Novos mandatos, novas cidades? O que se pode esperar da transformação digital nas prefeituras

 

 

 

Novos mandatos, novas cidades? O que se pode esperar da transformação digital nas prefeituras

*Fabrício Ormeneze Zanini

A chegada de novos líderes nas prefeituras do Brasil trará também novos desafios, já que a tendência para os próximos anos é a tentativa de tornar as cidades mais inteligentes. Nesse aspecto, a principal mudança que os gestores devem enfrentar é a automação e a transformação digital dos setores da administração pública. Um desafio complexo e burocrático, mas que tende a trazer benefícios a curto, médio e também longo prazos para todas as cidades que adotarem.

O objetivo de tornar as cidades cada vez mais inteligentes é visto como uma vantagem que abrange diversos setores da administração. Uma cidade conectada e inovadora está diretamente relacionada ao crescimento socioeconômico local, por exemplo. Quando uma cidade proporciona o bem-estar de uma população, faz a gestão do meio ambiente e dos serviços públicos de forma adequada, essa cidade inteligente acaba atraindo pessoas que querem viver nela, desenvolver os seus negócios e implantar suas empresas. E, assim, ela realmente começa a fazer parte de um ecossistema.

Além disso, um local que valoriza seus moradores e oferece qualidade de vida tende a ser também valorizado e, consequentemente, gera otimismo, boas expectativas e incentiva o investimento regional, trazendo novas pessoas e também cativando aquelas que já fazem parte do ambiente. E, por isso, o caminho para se investir em tecnologia e tornar os serviços públicos mais eficientes passa por uma análise criteriosa de todos os processos que envolvem a administração pública municipal.

Em uma análise das principais áreas, como saúde, educação e mobilidade, deve-se investigar o que é possível melhorar nesses processos, o que é possível fazer de diferente e inovar nesses locais. Dessa forma, uma prefeitura consegue dados concretos para criar medidas efetivas, e não somente paliativas, para transformar uma cidade em um ambiente saudável e acolhedor para os cidadãos, que são o principal motivo e razão para que os gestores busquem melhorias.

Dentre as principais características que identificam uma cidade inteligente, no topo está o cuidado com a qualidade de vida dos moradores. Por isso, o conhecimento aprofundado sobre o funcionamento do município é essencial. As ferramentas hoje são a base principal para que bons planos diretores sejam desenvolvidos. Quando juntamos tecnologias como drones - que podem fazer sobrevoos e coletar dados - e Internet das Coisas - que começa a contar fluxo de pessoas e de veículos e consegue gerar pesquisas -, todas essas ferramentas proporcionam o desenvolvimento de um plano diretor assertivo.

O uso de dados e a otimização que a tecnologia proporciona para compreender cenários e gerar soluções são os pontos que faltam no sistema público, que muitas vezes ainda segue pilares engessados e pouco efetivos na resolução de problemas. Dentro da gestão de uma cidade, saber interpretar os problemas, entender as falhas e compreender as necessidades de quem vive a cidade são virtudes imprescindíveis e que podem, facilmente, serem instauradas com o auxílio do mundo digital.

*Fabrício Ormeneze Zanini é diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI)

 

 

 

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"Como lidar com a perspectiva de um novo cenário pós-vacina?", por Bruna Richter, psicóloga

 

 

 

"Como lidar com a perspectiva de um novo cenário pós-vacina?", por Bruna Richter, psicóloga

Recentemente ouvimos a notícia esperançosa de que foram aprovadas as vacinas contra o COVID-19. Muitos já comentam sobre seus novos planos pós-vacinação e a respeito do que chamam de retorno à normalidade. Expectativas se multiplicam diante desse novo cenário, esperando que o mundo, como o conhecíamos, retroceda seu curso e consigamos então, seguir com maior previsibilidade.

Infelizmente, parece que essas expectativas estão longe de se tornarem realidade. Em meio a uma pandemia é preciso entender que estamos diante de um pacto coletivo. Devemos não apenas nos vacinar - para a nossa proteção e a das pessoas das quais nos aproximamos - como também cultivar por um período ainda indeterminado todas às restrições a fim de evitar a transmissão de novos casos da doença. A mudança não será imediata.

De certo, em um país como o nosso de proporções continentais, como a liberação da vacina será gradual e levando-se em consideração o plano de distribuição da mesma, se faz necessário continuar controlando a propagação do vírus no intuito de diminuir a incidência de novos casos. Possivelmente, ainda haverá um longo período antes de alterações significativas ocorrerem.

Além disso, a própria fabricação das vacinas é muito recente e, portanto, não se tem ainda conhecimento sobre o impacto exato que elas terão na proteção contra o Corona vírus. É possível inclusive que, apesar de estar resguardado, o vacinado ainda seja passível de se tornar vetor de contaminação. E ainda não há a certeza sobre o período de efetividade da imunidade pós-vacina, nos levando a crer que talvez tenhamos que fazer reforços em determinados momentos.

Tudo é muito recente e está se desenvolvendo na medida em que seguimos vivenciando. Desse modo, os protocolos até então seguidos, de distanciamento social, uso de álcool gel e de máscaras não devem ser abandonados. As mudanças devem ser acolhidas. Buscamos constantemente nos adaptar a algo que possivelmente perdurará. E que a lição seja aprendida: depois de um ano pandêmico, mais do que nunca, precisamos nos preservar.

Sobre a autora

Bruna Richter é graduada em Psicologia pelo IBMR e em Ciências Biológicas pela UFRJ, pós graduanda no curso de Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela PUC.

Escreveu os livros infantis: "A noite de Nina - Sobre a Solidão", "A Música de Dentro - Sobre a Tristeza" e " A Dúvida de Luca - Sobre o Medo". A trilogia versa sobre sentimentos difíceis de serem expressos pelas crianças - no intuito de facilitar o diálogo entre pais e filhos sobre afetos que não conseguem ser nomeados. Inventou também um folheto educativo para crianças relacionado à pandemia, chamado "De Carona no Corona". Bruna é ainda uma das fundadoras do Grupo Grão, projeto que surgiu com a mobilização voluntária em torno de pessoas socialmente vulneráveis, através de eventos lúdicos, buscando a livre expressão de sentimentos por meio da arte. Também formada em Artes Cênicas, pelo SATED, o que a ajuda a desenvolver esse trabalho de forma mais eficiente.

 

 

 

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Desconhecimento sobre o Islam é o principal gerador de preconceito contra muçulmanos

 

 

 

Desconhecimento sobre o Islam é o principal gerador de preconceito contra muçulmanos

Às vésperas do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21/1), Federação das Associações Muçulmanas do Brasil faz lembrete: garantir o exercício do direito à liberdade religiosa não deveria ser um pleito num país laico como o Brasil"

O Brasil traz em sua Constituição um artigo que garante a liberdade religiosa: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Ainda assim, nunca se falou tanto em intolerância religiosa. E a FAMBRAS, Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, fala em nome do Islam às vésperas do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebra do no dia 21 de janeiro.

“Garantir o exercício do direito à liberdade religiosa não deveria ser um pleito num país laico como o Brasil – onde convivem pessoas das mais diferentes origens e cultura. Ao país, deveria caber, apenas, a missão de proteger e garantir a igualdade religiosa assim como - por meio de ações e amparado pelas leis - inibir a tolerância, o vilipêndio a símbolos religiosos e a indução ilícita à conversão à determinada doutrina”, defende o vice-presidente da entidade, Ali Zoghbi. “A nação brasileira deve manter-se à margem dos fatos religiosos, sem beneficiar ou promover uma ou outra denominação ou promover juízo de valor”.

De acordo com a FAMBRAS, existem cerca de 1,5 milhão de muçulmanos no Brasil. O país conta com 90 mesquitas e mussalas (salas de oração) e 80 centros islâmicos. É uma religião minoritária no Brasil, mas no mundo, são quase 2 bilhões de muçulmanos, ¼ da população mundial.

Zoghbi reforça que o muçulmano sofre por estereótipos criados pela sociedade e que, muitas vezes, são reforçados pela mídia. “Não é difícil encontrar materiais com representações negativas aos muçulmanos e ao Islam, sempre os relacionando à violência e a agressões”, ilustra. “A FAMBRAS acredita que a ‘islamofobia’ muito se dá por dois fatores: pela desinformação e pela impunidade. E vem trabalhando no sentido de mostrar o que a religião prega em sua essência. Em se tratando dos muçulmanos, o que posso afirmar sem medo de errar, é que o Islam é uma religião que prega a paz, a caridade, a justiça social e defende o diálogo com as demais religiões”.

O vice-presidente acredita que, para vencer a intolerância religiosa, garantindo que cada brasileiro professe sua fé sem qualquer receio, são necessárias leis que reforcem esta liberdade religiosa e que tragam punições a quem vai contra este direito. “Mais do que criar leis, o Brasil também precisa de mecanismos de fiscalização e, claro, de punição rápida e efetiva para os criminosos. Se houver impunidade, de nada adiantarão os esforços dos legisladores”.

Por fim, Zoghbi compartilha sua esperança por avanços na sociedade no que diz respeito à intolerância religiosa: “Que possamos viver novos tempos, sem intolerância ou julgamentos feitos com base em religião, etnia, condição social, gênero ou país de origem. É preciso olhar cada pessoa e reconhecer seu direito de viver com liberdade e justiça. ”

Sobre a FAMBRAS

A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil - FAMBRAS, foi criada há 40 anos. Atua nos âmbitos religioso, social, cultural, econômico e diplomático. Dentro destas esferas, desenvolve projetos que contemplam a divulgação do Islam e ações educacionais, culturais e assistenciais - tanto em benefício dos muçulmanos como das comunidades carentes do Brasil. Outras preocupações da FAMBRAS são ajudar a manter vivas as práticas do Islam e combater o preconceito aos muçulmanos por meio da informação.

O trabalho da Federação conta com o reconhecimento de renomadas instituições nacionais e internacionais. O apoio da FAMBRAS Halal - a primeira instituição certificadora Halal do Brasil, em operação desde 1979 – tem sido determinante para a concretização e ampliação dos projetos a cada ano. A certificadora é líder de mercado e realiza auditorias, abate, inspeção, supervisão de produtos e implantação do Sistema de Garantia Halal junto a indústrias e frigoríficos interessados em comercializar seus produtos especialmente para países islâmicos.

 

 

 

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Sanduíche de cookies com sorvete promete adocicar os dias de calor em Curitiba

 

 

 

Sanduíche de cookies com sorvete promete adocicar os dias de calor em Curitiba

O preparo faz parte do cardápio da rede Cookie Stories, loja especializada em delícias surpreendentes

O verão chegou e as temperaturas estão subindo em Curitiba, um alento para quem quer esquecer um pouco dos dias cinzas da capital paranaense. Para refrescar os dias quentes e oferecer novos sabores aos curitibanos, a rede Cookie Stories apresenta uma solução deliciosa: o Cookie Sandwich, um incrível sanduíche de cookies com sorvete.

A iguaria, que já é um grande sucesso da marca, é feita com o famoso cookie de chocolate chunk e sorvete de baunilha ou chocolate. Além disso, a receita é recheada com muito brigadeiro, Nutella ou doce de leite. A receita foi desenvolvida por uma das sócias do empreendimento, Rafaela Camargo, que chegou ao ponto exato dos ingredientes, mantendo todo o sabor do cookie com os complementos.

“Gosto da versatilidade que os doces propõem, assim fica fácil de inventar receitas especiais. O sanduíche, apesar de doce, não é nada enjoativo, trazendo uma combinação incrível de sabores e sensações. Quem não conhece vai se surpreender. Tenho certeza”, completa Rafaela. É sempre bom lembrar que a Cookie Stories trabalha seguindo todas as normas relacionadas ao combate do coronavírus.

A Cookie Stories conta com cinco unidades na capital paranaense: Juvevê, Shopping Estação, Água Verde, ParkShoppingBarigüi e Fábrica (somente encomendas). Confira o endereço e o horário de funcionamento de cada uma delas na página oficial da Cookie Stories no Facebook, no perfil no Instagram (@cookie_stories) ou no site www.cookiestories.com.br.

 

 

 

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Verão exige cuidados com alimentação, atividades físicas, hidratação e exposição ao sol

 

 

 

Verão exige cuidados com alimentação, atividades físicas, hidratação e exposição ao sol

Especialistas em nutrição e educação física dão dicas para quem curte o calor manter a saúde em dia

A pandemia adiou planos de viagens, alterou roteiros de férias e vai exigir cuidados redobrados neste fim de ano, mas há algo que o novo Coronavírus não terá como mudar: a temporada de verão e a expectativa das famílias em aproveitar os dias de sol ao ar livre.

Além das medidas habituais para evitar a Covid-19 (distanciamento social, uso de máscaras, de álcool em gel e o cumprimento de decretos com regras restritivas que podem variar de acordo com cada município), a chegada do calor requer outros cuidados com a saúde. Durante os dias de calor intenso é importante ficar atento à alimentação, hidratação, exposição ao sol e prática de atividades físicas.

Mestre em alimentação e nutrição, a coordenadora dos cursos de Saúde do UNICURITIBA, professora Maria Fernanda Koch Temporal, diz que a principal dica no verão é consumir alimentos leves e frescos como verduras cruas, frutas e manter a hidratação. “A estação pede sucos de frutas, que são excelentes opções e podem ser incluídos no lanche da manhã e da tarde. A alimentação deve ser leve e equilibrada, rica em nutrientes que estão presentes nas comidas in natura”, ensina.

Sem exageros

Quem nunca cometeu o pecado da gula no fim de ano que atire a primeira pedra. Mesmo com a tradição familiar das confraternizações e a mesa farta, o ideal é não ceder à tentação. “O consumo de alimentos neste período de calor deve ser moderado. Não precisa deixar de comer nada do que for servido, mas o segredo está no equilíbrio”, diz a especialista.

Ainda assim, para aqueles que costumam exagerar neste período de férias, Maria Fernanda tem um conselho: “A dica é restringir os alimentos com alta densidade calórica como os doces, gorduras e bebidas alcoólicas. Aposte nas frutas e verduras”.

Embora os coquetéis sejam a moda deste verão - mesmo para quem está de férias em casa - as bebidas alcoólicas são um capítulo à parte. O consumo deve ser feito com moderação sempre, “mas quem exagerar um pouco deve aumentar o consumo de água nos dias subsequentes e a ingestão de frutas e sucos naturais”, continua a professora do UNICURITIBA.

Hidratação

O organismo humano é formado por 70% de água e não é difícil imaginar como a desidratação pode comprometer os processos bioquímicos do corpo e suas funções vitais.

“Seja qual for a estação do ano, tenha sol ou não, nossas células e sistemas precisam de água para funcionar bem. No verão essa necessidade aumenta e principalmente durante as atividades físicas, a indicação é ter sempre uma garrafinha de água por perto”, recomenda a doutora em educação física, Birgit Keller Marsili, professora dos cursos de Biomedicina, Fisioterapia, Nutrição e Psicologia do UNICURITIBA.

De acordo com a mestre em nutrição Maria Fernanda Koch Temporal, o primeiro sinal de desidratação é a sede – uma prova de que a ingestão de água está inadequada. “O recomendado é consumir pelo menos 30 ml de água por quilo de peso corporal por dia, garantindo que o corpo receba a quantidade de líquido e nutrientes necessários para desenvolver todas as suas funções.”
A preferência, ensina ela, é pela água fervida ou filtrada, água de coco natural ou suco natural de frutas. Bebidas industrializadas como sucos de caixinha, de pacotinho ou refrigerantes devem ser evitados.

Atividade física

O verão pede atividade ao ar livre, mas ainda assim é preciso seguir algumas regras em função da pandemia. No caso de exercícios físicos, mesmo que não sejam em academias, a prática em locais abertos também deve respeitar regras de distanciamento e uso de máscaras.

“As máscaras podem aumentar a sensação de calor e provocar mais sede. Então, a recomendação é caprichar na hidratação. Se puder, escolha máscaras de tecido de algodão, que ajudam na transpiração e melhoram um pouco a sensação de abafamento, mas não abra mão da sua segurança. Precisamos estar protegidos contra o Coronavírus”, reforça Birgit.

Sobre o melhor horário para a prática de esportes e exercícios, a doutora em educação física diz que essa é uma escolha particular. “Algumas pessoas preferem fazer atividades logo cedo e depois ficam mais dispostas para encarar o dia. Outras têm preferência pela tarde ou noite. O melhor horário é aquele que você mais gosta e se sente bem”, afirma.

Exposição ao sol e cuidados com a pele

O que não pode faltar no verão é a proteção contra os raios ultravioleta e, outra vez, água sempre fresca para hidratar. “O sol tem o poder de envelhecer as nossas células, além dos riscos de queimadura e câncer de pele. Por isso, a recomendação é evitar a exposição no horário entre 11h e 15h, reaplicar o protetor solar de tempos em tempos, usar boné, óculos de sol, chapéu e guarda-sol”, continua a professora.

Quanto às mudanças bruscas de temperatura – ou choques térmicos – após as atividades físicas, calor intenso ou exposição ao sol, Birgit diz que não custa ouvir os conselhos dos avós. “Esse tema é controverso porque sabemos, inclusive, que atletas utilizam banheiras com gelo para a recuperação mais rápida de lesões, mas no dia a dia não precisamos nos expor a choques térmicos e podemos fazer essa transição de temperatura de forma gradual”, comenta.

A dica é: depois de uma atividade física intensa ou exposição prolongada ao sol, antes de entrar na piscina ou no mar, por exemplo, molhe primeiro os pés, a nuca, os pulsos e só depois mergulhe na água gelada.

 

 

 

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