Cinco dicas para quem quer abrir o escritório de arquitetura no exterior
Profissionais do EB Arquitetura contam os passos que seguiram para expandir seu negócio para a Itália
O sonho de morar no exterior permeia o pensamento de muita gente, mas viabilizá-lo pode não ser tão simples quanto arrumar as malas e pegar um avião, principalmente quando há uma carreira envolvida. No caso dos profissionais do EB Arquitetura, a abertura de uma unidade do escritório na Itália demandou planejamento pessoal e financeiro, além de muito networking para ser concretizada com sucesso, em junho deste ano.
Os arquitetos Guto e Carolina Biazzetto, sócios-proprietários do EB Arquitetura, reuniram dicas para quem deseja expandir seus negócios para o exterior.
1 – Conheça o mercado no qual pretende atuar
Conhecer o mercado e o tipo de cliente com o qual irá atuar é, sem dúvida, um dos pontos essenciais de um planejamento como este. Mesmo que depois veja que tem outros mercados melhores e mude o trajeto escolhido, não é bom chegar ao país sem, pelo menos, saber o que quer fazer e quais as necessidades dos clientes locais.
2 – Mantenha contato com profissionais que já trabalham naquele local
Contar com o amparo de colegas que conhecem o mercado e podem lhe apresentar os melhores caminhos para se seguir é uma boa saída para não começar do zero. “Temos três parceiros já contatados há muito tempo, sendo dois que foram nossos chefes entre 2007 e 2008 (arquitetos) e um que foi nosso professor no Politecnico di Milano, tem um Studio de Design Gráfico e vai montar um braço do estúdio trabalhando com Design de Interiores, colocando nosso escritório como parceiro e responsável por estes projetos”, revela Guto.
3 – Faça um planejamento financeiro
Ter um respaldo financeiro para poder planejar um período de prospecção sem rendimento é ótimo. Seja o lucro de algum negócio no Brasil ou um valor guardado como poupança para este fim, ambos garantem a tranquilidade em um período instável da mudança. “Continuamos com os escritórios de Curitiba e Campinas funcionando normalmente, além de um segundo negócio que se suporta sem a nossa presença e nos ajuda financeiramente. Também conseguimos guardar uma quantia boa de dinheiro e aplicamos no mercado financeiro. Utilizamos este rendimento da aplicação (período de um ano) para auxiliar enquanto ainda crescemos como empresa na Itália”, conta Carolina.
4 – Viabilizar questões legais para morar e trabalhar em outro país
O processo de cidadania e validação do diploma devem ser realizados com bastante antecedência, pois são processos que podem demorar algum tempo.
5 – Atualizar-se com relação aos softwares e legislação vigentes
Os programas não são tão diferentes, mas no exterior eles têm muito mais conhecimento de utilização dos sistemas. As plataformas BIM são um bom exemplo disso. Já a legislação abrange muita informação não técnica e sim de memorização, e é preciso conhecer a fundo os processos, estar atualizado.
Para os profissionais, além desses passos, o esforço é inevitável e o sentimento de estar longe dos parentes e amigos também, mas a experiência vale a pena. “Não existe mágica. No fim tudo se resume a trabalhar e estudar muito”, finalizam.
Sobre o EB Arquitetura:
Formados em arquitetura nas universidades PUC-PR e Tuiuti do Paraná, respectivamente, Carolina e Guto Biazzetto, criaram em 2002 o EB Arquitetura, escritório com sede em Curitiba e filiais em Campinas (SP) e Milão (Ita). Com grande foco na sustentabilidade, além de projetos ecologicamente corretos, o EB também oferece consultoria na área e acompanhamento no processo de certificação sustentável de obras. Seus trabalhos combinam o minimalismo italiano ao tropicalismo brasileiro, oferecendo uma mistura interessante aos seus clientes.
Serviço:
EB Arquitetura
Unidade Curitiba (PR)
Endereço: Rua Vieira Dos Santos, 40 - Centro Cívico
Unidade Campinas (SP)
Rua Giuseppe Máximo Scolfaro, 497 - Cidade Universitária
Unidade Milão (Itália)
Via Ugo Foscolo, 35, 20090 - Cusago
Site: www.ebarquitetura.arq.br/