A importância da vacinação na terceira idade
A imunização reduz internamentos e o agravamento de doenças crônicas
A maioria dos idosos recebe apenas uma vacina por ano contra a gripe. No entanto, nesta faixa etária a imunização é tão importante quanto na infância. Além de melhorar a qualidade de vida, contribui para a prevenção de doenças infecciosas e de possíveis descompensações resultantes de doenças crônicas (como diabetes e hipertensão, entre tantas outras). “Os idosos são mais propensos a adoecer gravemente e, por isso, os cuidados com a saúde devem ser redobrados nessa fase da vida”, alerta o infectologista da Unimed Laboratório, Jaime Rocha.
O médico explica que a adesão à imunização costuma ser mais expressiva quando há campanha governamental, como no caso da vacina contra a gripe para idosos. “Porém, o número de pessoas com mais de 60 anos que se vacinam contra as doenças pneumocócicas, o tétano e a coqueluche, por exemplo, ainda é muito baixo, o que é preocupante.”
O infectologista Jaime Rocha dá as orientações das vacinas indicadas para a terceira idade:
Dupla tipo adulto / Difteria e Tétano – As pessoas que hoje têm mais de 60 anos não foram, na adolescência e na infância, alvo de campanhas desta vacinação. Estas doenças acometem com frequência os idosos devido a ferimentos domésticos. É preciso tomar a vacina a cada dez anos. O adulto que nunca tomou a vacina ou desconhece quantas doses tomou deve receber três doses, com intervalo mínimo de 30 dias entre cada uma. Depois, é preciso tomar uma dose de reforço a cada dez anos. Se a pessoa se ferir e só tiver tomado uma dose ou não se lembrar de quantas tomou, precisará tomar as três doses, além do soro antitetânico. Existe ainda a tríplice bacteriana dTPa adulto, que protege adicionalmente contra a coqueluche, doença que tem se mostrado importante na terceira idade.
Gripe / Influenza – Nos idosos, a infecção pode evoluir com mais facilidade para uma pneumonia. É bom lembrar que a gripe é diferente do resfriado, causado por outros vírus e com sintomas mais fracos. A vacina requer uma dose a cada ano, administrada nas campanhas de vacinação do Ministério da Saúde, normalmente no mês de abril. Segundo Rocha, a gripe é considerada uma das doenças infecciosas que mais preocupam as autoridades sanitárias no mundo. Estimativas indicam que a vacina contra a gripe provoca redução da mortalidade em até 50% entre a população idosa. Além disso, promove a redução de 19% do risco de hospitalização por doença cardíaca e de até 23% do risco de doenças cerebrovasculares. Os pacientes idosos mantêm, em geral, a infecção por semanas e podem apresentar complicações. As mais frequentes são a pneumonia bacteriana, a pneumonia viral primária e o agravamento de doenças crônicas pré-existentes.
Preventivas de Pneumococos / Pneumonia e meningite pneumocóccica/ Pneumo 13 e 23 – Protegem o organismo contra a pneumonia causada pelas principais cepas da bactéria pneumococo. Em pessoas com mais de 60 anos, a doença é três vezes mais frequente, além de a mortalidade ser maior, razões pelas quais as vacinas se tornam importantes nesta faixa etária. No sistema público de saúde, a Pneumo 23 é destinada a idosos hospitalizados ou internados em casas geriátricas e asilos. Essas vacinas tem uma única dose, com reforço após cinco anos. A pneumonia, em particular a pneumonia pneumocócica acima dos 75 anos, é uma das primeiras causas de mortalidade nesta faixa etária. Já Pneumo 13 é indica após os 50 anos e está disponível somente na rede privada. As duas se complementam.
Hepatite B – A hepatite é uma doença do fígado que, em algumas pessoas, não apresenta sintomas. No caso dos idosos, o risco é que a hepatite B evolua para formas mais graves. A vacina contra a hepatite B tem indicação universal, ou seja, todos deveriam tomá-la, sendo recomendadas três doses – duas com intervalo de um mês e a terceira, cinco meses após a segunda dose.
Zostavax®/ Herpes zoster - A doença é ocasionada pela reativação do vírus da catapora, popularmente conhecida como cobreiro, que atinge um quarto dos indivíduos com mais de 50 anos. O infectologista descreve que, quando o indivíduo é infectado pelo vírus varicela zoster (VZV), mesmo depois das lesões terem se resolvido, ele permanece com o vírus latente dentro de seus gânglios, bloqueado por seu sistema imune. Quando este indivíduo envelhece ou contrai doenças que causam queda severa de imunidade, o vírus passa a atingir a região próxima a estes gânglios que armazenaram o vírus. A vacina contra esta doença é ministrada em dose única. Segundo o especialista, a doença é conhecida como cobreiro porque o vírus toma o trajeto do nervo, formando um caminho de feridas pelo corpo do paciente. “Por acometer diretamente o gânglio e os nervos associados com este gânglio, o herpes zoster é extremamente doloroso e causa muito sofrimento a milhões de pessoas em todo mundo”. Rocha lembra que 95% dos adultos atualmente já contraíram o vírus da varicela.
Febre amarela – A febre amarela é uma doença infecciosa com duração de, no máximo, dez dias. Nos idosos, a febre amarela pode evoluir para um quadro mais grave, como queda de pressão, sangramentos e icterícia. A vacinação deve ser realizada dez dias antes da data marcada para a viagem às regiões de risco. Quem já tomou a vacina deve se imunizar novamente e esperar três dias para iniciar a viagem. Vale lembrar que o regulamento sanitário internacional exige a vacinação contra a febre amarela para diversos destinos e esta é uma vacina que deve ser discutida com seu médico, pois está contra-indicada para pessoas com alteração da imunidade
Além de todas estas vacinas listadas acima, conforme o destino pode haver indicação de outras vacinas com hepatite A, febre tifóide, cólera, entre outras.
Serviço:
(41) 3021-5252
Megaunidade da Unimed Laboratório (Av. Iguaçu, n.º 1.815, Água Verde)
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