A profissão está entre as mais estressantes, a graduação é uma das mais longas e exige dedicação integral. Embora o caminho de quem escolhe cursar Medicina seja repleto de desafios, ao menos quanto ao processo de ingresso na universidade os estudantes podem ficar mais tranquilos. Acabam de ser autorizadas 2,2 mil novas vagas para o curso de Medicina em todo o país, agora os estudantes competem por uma das 25,3 mil vagas disponíveis. Em Curitiba, a Universidade Positivo (UP) aumentou a oferta de 94 para 169 as vagas oferecidas para o curso de Medicina, que é considerado um dos 10 melhores do Brasil, segundo fontes oficiais, como o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), com a nota máxima, e o Conceito Preliminar de Curso (CPC), indicador de qualidade que avalia os cursos superiores.

Com mais vagas para os estudantes, a UP se prepara para garantir que a elevada qualidade do curso se mantenha. Hoje a instituição se destaca pelo projeto pedagógico e corpo docente, além da gestão acadêmica exigente e estrutura física, com laboratórios atualizados. "Temos estrutura, e ampliamos salas de aulas, laboratórios e toda a estrutura necessária para os novos alunos. O corpo docente atualmente é de 106 professores, mas será ampliado, assim como as turmas. A ampliação faz parte do compromisso social da UP”, diz o coordenador do curso de Medicina da Universidade Positivo, Ipojucan Calixto Fraiz.

De acordo com o reitor da UP, José Pio Martins, a ampliação das vagas de Medicina é um passo que representa a expansão da educação superior nos cursos de graduação e tem impacto no ecosistema do ensino superior. “Curitiba vai se consolidando como um centro importante no cenário nacional em relação ao ensino médico de qualidade”, afirma. O curso de Medicina faz parte da área de Ciências Biológicas, é oferecido na modalidade de bacharelado e possui duração de 6 anos, incluindo 2 anos finais destinados a residência médica.

Prioridade de governo

Para poder contar com mais profissionais atuando por todo o Brasil, o governo federal criou o Programa Mais Médicos e tem incentivado a abertura de novos cursos de Medicina. Em outubro de 2015 havia sito suspenso o edital do ano anterior que previa 39 novos municípios ofecerendo a formação. Porém, no último mês de julho, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a liberação do edital, processo recebido pelo MEC em agosto. Diante dessa demanda social, a UP solicitou ao MEC a autorização para aumentar vagas, e recebeu a autorização de trabalhar com as 169. O reitor da UP afirma que é papel da universidade atuar onde a sociedade mais precisa. “O Brasil tem 206,2 milhões de habitantes, o crescimento populacional anual é de 1,8 milhões de pessoas, a UP pretende colaborar com a formação de médicos para atender ao enorme contingente populacional da nação.”

Crescimento

Segundo estudo publicado no fim de 2015 na revista científica Human Resources for Health, em 2014 eram 241 cursos de Medicina no Brasil, com 20,3 mil vagas. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), hoje o país conta com 25,3 mil vagas, sendo mais da metade ofertadas em instituições privadas de ensino. No Paraná, a PUCPR é a instituição que mais oferta vagas, 240, seguida pela UFPR, com 190, e UP, 169.

Processo seletivo

Estão abertas as inscrições para o próximo provesso seletivo da UP. A prova será realizada no dia 09 de outubro (domingo), nas cidades de Curitiba, Cascavel, Criciúma, Chapecó, Florianópolis, Guarapuava, Joinville, Londrina, Ponta Grossa, Ribeirão Preto e São Paulo. O candidato deve apontar o local onde fará a prova no momento da inscrição. O cartão de ensalamento deve ser impresso pelo candidato, na Área do Candidato, no site www.up.edu.br/vestibular, e apresentado no dia e horário da prova, para ter acesso à sala onde prestará o vestibular. Por esse mesmo site até o dia 03 de outubro podem ser feitas as inscrições para o processo seletivo, ou na própria UP (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, bairro Campo Comprido). Mais informações pelo telefone (41) 3068-7800.

Na hora de escolher a profissão, os adolescentes costumam contar com a ajuda – nem sempre bem-vinda – dos pais. Na ânsia de ajudar os filhos a trilharem seus próprios caminhos, os pais acabam projetando suas vontades e desejos - e isso acarreta em problemas lá na frente. “Se você reparar, na formatura, muitos jovens fazem um gesto com o canudo, dizendo: pronto, pai, concluí o seu desejo, me formei no que você queria, mas agora vou seguir a minha vida”, explica o professor Ivo Carraro, psicólogo, autor do livro “Profissões: pais preocupados, filhos inseguros’’ e orientador vocacional do Curso Positivo.

Mas então como o jovem deve agir nesse momento chave? Uma saída é conversar com um psicólogo. O problema é que nem todas as escolas dispõem desse profissional. “Há um projeto para que as escolas contem com pelo menos um psicólogo. Isso ajudaria muito na hora do jovem escolher sua profissão”, defende Maisa Pannuti, professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo (UP).

Outro caminho é o jovem contar com o apoio dos pais, visitando juntos feiras de profissões e identificando habilidades e competências do estudante. Carraro explica que as pessoas escolhem suas profissões com base em seu desenvolvimento cerebral. Por exemplo: uma pessoa que desenvolveu mais o lado linguístico terá mais aptidão para cursos como Jornalismo, Direito e Letras.

É preciso entender também que o processo de escolha não é nada simples. Como ele acontece na adolescência, uma fase de muitas mudanças, é comum que o jovem decida por uma profissão e, depois, mude de ideia. E não apenas uma vez. Nesse caso, a melhor solução é tempo e paciência. “A mudança cerebral que acontece nessa fase da vida significa mudança de prazeres”, explica Carraro. “A adolescência, por si só, é uma fase cheia de conflitos e dúvidas, mas isso também é positivo na hora da escolha profissional”, pontua Maisa. 

Tudo bem mudar

Nem sempre o curso de graduação escolhido é levado até o fim. E as estatísticas provam que isso é mais comum do que se pensa. Por isso, o processo de orientação profissional é importante. “A orientação profissional leva o aluno a descobrir o que lhe é prazeroso”, afirma Carraro.

Para diminuir as estatísticas, professor desenvolveu um método de orientação profissional que ele aplica no Curso Positivo. Por meio das habilidades e potencialidades chega-se a profissão com qual o aluno mais se identifica. “Ninguém nasce sabendo. Ao desenvolver as habilidades – linguísticas, espaciais, matemáticas, é que o aluno vai poder escolher a profissão com que mais se identifica”, conclui Carraro.

Há também casos de pessoas que se formam, mas depois da conclusão do Ensino Superior dão uma virada de 360º. Foi assim com o engenheiro eletricista Fernando Granato, formado pela Universidade Positivo. “Descobri meu caminho depois da graduação. Entrei na área da educação e hoje sou um empreendedor, bem diferente da minha formação acadêmica”, explica Granato. “As pessoas precisam se conhecer e se questionar: qual é o meu sonho, qual é o meu talento?”, aconselha. 

Ajuda extra

Para quem ainda não sabe que profissão seguir, os cursos de Engenharia da Computação e Psicologia da Universidade Positivo (UP) desenvolveram um aplicativo, chamado Vocação UP. Disponível em IOS e Android para download gratuito, ele descreve 36 situações vivenciadas em profissões e pergunta ao usuário com quais delas ele mais se identifica. O resultado mostra com que área do conhecimento o estudante tem mais afinidade e indica os cursos superiores que se encaixam nessas áreas.