Conheça mitos e verdades sobre o câncer na próstata

 

 

 

Conheça mitos e verdades sobre o câncer na próstata

Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em 2015, mais de 50% dos homens nunca consultaram um urologista. No mês dedicado à prevenção da doença, especialista responde algumas dúvidas que cercam a doença.

Mais de 65.800 homens deverão ter câncer de próstata em 2020, de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Em 2018, a doença foi responsável por 15.576 óbitos. Com o início do Novembro Azul — mês de conscientização sobre o câncer de próstata — reforça-se a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da doença, que ocupa o segundo lugar entre os tipos de câncer mais comuns em homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma.

“O Novembro Azul é tão importante quanto o Outubro Rosa. Os homens são menos conscientes da relevância do exame médico regular, além de serem culturalmente resistentes ao toque retal. Isto dificulta a detecção precoce do câncer de próstata, o que é fundamental para aumentar as chances de cura da doença. Quanto mais cedo o tumor for identificado, mais amplas serão as alternativas de tratamento de acordo com o estágio em que ele se encontra.”, afirma o Dr. Rafael Bruzamolin, Gerente Médico da Lar e Saúde.

De acordo com o Ministério da Saúde, os homens vivem, em média, cerca de 7 anos a menos do que as mulheres. Além disso, cerca de 70% procuram um médico por influência da família. Segundo pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em 2015, mais de 50% dos homens nunca consultaram um urologista.

“Os homens precisam ser corajosos para aprenderem com as mulheres sobre como cuidar de sua saúde física, mental e espiritual. Devem ser responsáveis para adotar esses cuidados, visando garantir sua qualidade de vida pessoal e familiar.”, ressalta Bruzamolin.

A realização de exames é fundamental para diagnóstico

A combinação de dois exames pode identificar o câncer de próstata: o toque retal, para palpar a próstata e detectar nódulos ou tecidos endurecidos; e a dosagem de PSA, exame de sangue que avalia a quantidade do antígeno prostático específico. O PSA feito de forma isolada, não pode ser a única forma de diagnóstico. Há pacientes que mesmo com níveis normais, apresentam tumores malignos.

A biópsia da próstata(com auxílio da ultrassonografia) é o único procedimento capaz de confirmar o câncer de próstata. Outros exames como tomografia computadorizada, ressonância magnética e cintilografia óssea poderão ser solicitados pelo médico.

A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que homens a partir dos 50 anos procurem um urologista para avaliação especializada. Homens com parentes de primeiro grau que tiveram a doença devem fazê-lo com 45 anos.

Conheça alguns mitos e verdades sobre a doença

Apesar de ser rápido e indolor, o exame de toque retal ainda é visto com muita resistência, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento precoce do câncer de próstata. Pensando nisso, separamos alguns mitos e verdades para você saber mais sobre o assunto.

PSA alto significa ter câncer de próstata. PSA baixo significa estar livre da doença.
Mito. Doenças benignas como a prostatite e a hiperplasia prostática elevam os níveis de PSA. Estima-se que 15% dos homens com câncer de próstata tem níveis de PSA normais. Em ambos os casos é importante realizar uma avaliação especializada e individualizada com médico urologista, antes de entrar em pânico ou comemorar.

Todos os casos necessitam, obrigatoriamente, de tratamento

Mito. O tratamento e as formas de controle da doença devem ser avaliados individualmente entre o médico e o paciente. Por exemplo, quando um tumor foi identificado em estágio inicial e é pouco agressivo, o monitoramento e o acompanhamento médico podem ser a melhor indicação.

Quem tem câncer de próstata sempre apresenta sintomas

Mito. Nos estágios iniciais, raramente o câncer de próstata é acompanhado por sintomas. Conforme a doença avança, alguns sinais aparecem, como dificuldade de urinar, diminuição do jato de urina, sangue na urina ou necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Mas esses sintomas são comuns também na hiperplasia prostática, que é uma doença benigna da próstata.
A atividade física é importante para prevenção do câncer
Verdade. Realizar exercícios regularmente é fundamental para uma boa saúde como um todo e, no caso do câncer de próstata, não é diferente. Se por um lado o sedentarismo e a obesidade estão ligados ao surgimento da doença, por outro, praticar atividades físicas causa o efeito contrário, pois reduz o estresse, melhora a imunidade, regula os níveis hormonais e ajuda no controle de peso.

É uma doença de idoso

Mito. Apesar de ser uma doença que prevalece na população mais velha, 40% dos casos são diagnosticados em homens mais novos, ainda que seja rara antes dos 40 anos. De qualquer forma, a recomendação é procurar um especialista para uma avaliação individualizada.

Sobre a Lar e Saúde

A Lar e Saúde presta cuidados em Atenção Domiciliar no Brasil todo desde 2002. Suas equipes são formadas por profissionais de saúde especializados, capazes de prover tratamento personalizado e humanizado.

 

 

 

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Curitiba tem o ´Refúgio Urbano mais luxuoso do mundo´, segundo a World Luxury Spa Awards

 

 

 

Curitiba tem o ´Refúgio Urbano mais luxuoso do mundo´, segundo a World Luxury Spa Awards

Além do inédito reconhecimento global, Gaya Bem-Estar conquista, pelo segundo ano consecutivo o título de Spa Urbano mais luxuoso da América do Sul

Num ano histórico, marcado pelo distanciamento social, em razão de uma pandemia global, o toque teve seu poder proclamado e reconhecido. As terapias de bem-estar nunca fizeram tanto sentido como ferramentas para regenerar a saúde do coletivo. E neste cenário que anuncia novos rituais no universo de wellness, o Gaya Bem-Estar, refúgio de paz e relaxamento na capital paranaense, comemora o sucesso de sua missão e filosofia com o reconhecimento internacional de dois prêmios: pelo segundo ano consecutivo o Gaya é considerado o ´Spa Urbano mais luxuoso da América do Sul´ e, pela primeira vez, conquistou o título de ´Refúgio Urbano Mais Luxuoso do Mundo´, ambos concedidos pelo World Luxury Spa Awards.

Segundo a empresária Daniela Reis, proprietária do Gaya Bem-Estar, o mais interessante da dinâmica do prêmio internacional é que para fazer parte dele, o negócio precisa estar em consonância com as prerrogativas do World Luxury Spa Awards. A organização envolve uma comissão técnica para avaliar se o spa cumpre as exigências de excelência do regulamento e o reconhecimento se dá pelos clientes, ou seja, por voto popular. “Para estarmos pelo segundo ano nessa lista de empreendimentos internacionais, competindo lado a lado com grandes cadeias internacionais, acredito que fazemos o nosso trabalho com esmero. E, veja que não estou falando apenas sobre massagens. Eles avaliam muito mais do que esse momento. O prêmio reconhece toda a jornada do cliente dentro de nossos endereços, desde o atendimento telefônico, ambiente, atendimento presencial, o ritual de bem-estar em si e cada detalhe que faz dele único. Ou seja, o caminho da experiência é uma longa história, que vai muito além do deslizamento feito no corpo”, esclarece.

Fundado em 2004, o Gaya Bem-Estar nasceu com a proposta de ser um refúgio urbano, um endereço certo para realizar uma pausa visando o autocuidado pelo yoga ou pela estética de bem-estar. Atualmente, o player curitibano, que iniciou suas atividades em uma unidade de rua, com um exclusivo projeto arquitetônico, que flerta com o vintage e abraça a natureza em todas as suas frestas, também marca presença em uma exclusiva operação hoteleira, dentro do icônico Nomaa, com menu de terapias à disposição de hóspedes e público em geral.

“Atualmente, o tempo é uma das coisas mais caras da vida moderna. Portanto, quando nos permitimos parar para cuidar de nós mesmos isso é considerado um luxo na perspectiva do bem-estar. Um dos maiores luxos que podemos nos permitir é a capacidade de fazer escolhas a nosso favor”, comenta Daniela Reis.

Menu de possibilidades

Você pode começar com 50 minutos e escolher uma massagem relaxante ou restauradora. Depende do seu momento. Mas, que tal sair da rotina e realizar um tratamento facial? O Gaya Bem-Estar alcança o céu com os exclusivos produtos da grife francesa Biologique Recherche, marca que aposta em extratos botânicos sem corantes, conservantes ou aromatizantes. Uma das mais famosas pausas oferecidas pelo Gaya chama-se Ritual Clássico de Bem-Estar. Ela começa com um banho de imersão, capaz de entregar o stress do corpo ao poder das águas, seguido de esfoliação, hidratação e massagem corporal.

Experiências globais

Todos os tratamentos do Gaya Bem-Estar são inspirados em spas ao redor do mundo. Na opção Day Spa Experience, por exemplo, a globetrotter Daniela Reis captou a emoção e o passo a passo das cerimônias realizadas na Ilha de Java, na Indonésia. Aqui, a esfoliação é realizada com produtos naturais oriundos do coco, a hidratação é feita com iogurte natural e o banho é à base de leite – segredo que remonta ao gosto da rainha egípcia Cleópatra para nutrir a pele. “O Gaya é um recorte da minha experiência de vida no segmento de bem-estar. Busco pelo mundo experiências que apontem para momentos transcendentais. Recentemente estive em spas no Taiti, Spa Giorgio Armani, em Milão e, na Bulgária, fui especialmente para conhecer um spa que já tinha sido reconhecido como melhor spa global. Nessas visitas me dedico a observar a qualidade dos serviços, do treinamento das terapeutas, funcionalidade e beleza dos espaços. Exploro menos a massagem e mais o contexto da experiência”, completa.

O poder do toque

Neste momento de pandemia, em que a saúde física e mental das pessoas encontra-se abalada, a grande mensagem do Gaya Bem-Estar é que, de fato, existem muitas ferramentas virtuais eficientes para o controle da ansiedade, por exemplo, mas nem tudo pode ser resolvido à distância. “Desenvolvemos um programa online para transmitir nossa extensa programação de yoga, um verdadeiro presente que conseguimos disponibilizar aos nossos alunos nessa fase de turbulência que vivemos. No entanto, este ano conseguimos enxergar, com mais nitidez do que nunca, o valor do contato humano. Todas as possibilidades de massagem do Gaya nos dão clareza de que a gente precisa dessa troca para continuarmos nos sentindo humanos”, pondera Daniela Reis.

Atenção ao momento

Para controlar a disseminação da Covid-19 entre a população, o Gaya Bem-Estar segue, rigorosamente, todas as orientações das autoridades sanitárias e de saúde para atender seus clientes. A lista de prevenção geral é composta por: tapete sanitizante, medição de temperatura na entrada, álcool gel em todos os ambientes, distanciamento nas salas, uso de máscara em todos os ambientes.
Para o SPA, as terapeutas estão equipadas com máscaras e fazem a higienização das mãos com atenção redobrada antes de iniciar cada tratamento. Além disso, os horários de agendamento são pensados a fim de garantir a não aglomeração e a ventilação das salas entre as massagens. Por fim, a limpeza das áreas tocadas pelos clientes como cadeira, mesa de apoio e respirador da maca é feita após cada atendimento.

Saiba mais sobre o Gaya Bem-Estar em: www.gayabemestar.com.br | Acompanhe as novidades pelo Instagram: @gayabemestar

Visite nossas unidades:

Gaya Bem-Estar (unidade Barão) - Rua Barão de Guaraúna, 483, Juvevê

Gaya Spa (unidade Gutemberg) – Rua Gutemberg, 168, Batel

 

 

 

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"Brinquedos precisam ser educativos, sustentáveis e ter vida longa", diz Pauline Beaumont, fundadora da Tibuá

 

 

 

"Brinquedos precisam ser educativos, sustentáveis e ter vida longa", diz Pauline Beaumont, fundadora da Tibuá

Mesmo com todo o engajamento em temas de meio ambiente, as crianças continuam sendo inundadas de plástico e equipamentos eletrônicos que, além de não colaborarem para o desenvolvimento dos pequenos, têm vida curta na casa da família, mas permanecem por centenas de anos no planeta

Quando uma pessoa se torna mãe as preocupações com os detalhes se amplificam e o instinto de proteção aflora como em nenhum outro momento da vida de uma mulher. Foi assim que Pauline Beaumont, francesa que vive no Brasil há 7 anos, acendeu seu alerta materno ao perceber que sua filha nasceu em um mundo cercado por uma montanha de brinquedos plásticos e componentes eletrônicos.

Em busca de uma solução para este problema que a incomodava, lembrou-se de um brinquedo que fez parte de sua própria infância: simples, desafiador e, sobretudo, alinhado com um mundo mais sustentável. Percebendo a dificuldade de encontrá-lo aqui no Brasil tomou a decisão de fundar a Tibuá.
“A indústria de brinquedos desenvolve produtos cada vez mais descartáveis, seja pela própria qualidade ou por saírem de moda rapidamente. Isso não era econômico nem para mim, nem para o planeta. Além disso, quase todos são produzidos com plásticos e elementos eletrônicos que podem despejar resíduos tóxicos nos lençóis freáticos, no mar e na terra, voltando para nosso organismo cedo ou tarde em forma de micro plásticos e metais pesados, verdadeiros perturbadores hormonais. Estudos recentes da Universidade de Newcastle, na Austrália, mostram que ingerimos cerca de 5g de plástico por semana, ou seja, o equivalente a comer um cartão de crédito a cada 7 dias!...”, alerta Pauline.

Importando tradições

Morando no Brasil desde 2013, Pauline, que é arquiteta de formação, não tinha planos de empreender ao se mudar para cá e chegou a trabalhar para algumas empresas de sua área. Migrar sua carreira para o empreendedorismo teve como alavanca alguma dificuldade de atender suas próprias necessidades, coisas que já eram muito tradicionais na Europa e que ela não encontrava por aqui.

Seu primeiro passo como empresária foi na criação da marca Joli Môme, que promove e vende sacos de dormir para bebê. “Comecei pensando na segurança da minha própria filha, porque já é comprovado que o uso de travesseiro e cobertor oferecem riscos de sufocamento para as crianças nos primeiros anos de visa. Na França, há anos não são mais usados. O mais indicado é o uso dos sacos de dormir, um item essencial no enxoval das mamães da Europa, mas que aqui era algo inédito”, explica.

Alguns anos depois, seguindo exatamente o mesmo princípio, já que o modelo de brinquedo da Tibuá é algo extremamente comum entre as crianças francesas decidiu criar uma nova marca para preencher também essa importante lacuna do mercado brasileiro. “É como diz um ditado popular francês que eu gosto sempre de repetir: ‘nunca estamos melhor servidos do que por nós mesmos’. E, hoje, sei que atendo uma necessidade e uma preocupação que não era só minha, como comprova o sucesso da Joli Môme e da Tibuá”.

Simples, desafiador e sustentável

Para uma criança, ser desafiada e estimulada é pura diversão, e esses devem ser os propósitos de um brinquedo, principalmente nos primeiros anos de vida. Contudo, isso não é o que as prateleiras das lojas oferecem e, ao privar os pequenos desses momentos deixando-os em frente a uma televisão, por exemplo, oferece um risco com reflexos em seu desenvolvimento que vão acompanhá-los a vida toda.

Pauline recorda o resultado de um recente estudo de um neurocientista americano que viralizou nos meios de comunicação. “A digitalização precoce do entretenimento e a exposição prolongada das crianças a estes estímulos desde os primeiros anos nos mostra uma geração que, pela primeira vez na história, tem a inteligência inferior à de seus pais. Só este fenômeno já deveria ser o suficiente para assumirmos de vez uma nova tendência do ato de brincar. Felizmente, já vemos crescer cada vez mais o movimento de pais com essa consciência”.

Naturalmente social e convidativo

A marca Tibuá nasceu não apenas para atender a essas famílias já engajadas nessa questão, mas também assume o propósito de ser um agente incentivador dessa corrente, de ser uma amplificadora dessa tendência.

São brinquedos de construção para toda a família e que acompanham o crescimento das crianças, por isso dizemos que é indicado para crianças de 3 a 99 anos. São peças em madeira para construir, montar e empilhar, desenvolvendo a motricidade e estimulando a imaginação, ou seja, o lado sensorial, motor, psíquico e afetivo dos pequenos que podem se divertir sozinhos ou acompanhados de seus pais.

São conjuntos com 100 ou 200 peças, indicados para as crianças em casa, e também caixas de 500 peças, disponibilizadas em escolas, clubes ou espaços de convivência infantil em geral. As peças são produzidas em madeira, todas da mesma dimensão originando um brinquedo não direcionado, ou seja, cuja imaginação dá um destino diferente cada vez que se brinca com a Tibuá.

Para gerar o menor impacto possível ao meio ambiente, as peças e suas embalagens são produzidas com matérias-primas de fontes renováveis e por artesãos locais. Além disso, é um brinquedo que não responde a nenhuma moda efêmera, ou seja, não fica obsoleto ou fora de uso, resistindo ao tempo e passando de geração em geração.

A Tibuá segue os princípios dos materiais pedagógicos montessorianos e também se alinha à pedagogia Waldorf, promovendo a criatividade e inteligência manual.

Tibuá

Site e e-commerce: www.tibua.com.br

Whatsapp: 11 97107-4840

Instagram: @tibua.madeira

Facebook: @tibua.madeira

Joli Môme

Site e e-commerce: www.jolimome.com.br

Whatsapp: 11 97107-4840

Instagram: @joli_mome_brasil

Facebook: @joli_mome_brasil

 

 

 

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Existe uma idade ideal para aprender inglês quando criança?

 

 

 

Existe uma idade ideal para aprender inglês quando criança?

Especialista alerta para cuidados com hiperestimulação e acompanhamento por profissionais capacitados

Que um segundo idioma faz a diferença em uma carreira profissional, isso não há dúvidas. Porém, antes mesmo de chegar na tão sonhada realização, uma pergunta que mexe muito com a cabeça dos pais é: quando matricular o filho em um curso de idiomas, já pensando no futuro profissional?

O estudo do Massachusetts Institute of Technolog (MIT) aponta que o ideal é que um segundo idioma seja introduzido nos primeiros anos de vida das crianças. A neuropediatra credenciada da Paraná Clínicas, Dra. Mayara de Rezende Machado (CRM-PR 30.880, RQE 21.642/23.258), destaca que por mais que não haja consenso em relação a idade, existe uma convenção de que até os 10 anos de idade há maior facilidade na aquisição de uma segunda língua, com maior probabilidade dessa criança se tornar fluente no idioma. “Isso, provavelmente, se deve à neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de formar novas conexões, facilitando o aprendizado de uma forma geral, e é muito mais comum em crianças”, explicou.

Ainda de acordo com a médica, outros fatores podem interferir amplamente nesse aprendizado como motivação, interesse e integração com a cultura da nova língua, amém de estratégias individuais de aprendizado.

Uma das principais questões a serem observadas é o interesse pessoal da criança, além de um material didático e linguagem adequados para cada uma delas. Para a professora da Cultura Inglesa Curitiba, Diana Bellardi Martins, com experiência de 29 anos na docência e especialista em Inglês para Crianças, é preciso que as crianças sejam atraídas para aquele conteúdo. “Não há como desenvolver um bom trabalho sem levar em conta que cada criança possui sua especificidade de aprendizado e essas questões só podem ser percebidas por profissionais que tenham conhecimento na área. Uma criança de quatro anos, aprende diferente de uma de sete, mesmo que estejam no mesmo nível de inglês”, destacou a professora.

Outro fator importante para o aprendizado é que o ritmo da criança seja respeitado e que esse conteúdo seja sempre acompanhado por um profissional competente para orientar o melhor método de aprendizagem.

Para a neuropediatra, é preciso ter cuidado com a hiperestimulação nas crianças, que muitas vezes pode ocorrer em casa, com a pressa dos pais para o aprendizado. “Existe uma série de efeitos potencialmente negativos que podem surgir de uma hiperestimulação. Podemos ver o contrário do que esperamos, como atraso nas habilidades de linguagem, sociais e motoras, prejuízo na atenção e dificuldades de organização, alterações comportamentais como agressividade e irritabilidade, um baixo limiar à frustração e até prejuízo na qualidade do sono. O que as crianças realmente precisam é brincar, interagir com outras crianças e adultos, explorar ambientes diversos. É dessa forma que se criam oportunidades de trocas que podem ser enriquecedoras para o seu neurodesenvolvimento. Essa reciprocidade que acontece na interação adulto-criança e é essencial para um desenvolvimento saudável”, comentou a profissional.

Ainda de acordo com a professora, é preciso que as crianças tenham convivência com outras crianças para que o aprendizado seja efetivo. “Os aplicativos, desenhos em inglês e telas de um modo geral, não devem substituir a convivência das crianças, porque é assim que elas mais aprendem. Em casa, os pais podem utilizar desses apetrechos para potencializar o aprendizado, mas eles não devem substituir o ensino convencional”, enfatizou.

 

 

 

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Saúde mental de professores durante pandemia gera preocupação

 

 

 

Saúde mental de professores durante pandemia gera preocupação

Pesquisas apontam aumento de ansiedade e outros transtornos entre educadores; especialistas sugerem soluções para amenizar o problema

Um levantamento feito pelo Instituto Ipsos em 16 países e divulgado em junho, aponta que os brasileiros são os que mais sofrem com a ansiedade provocada pela pandemia de Covid-19. Nada menos que 40% da população apresentam algum quadro de ansiedade. E, para os professores, que precisam lidar com suas próprias questões emocionais e também com as dos alunos, essa realidade pode ser ainda mais dura.

Uma outra pesquisa, conduzida pela Nova Escola e divulgada em agosto, revela que, durante a pandemia, 72% dos professores sentiram sua saúde mental ser afetada em algum grau. Dos professores ouvidos em estudo da International School, com o apoio do Educational Development Centre, 91,7% dizem ter procurado auxílio psicológico para conseguir lidar melhor com a nova rotina. Como, então, ajudar esses profissionais a atravessarem um momento tão incerto?

De acordo com Vanessa Zanoncini, supervisora pedagógica do Sistema de Ensino Aprende Brasil, a resposta está no apoio e no acolhimento dos educadores. “É importante que as escolas e secretarias de Educação trabalhem com a ansiedade, estejam próximos dos educadores e das famílias. Eles precisam saber que não estão sozinhos neste trabalho árduo de tentar levar a Educação aos estudantes de formas nunca antes experimentadas. É necessário um movimento de toda a comunidade para aproximar, valorizar, respeitar e acalmar esses profissionais”, enfatiza. Proporcionar espaços - ainda que não sejam físicos - de troca de experiências tem sido uma estratégia do Sistema de Ensino Aprende Brasil, que está presente em mais de 200 municípios de todo o país, contribuindo para o desenvolvimento da Educação Básica na rede pública municipal de ensino.

A pediatra e professora do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), Ana Escobar, aponta uma série de alterações nos padrões de interação social que ajudam a agravar os quadros de estresse, ansiedade e depressão. “Somos seres sociais, aprendemos a ler no olho do outro um sentimento. Então é completamente diferente ter uma interação presencial, em que a olhamos o outro e vemos detalhes do rosto, do cabelo, das expressões corporais. Essa é uma situação de realidade palpável”, destaca.

Para ela, neste momento em que o contato humano precisa se limitar às interações por meio de telas, as relações tornam-se muito menos acolhedoras do que tradicionalmente seriam. “Não ter as interações presenciais deixa nossas relações muito mais duras. Com os laços presenciais, aprendemos a experimentar os sentimentos de compaixão, compreensão, solidariedade, afeto e carinho. A presença real é essencial para nossa existência. Quando interagimos com uma tela, as outras pessoas deixam de nos conferir existência”, diz Ana. Ela explica que o excesso de telas impede o desenvolvimento de vínculos autênticos, o que, por sua vez, contribui para uma sensação constante de solidão.

A pediatra revela que o ser humano pode atuar em quatro frentes para reduzir os impactos da ansiedade na vida cotidiana: a primeira delas é física e diz respeito a questões como visitas regulares ao médico, alimentação correta, exercícios físicos e respeito às horas de sono diárias. A segunda é emocional. “Viva melhor seu tempo presente. Escolha uma atividade que te dê prazer, arrume um momento para você mesmo, valorize os pequenos prazeres do dia”, aconselha a médica. A terceira tem a ver com a organização do tempo. Planejar as atividades que é possível realizar ao longo do dia, não acumular tarefas e realizar essas atividades com calma. Por fim, o ser humano é um ser social, de modo que é fundamental exercitar a sociabilidade, mesmo em tempos de pandemia. “É essencial fortalecer os laços sociais com os amigos e a família seja por vídeo, seja criando microbolhas em que as pessoas possam se encontrar”, recomenda.

 

 

 

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