Escolas antecipam reforma do Ensino Médio
Instituições de Curitiba passam a oferecer aulas optativas e projetos que aproximam alunos do mercado de trabalho
No futuro, cerca de 65% das crianças que atualmente estudam no primário vão trabalhar em empregos que ainda nem existem. A afirmação vem do relatório “Futuro do Trabalho”, apresentado na 47ª edição do Fórum Econômico Mundial, que ocorreu em Davos (Suíça) entre os dias 17 e 20 de março. Essas novas categorias de trabalho, como profissionais de robótica e mentores de tecnologia da inovação, vão surgindo de acordo com as necessidades do mercado.
Antenada com as novidades e com o intuito de desenvolver ainda mais a criatividade de seus alunos, a Escola Atuação criou um projeto de reforço escolar que tem como foco os estudantes do 7º ano do período integral. Uma vez por semana, durante três meses, eles participam de aulas de hidráulica e elétrica, onde são preparados para lidar com autonomia em situações da vida pessoal e escolar.
“Essas são duas áreas que despertam o interesse dos alunos a partir do momento em que começam a fazer. Eles aprendem, por exemplo, como funcionam os processos pelos quais a energia elétrica passa, desde a entrada da luz da Copel até a chegada no disjuntor ou na lâmpada. Cada mínimo detalhe é abordado e vivenciado pelos estudantes. Depois disso, eles aprendem a construir estruturas simples de encanamento e extensão de energia para apresentar em uma exposição”, explica o gestor e professor responsável pelas aulas, Cristiano Vinicius Frizon.
De acordo com a coordenadora pedagógica da Escola Atuação, Vera Kussek, essas aulas extras também podem ajudar o estudante a se decidir em qual área de conhecimento deseja se aprofundar.
“Após a sanção do projeto de lei da reforma do Ensino Médio – em fevereiro deste ano – além das disciplinas tradicionais, o Ensino Técnico também ganha destaque. Pensando nessa nova realidade, acredito que se a estrutura dos cursos e as vivências que os alunos terão em cada disciplina ofertada forem frutos de uma proposta e trabalho sérios, os estudantes só têm a ganhar”, afirma Vera.
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