“O valente não é violento”
Expressão utilizada pela ONU Mulheres para disseminar o que é o Orange Day
O Brasil registrou, nos primeiros meses de 2015, cerca de 63 mil denúncias de violência contra a mulher, segundo dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), a partir da contabilização de denúncias recebidas pelo 180. Só o Paraná é o terceiro estado com mais casos de estupros no país, segundo dados do Fórum de Segurança Pública, onde em 2014, foram registrados 3.913 crimes dessa natureza. No mesmo ano, Curitiba ficou com o quinto lugar entre as capitais, com 773 casos ao todo.
Apesar de os números serem atuais, o assunto não é. Por isso, todo dia 25 de cada mês é comemorado mundialmente o “Dia Laranja”, uma forma proposta pela ONU para combater a violência contra mulheres e meninas e colocar esse debate em pauta. Ao redor do mundo acontecem diversas ações que utilizam essa coloração, como vestir tons alaranjados, usar um filtro específico nas redes sociais e levar o tema para espaços públicos e privados que incentivem formas de combate à violência.
Ações
Entendendo que o meio acadêmico é também formador de opinião, o UNICURITIBA vestiu literalmente a camisa, iniciando o segundo semestre com inúmeras intervenções para promover e incentivar os alunos a participarem do Orange Day. No dia 25 de julho foi lançado o concurso “Frases do Orange Day”, em que os acadêmicos puderam enviar frases que demonstrassem a opinião de cada um sobre a temática e as oito escolhidas por uma comissão avaliadora estão atualmente estampando todas as peças de comunicação da campanha, que terá duração até o fim do ano. Além disso, em todo dia 25 as redes sociais da Instituição ganham nova coloração, no período noturno luzes alaranjadas são projetadas sobre o Câmpus Milton Vianna Filho, localizado na rua Chile, pulseiras com a hastag #unicuritibaorangeday foram distribuídas para os alunos e colaboradores, como forma de conscientização.
Para a professora Liziane Hobmeir, supervisora do Núcleo de Pesquisa e Extensão Acadêmica (NPEA), é necessário combater toda a e qualquer forma de violência. “É de grande importância a participação da comunidade acadêmica como um todo e a inclusão dos jovens nesse processo se faz fundamental, uma vez que o público feminino é bastante representativo no UNICURITIBA”, completa.
Também foi elaborada uma programação acadêmica diferenciada para cada dia 25, promovendo palestras, oficinas e mesas-redondas que instiguem o debate com temas como: “Violência contra a mulher no Direito Penal”, “O tráfico internacional de mulheres”, “O feminismo nas Relações Internacionais” e “Feminismo e Ciência Política”.
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