacto na qualidade que é avaliada em exames como ENEM e IDEB. “O que se busca é uma unidade curricular para que haja um aprimoramento do aprendizado em nossas escolas”, afirma Vanessa.  “Esse conhecimento deve ser elaborado para que os estudantes o apliquem no seu dia a dia”. Os aprimoramentos, lembra Vanessa, já eram previstos desde a Constituição Federal de 1988 e LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação).

Outro tema a ser debatido no Seminário será a reforma no processo de formação dos professores. De acordo com Vanessa, é preciso repensar essa formação. “O professor tem que ensinar o conteúdo a serviço da aprendizagem. Que não seja por meio da repetição, mas da apropriação e interpretação do conhecimento”, diz a especialista. De acordo com Kátia, o processo de atualização precisa ser contínuo. “O que importa é quanto o educador está interessado em continuar aprendendo”, afirma.

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Feirão de imóveis no Shopping Total deve receber 100 mil pessoas

Feirão de imóveis no Shopping Total deve receber 100 mil pessoas

Oito construtoras e a Caixa Econômica federal irão apresentar oportunidades de negócios com preços atrativos e condições especiais 

O Shopping Total e a Band Curitiba realizam nos dias 21, 22 e 23 de outubro o Feirão Band Imóveis. O evento irá reunir diversas construtoras com o objetivo de apresentar oportunidades de negócio para quem está em busca da casa própria. O evento terá entrada gratuita e a estimativa dos organizadores é receber mais de 100 mil pessoas.

No total, oito construtoras confirmaram participação e se preparam para apresentar no Feirão apartamentos, casas e sobrados com preços atrativos e condições de pagamento acessíveis. Entre as construtoras que fazem parte do evento estão: Andaluza, Baú Construtora, Casteval, Casa Alta, Citta,  MRV, Pride e RF Empreendimentos.

O público poderá contar com o apoio da Caixa Econômica Federal que estará presente no evento para viabilizar os financiamentos dos imóveis fechados no Feirão. Além disso, o Shopping Total irá disponibilizar Espaço Kids, com brincadeiras para entreter as crianças, pockets shows, promovidos pelo Grupo Wood’s e ambiente para bate-papo com o economista Daniel Point, sobre as oportunidades do mercado imobiliário diante da crise. 

Serviço:

Feirão Band Imóveis

Local: Shopping Total – praça de eventos – Setor Verde

Entrada: gratuita

Horário: sexta-feira das 12h às 22h / sábado das 10h às 22h / domingo das 12h às 20h

 

Shopping Total

Rua Itacolomi, 292 - Curitiba – PR

Telefone: (41) 3025-7000

http://shoppingtotalcuritiba.com.br/

www.facebook.com/shoppingtotalctba 

Horário de atendimento:

Segunda a Sábado, das 10h às 22h

Domingo, das 11h às 19h

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Lide Multimídia passa a atender o Museu de Arte Indígena

Lide Multimídia passa a atender o Museu de Arte Indígena 

A Lide Multimídia, empresa paranaense de comunicação empresarial, com 23 anos de atuação, passa a ser a agência responsável pela Assessoria de Imprensa e Relações Públicas do Museu de Arte Indígena (MAI), em Curitiba. O atendimento será feito pela jornalista Isadora Nicastro, com a coordenação de Paula Batista e Moema Zuccherelli. 

O Museu de Arte Indígena (MAI) é o primeiro museu privado no Brasil dedicado ao resgate e a preservação da arte produzida pelos índios. Com mais de 700m² de exposição, o MAI propõe ao visitante uma imersão no universo indígena, com mostra de artefatos de cerâmica, cestarias, máscaras ritualísticas, objetos e adornos, com destaque para a arte plumária. O acervo é composto por peças de coleção particular da administradora Julianna Podolan Martins, adquiridas em expedições para aldeias realizadas desde 1997.

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