Livro “Reservas Naturais” relata a iniciativa pioneira que alia o combate às mudanças climáticas e a conservação da biodiversidade a ganhos sociais / econômicos

 

 

 

Livro “Reservas Naturais” relata a iniciativa pioneira que alia o combate às mudanças climáticas e a conservação da biodiversidade a ganhos sociais e econômicos

Obra apresenta mudanças e conquistas dos 20 anos de história das Reservas Naturais da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) no litoral norte do Paraná

Neste mês, a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) lança um livro que conta sobre o seu trabalho pioneiro na restauração e conservação do bioma Mata Atlântica: “Reservas Naturais: 20 anos de história”. A obra apresenta informações sobre o processo de instituição das Reservas Naturais, as técnicas utilizadas e aprimoradas, os relacionamentos e parcerias construídos, as ações de educação para conservação da natureza, além dos resultados no desenvolvimento social e econômico de moradores locais.

Juntas, as Reservas Naturais – das Águas, Papagaio-de-cara-roxa e Guaricica, localizadas em Antonina e Guaraqueçaba, litoral norte do Paraná – mantêm preservados cerca de 19 mil hectares de Mata Atlântica. “O processo de restauração ecológica demandou diferentes técnicas de plantio, com espécies nativas, devido ao estágio de degradação dessas áreas, com solos muito empobrecidos e alterados”, explica Reginaldo Ferreira, coordenador das Reservas Naturais. “Um dos maiores ganhos das atividades de restauração ecológica desses locais, foi o estabelecimento de uma nova cultura de desenvolvimento para a região”, afirma.

Entre as técnicas de restauração utilizadas, estão o plantio mecanizado, plantio manual e regeneração natural. Todo o processo se inicia com a identificação de plantas matrizes, coleta de sementes e a produção de mudas nos viveiros. Um dos grandes destaques deste processo foi a estruturação de viveiros como centros de tecnologia. Nos últimos 20 anos, foram produzidas mais de 700 mil mudas de espécies nativas da Mata Atlântica. A capacidade anual da Reserva Natural das Águas – principal viveiro estabelecido – aumentou de 10 mil para 180 mil unidades no início da década de 2000, resultado da qualificação e aprimoramento da gestão e manejo. O conhecimento destas técnicas hoje permite a SPVS implementar ações de restauração de outras áreas e contribuir, em parceria, com a preservação de outras regiões.

Todo este trabalho teve início com o estabelecimento de parcerias da SPVS com a organização não governamental The Nature Conservancy e as empresas Chevron, General Motors e American Electric Power. O projeto pioneiro para Redução de Emissões provenientes do Desmatamento e da Degradação Florestal (REDD+), além de colaborar com a retirada de gases de efeito estufa da natureza e permitir a restauração de uma grande área de Mata Atlântica foi capaz de estabelecer um modelo sem precedentes para o desenvolvimento do potencial da região em conservação da biodiversidade.

Desenvolvimento científico, cultural e econômico

Até 2018, as Reservas Naturais possibilitaram o desenvolvimento de 112 publicações científicas e mais de 230 trabalhos de graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado e projetos de pesquisas de instituições de ensino nacionais e estrangeiras – como o Museu de História Natural de Karlsruhe, da Alemanha, e o Earthwatch Institute, do Reino Unido. Desde o início das operações, foram registradas 22 espécies de mamíferos de médio e grande portes, 400 espécies de aves e mais de 1.000 espécies de plantas. Entre os registros estão descrições de espécies novas para a ciência, como é o caso de uma cigarrinha (Guaricicana borsegi) e de outros animais que não eram mais encontrados na região há décadas, como a onça-pintada.

Desde que as áreas das Reservas Naturais foram adquiridas e os trabalhos de manejo e restauração foram estabelecidos, a educação para a conservação da natureza é uma das principais prioridades da SPVS. A instituição desenvolveu diversas ações para gerar compreensão sobre a importância de conservar a natureza, envolvendo não só os funcionários, mas seus familiares e toda comunidade local. “As histórias que o livro traz mostram que é possível capacitar e envolver uma comunidade, demonstrando o valor do trabalho realizado nas Reservas e que a conservação da natureza tem potencial para desenvolver uma região de diferentes formas”, explica Monica Borges, gerente de parcerias corporativas da SPVS.

Com esse objetivo, a SPVS pesquisa e estimula o desenvolvimento de atividades econômicas que sejam compatíveis com a conservação da natureza. Cultivo de banana orgânica, produção de mel com abelhas nativas e incentivo ao turismo ecológico são alguns exemplos de iniciativas que resultaram no desenvolvimento econômico nas cidades abrangidas pelas Reservas Naturais.

João Amadeo é um dos parceiros locais que começaram a praticar o turismo de forma cooperada. Dono da Pousada Chauá, João relata que a organização da Cooperguará ofereceu maior segurança e motivação para turistas. Para Francelino Cogrossi, outro exemplo de empreendedorismo na região, as mudanças e benefícios oriundos das Reservas também são claros. “Antes, a população era muito menor e, mesmo assim, percebemos que algumas espécies estavam desaparecendo, a caça e exploração das áreas eram muito intensas. Hoje, vemos os resultados da conservação da natureza”, conta Francelino na obra.

Grande Reserva Mata Atlântica

A experiência de promover em conjunto conservação da biodiversidade e economia regional inspirou a iniciativa Grande Reserva Mata Atlântica, idealizada pela SPVS e que conquistou o apoio de centenas de parceiros. A iniciativa busca promover o maior remanescente contínuo deste bioma em todo o mundo com base nas suas riquezas locais, garantindo a geração de empregos e renda a partir de atividades voltadas ao turismo de natureza e ao turismo histórico-cultural.

A Grande Reserva Mata Atlântica é o principal refúgio de espécies ameaçadas de extinção, abrigando uma enorme diversidade da vida selvagem, com mais de 15 mil espécies de plantas e mais de duas mil espécies de animais vertebrados. A iniciativa também é palco de uma grande diversidade cultural, abrangendo 50 municípios que contém comunidades tradicionais de diferentes grupos culturais, representados por caiçaras, indígenas e quilombolas.

O diretor executivo da SPVS, Clóvis Borges defende que iniciativas como essa podem estimular ações similares com apoio de empresas privadas e a maior valorização das áreas protegidas e, por consequência, levar a avanços sem precedentes no desenvolvimento regional, por meio do conceito chamado Produção de Natureza. “As áreas naturais bem conservadas garantem a provisão de inúmeros serviços ecossistêmicos, como o fornecimento de água para comunidades e o equilíbrio climático pelo potencial de estoque de carbono das florestas. Além disso, esta grande área contínua de Mata Atlântica deve ser consolidada como um destino turístico. O turismo de natureza é um dos setores promissores para a economia nos próximos anos, com oportunidades de negócios e empregos para as comunidades locais. Além de promover o lazer, aventura e bem-estar, essas atividades têm potencial de gerar conhecimento sobre a conservação da natureza”, descreve. “Já para o próximo ano trabalhamos para que as Reservas Naturais possam receber visitantes e serem reconhecidas como um verdadeiro destino turístico”, acrescenta.

Ficha técnica

Autoria: Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS

Editora: InVerso

Número de páginas: 224

Prefácios: Carlos Manoel Amaral Soares e Miguel Serediuk Milano

Pesquisa e redação: Claudia Guadagnin e Ricardo Gomes Luiz

Coordenação de conteúdo: Adriani Baldini, Marina Pranke Cioato e Ricardo Gomes Luiz.

ISBN: 978-85-5540-160-2

Sobre a SPVS

A Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), que há mais de 36 anos desenvolve projetos inovadores na área de conservação da natureza. As iniciativas desenvolvidas pela SPVS têm por estratégia garantir que investimentos e esforços sejam direcionados para ações prioritárias e efetivas que consistam na manutenção do patrimônio natural brasileiro.

Editora Inverso

O comprometimento com a qualidade visual, editorial e gráfica, além da abrangência em toda a região sul do Brasil, fez a InVerso se consolidar e abrir caminhos no mercado editorial nacional. Hoje, a InVerso é reconhecida por sua coerência de proposta e valores: cultura, ética, respeito, informação, qualidade e pela aposta no patrimônio cultural e na leitura como forma de extensão da memória e da imaginação.

 

 

 

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O “Gambito da Netflix” - influência das novas mídias em mercados de consumo

 

 

 

O “Gambito da Netflix” - influência das novas mídias em mercados de consumo

Com a estreia em plena pandemia mundial, no dia 23 de outubro de 2020, a minissérie “O gambito da rainha” chegou de forma arrebatadora em mais de 62 milhões de lares em todo mundo via streaming e influenciou um mercado até então estagnado. Logo em seguida, fez subir 250% a busca por tabuleiro de xadrez no Ebay, alavancando a busca por “como jogar xadrez” da noite para o dia no Google e Youtube, transformando o livro que serviu como inspiração para a série, em best seller depois de 37 anos de seu lançamento e de quebra, aumentou o número de jogadores no site chess.com em 500%, transformando-se assim, não somente na série mais vista bem como na mais impactante no mercado.

Com o sucesso da minissérie mais assistida da história da Netflix, o “Gambito da Rainha” (muito bacana por sinal, vale a pena assistir), houve um "boom" nas buscas por aulas de xadrez na internet e de quebra chamou a atenção para um tema de interesse social mundial: a igualdade de gênero. Aliás, confesse que quando você escutou pela primeira vez esse nome "gambito da rainha", achou que era uma comédia bobinha e imaginou que teria algo a ver com as pernas finas da rainha da Inglaterra e nem deu muita bola, fala a verdade.

Pois bem, na verdade trata-se de um drama de alta de qualidade que relata a história de uma garota que se torna campeã mundial jogando xadrez de forma excepcional em um universo ocupado exclusivamente pelos homens, além de ser uma inspiração motivacional para que todos corram atrás de seus sonhos e objetivos de vida, a série aborda a igualdade de competência entre homens e mulheres da época, bem como consegue colocar em evidência outras pautas de relevâncias sociais, tais como a dependência química e adoção de crianças órfãs.

Em relação ao impacto da minissérie no mercado, a mesma aguçou e muito o interesse de milhões de pessoas em todo o mundo para o jogo de tabuleiro, fazendo com que as buscas sobre a temática "como aprender a jogar xadrez" e assim atingirem um pico record de buscas na internet.

De acordo com o site Salon, o enxadrista e mestre Levy Rozman saiu de uma média de 70.000 views diárias na plataforma de vídeos Twitch para mais de 500.000, logo após a série ter sido lançada e o vídeo mais popular, é claro, tem a ver com a produção da Netflix: “Como Jogar O Gambito da Rainha”. Enfim, como curiosidade vale destacar que os soviéticos eram (ainda são) extremamente obcecados por xadrez sendo tão popular por lá quanto o futebol no Brasil. Cada família tinha seu próprio tabuleiro, que inicialmente era destinado somente as elites no país e com o tempo se tornou super popular em todas as classes sociais (classes sociais na união soviética? Sim, senhor).

Como uma outra curiosidade vale destacar que o xadrez acabou virando na época, um importante artifício comunista para a chamada luta de classes. Sendo que Lenin o se referia ao jogo como uma "arma política".

Interessante né?

Autor: Achiles Batista Ferreira Junior é coordenador dos cursos de Marketing Digital, Marketing e Gestão de Mídias Sociais do Centro Universitário Internacional Uninter

 

 

 

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Obras do artista João Turin serão reunidas em memorial em sua homenagem

 

 

 

Obras do artista João Turin serão reunidas em memorial em sua homenagem

Artista que foi um dos criadores do Movimento Paranista conta com esculturas espalhadas pelo Brasil e França, além de ter uma obra no acervo do Vaticano, entregue ao Papa Francisco 

Considerado precursor da escultura no Paraná, o artista João Turin (1878-1949) terá suas obras reunidas e reverenciadas no Parque São Lourenço, um dos cartões postais da cidade de Curitiba (PR), onde será abrigado o Memorial Paranista João Turin, uma iniciativa da Prefeitura Municipal de Curitiba.

Em 19/12 (sábado) será realizada às 11h a entrega simbólica do novo memorial pelo prefeito de Curitiba, Rafael Greca. Nesta ocasião, o parque contará com uma das obras mais conhecidas de Turin, “Marumbi”, em uma ampliação em tamanho heroico, com cerca de 3 metros.

Até a data do aniversário de Curitiba, em março de 2021, está previsto para inaugurar todo o complexo que fará parte do Memorial Paranista João Turin, onde estarão reunidas 78 esculturas do artista, doadas ao Governo do Estado do Paraná pelos detentores dos direitos autorais, a SSTP Investimentos Ltda, da Família Lago. Estas obras foram cedidas pelo Governo do estado em regime de comodato para o município de Curitiba.

A SSTP Investimentos Ltda também doará uma fundição elétrica, segura, moderna e ambientalmente correta, em substituição à existente no local, que está obsoleta. “Isso vai propiciar aos novos artistas meios para fundir suas peças, estimulando e ajudando o desenvolvimento da arte escultórica paranaense. Acreditamos que seria o que João Turin gostaria de ver, pois ele mesmo teve imensa dificuldade em fundir suas peças à sua época, deixando muitas obras inéditas”, comenta Samuel Lago, da SSTP Investimentos Ltda.

“Além disso, também fará parte do Memorial Paranista João Turin o Jardim das Esculturas, um espaço de mais de 8 mil m², que vai contar com outras 12 obras de bronze, adquiridas pelo Governo Municipal, em tamanhos ampliados, sendo que duas terão proporções heroicas, com cerca de 3 metros de altura, que transformarão o Parque em um grande centro de artes a céu aberto”, completa.

Quem assina o Projeto é o arquiteto Guilherme Glock, do IPPUC – Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba, órgão ligado à Prefeitura Municipal da cidade. “O memorial se ergue como uma grande galeria em aço e vidro translúcido, que pede licença ao conjunto existente para conduzir a uma nova experiência e produzir uma sinergia capaz de organizar os espaços, distribuir as funções, orientar os visitantes e conduzir às artes da fundição, para compreender nossos maiores mestres nas artes da proporção, modelagem e técnica”, comenta o arquiteto.

A iniciativa tem o objetivo de atrair um grande público, entre admiradores das artes e turistas que visitam a capital paranaense, valorizando este importante artista e também o Parque São Lourenço, que já é um espaço privilegiado com uma série de atrativos de cultura e lazer. Além de ser próximo de outros dois pontos turísticos da cidade: a Ópera de Arame e a Pedreira Paulo Leminski.

"Além de um reconhecimento internacional de preservação cultural tão importante, o Memorial, no Parque, vai incentivar o turismo, trazendo mais recursos à cidade. Trata-se de um pensamento de desenvolvimento sustentável, e precisamos lembrar que a preservação cultural e o patrimônio cultural são benefícios bastante diretos para a cidade", avalia Samuel Lago, da SSTP Investimentos Ltda.

Obras no Brasil e na França

Hoje é impossível falar na arte paranaense sem citar João Turin. Ele foi um dos primeiros artistas a levar a arte de seu estado para o Brasil e o mundo. Há esculturas de Turin em locais públicos de municípios paranaenses, no Rio de Janeiro e até na França, onde o artista tem exposta uma Pietá, feita em 1917, para a Igreja de Saint Martin, em Condé-sur-Noireau, uma verdadeira relíquia, que resistiu aos bombardeios da guerra. Um exemplar desta obra estará exposta no Memorial.

Curitiba, onde Turin passou boa parte de sua vida, conta com muitas esculturas do autor espalhadas pela cidade, como “Tigre esmagando a cobra”, localizada próximo ao portal do bairro de Santa Felicidade, “Luar do sertão”, na rótula do Centro Cívico e “Tiradentes”, na praça de mesmo nome.

Existem 410 obras catalogadas. Apesar de ser associado como escultor, João Turin também produziu desenhos, pinturas, design de moda e criações arquitetônicas com sua arte. Essa versatilidade pôde ser conferida de perto pelas 266 mil pessoas que visitaram “João Turin – Vida, Obra, Arte”, a exposição mais visitada da história do Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba. Foi inaugurada em junho de 2014, com duração de oito meses no espaço mais nobre e privilegiado do museu (a construção conhecida como “olho”, que confere o nome como o local é popularmente conhecido).

Tal sucesso de público levou-a a compor o ranking anual das exposições mais visitadas no mundo, no ano de 2014, realizado pela revista inglesa especializada The Art Newspaper. Esta exposição também teve uma versão condensada, exibida em 2015 no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e na Pinacoteca de São Paulo.

Obra de Turin nas mãos do Papa Francisco

Em julho de 2013, a escultura “Frade Lendo”, de João Turin, foi entregue como doação para o Papa Francisco, na primeira visita do pontífice ao Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude. A troca de presente faz parte do protocolo de encontro entre chefes de Estado, sendo a escultura um presente oficial do Governo Brasileiro.

Criada nos anos 30, a estátua de 44 centímetros de altura representa um frade de meia idade, levemente curvado, calvo e com uma longa barba, lendo um livro. Turin está entre os raríssimos artistas brasileiros presentes no acervo de arte do Vaticano.

Uma vida envolta na arte da escultura

Nascido em 1878 em Morretes, cidade histórica do litoral do Paraná, João Turin veio para a capital Curitiba, ainda garoto, onde foi aprendiz de ferreiro, torneiro, marceneiro e entalhador. Em seus estudos, foi aluno e posteriormente professor na Escola de Belas Artes e Indústrias do Paraná.

Mais tarde seguiu para a Bélgica, para a Real Academia de Belas-Artes, onde se especializou em escultura. Retornou ao Brasil em 1922, trazendo comentários elogiosos da imprensa francesa. Destacou-se como escultor animalista, conforme afirmava seu sobrinho-neto Jiomar Turin, falecido em 2014: “João Turin talvez seja o maior escultor animalista do Brasil, pois era profundo conhecedor da anatomia animal e suas obras, mais especificamente as esculturas de onças, que apresentam muito vigor e movimento”.

João Turin também é lembrado como um dos criadores do Paranismo, movimento regionalista que buscava uma identidade para a arte paranaense, caracterizando-se pelo uso de motivos típicos do estado do Paraná em arquitetura, pintura, escultura e grafismos.

“Turin é um dos expoentes deste movimento, que buscava construir a identidade regional do Paraná por meio da arte e de símbolos como o pinheiro e a erva-mate. Ou seja: sua arte está nas veias de todos os paranaenses, ela marca uma parte bastante importante da nossa história e do nosso jeito de ser”, afirma Samuel Lago, da SSTP Investimentos Ltda.

Foi premiado no salão de Belas Artes do Rio de Janeiro em 1944 e 1947. Faleceu em 1949, quando ainda exercia seu trabalho, deixando um precioso acervo, que inclui pequenas esculturas e baixos relevos, pinturas, monumentos, desenhos, documentos e obras em locais públicos.

 

 

 

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Matemática: os temas mais abordados no Enem nos últimos dez anos

 

 

 

Matemática: os temas mais abordados no Enem nos últimos dez anos

A preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio exige do estudante dedicação, disciplina e muita organização. Nesse período de reta final, o jovem tem mais uma difícil missão pela frente: saber o que vale a pena revisar. O edital do exame disponibiliza a Matriz de Referência, na qual constam os conteúdos do Ensino Médio que podem ser abordados nas provas, mas a lista de 24 páginas contemplando as quatro áreas do conhecimento é tão extensa que pode deixar qualquer um perdido, sem saber por onde começar.

"O estudante que, durante a preparação, tentou se familiarizar com o exame, resolvendo questões das avaliações anteriores já percebeu que o Enem costuma cobrar o mesmo padrão de questões. Sendo assim, o mais acertado é priorizar, nessa reta final, os conteúdos que aparecem com maior frequência", observa o coordenador da Assessoria de Matemática, Matheus Giovanetti.

Para ajudar quem está se preparando nessa reta final, o departamento de inteligência do Sistema Positivo de Ensino mapeou os assuntos que mais caíram nas provas do Enem nos últimos dez anos, incluindo as reaplicações.

Matemática

Os assuntos mais abordados nas provas de Matemática da última década são: Proporcionalidade e porcentagem - envolve o estabelecimento de relações entre grandezas, incluindo a porcentagem (26%); Geometria Espacial e Plana - parte da matemática que estuda o espaço e as formas que podem ocupá-lo (20%); e Análise de Gráficos e Tabelas, como formas de representações visuais e ordenadas de dados e informações, Estatística e Probabilidade, que envolvem o trabalho com a aleatoriedade e incerteza de eventos na natureza e o estudo de métodos usados para coletar, descrever e analisar dados (17%).

Em seguida vem Funções, área que compreende o estudo de determinados tipos de relações entre conjuntos (15%); Conjuntos Numéricos, que abrange o estudo sobre as características e propriedades dos conjuntos dos Números Naturais, Números Racionais, Números Inteiros, Números Reais, etc. (6%); Sequências, tema que trata do estudo das sequências numéricas como, por exemplo, as progressões aritméticas e geométricas (4%); Álgebra e Aritmética básicas, assuntos que envolvem a aplicação de conhecimentos básicos de aritmética e álgebra para a resolução de problemas (3%); Trigonometria e Funções Trigonométricas - estudo dos triângulos e as relações existentes entre seus elementos (2%); Geometria Analítica - estudo da geometria a partir dos princípios da álgebra (2%); Matemática Financeira (2%); Análise Combinatória - estudo de métodos e técnicas que permitem resolver problemas relacionados com contagem (2%); e Matrizes, Determinantes e Sistemas - conceitos matemáticos utilizados na resolução de Sistemas Lineares, que são conjuntos de equações com inúmeras variáveis (1%).

De acordo com Giovanetti, no que se refere ao conteúdo de Proporcionalidade e Porcentagem, é recorrente a resolução de situação-problema envolvendo a variação de grandezas e o cálculo de porcentagem. Já em Geometria Espacial e Plana, o destaque maior é para o cálculo de volumes de prismas e corpos redondos, assim como o cálculo de área e perímetro de figuras planas. "Em relação ao conteúdo de Análise de gráficos e tabelas, é importante observar que ele está presente não só na prova de Matemática, mas também nas provas de outras áreas do conhecimento, envolvendo análise de notícias, resultados de pesquisas, interpretação de dados científicos, entre outros. O conteúdo de Estatística e Probabilidade tem como foco a interpretação de dados que envolvem as medidas de tendência central: média, moda e mediana, além do cálculo de probabilidade simples, condicional e de eventos simultâneos", destaca o coordenador.

Considerando as questões que abordam o conteúdo de Funções, Giovanetti afirma que o foco deve estar na relação entre grandezas com o uso de representações algébricas e análise do comportamento gráfico cartesiano, envolvendo, por exemplo, os conceitos de função afim e quadrática.

 

 

 

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Planejamento pessoal para 2021 – necessidade de mantê-lo

 

 

 

Planejamento pessoal para 2021 – necessidade de mantê-lo

Fim da Pandemia e Vacina são sonhos coletivos e não são motivos para não planejar o desenvolvimento pessoal

Quando vamos nos aproximando do final do ano, com ele vem as metas para o próximo ano. Os objetivos passam a ser traçados, desde um novo emprego, aumentar a família ou mesmo emagrecer. Junto com o planejamento do próximo ano, vem a reflexão do que vivemos.

O ano de 2020 tem sido de muito aprendizado. Empresas se redesenharam para atender de uma forma nova, os escritórios migraram para home office e as aulas foram online. Precisamos nos adaptar ao novo normal rapidamente. E 2021, como será?

Para a psicóloga clínica que segue a abordagem da Psicoterapia Positiva, Luciana Deutscher, quando se trata de fim de ano de modo prático e objetivo, ou mesmo somente de forma inconsciente a fazer novos planos, traçar novas metas para o novo ano que se iniciará em breve. “Em 2020 não é diferente, temos sonhos para 2021, que vão além dos desejos coletivos pela vacina ou pelo fim da pandemia”, ressalta.

No entanto, muitos se questionam sobre os nossos outros sonhos e desejos e como poderemos realizá-los em 2021 ainda vivendo nesse cenário de Pandemia? “Temos conquistas pessoais e profissionais que não devem ser deixadas de lado”, esclarece Luciana. A psicóloga orienta que seja realizada uma lista de agradecimento por estarmos vivos, pelas coisas positivas que vivenciamos e pelos aprendizados que tivemos. “Alegre ou triste, o ano de 2020 nos ensinou muitas coisas, basta se permitir olhar pra trás e refletir sobretudo pelo que se passou e pelos obstáculos e desafios que conseguiu transpor nesse cenário atípico”, reforça.

“É necessário trazer à consciência os pontos importantes e como reagimos a tudo que aconteceu, só assim, conscientes, poderemos planejar 2021, desenhando estratégias, analisando as perspectivas e, mais do que tudo tendo conhecimento dos nossos pontos fortes e consciência dos aspectos positivos que vivenciamos”, explica.

Para Luciana, quando tomamos consciência dos aspectos positivos e de como superamos os obstáculos aumentamos nossa capacidade de lidar com situações difíceis e nos tornamos ativos na busca pela superação do que nos deixa vulneráveis e nos coloca em risco. “Sonhe, planeje, trace estratégias para alcançar suas metas e realizar seus sonhos e objetivos para 2021 mesmo nesse cenário de pandemia. Afinal, você está vivo e conseguiu reagir ao que era inesperado em 2020”, finaliza.

 

 

 

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