Tecnologia facilita participação da comunidade na gestão pública

Tecnologia facilita participação da comunidade na gestão pública

Canal de comunicação encurta distâncias, economiza tempo e ajuda a população a fiscalizar o serviço municipal

A implantação da Central 156 pelos centros urbanos marca uma nova era na participação da comunidade na gestão pública. Além de reduzir a distância entre o cidadão e o poder público, o sistema  amplia a participação do eleitor para além do voto, possibilitando não apenas o acesso da população à informação, como também a interação, a cobrança e a fiscalização dos serviços municipais. Porém, apesar de possuir o mesmo nome e número de telefone, as centrais de atendimento ao cidadão dispõem de recursos diferentes em cada localidade, variando de um simples número de atendimento telefônico a uma central ampla e multicanais de interação do município com o cidadão.

Antes da implantação da Central 156 pela Prefeitura de Osasco (SP), o cidadão acabava ligando em três, quatro, cinco lugares diferentes, até conseguir falar com alguém que fosse responsável por atender à sua necessidade. “O principal problema para o município era a absoluta falta de controle de quais eram as reais demandas da população”, afirma o assessor de Mercado  do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), Amilto Francisquevis. “Os controles eram baseados nas anotações do atendente, sem qualquer padronização. O levantamento de informações era demorado, custoso e, muitas vezes, os dados se perdiam por motivos diversos”, conta.

Com a implantação da Central 156, que recebe até 40 mil ligações por mês, a gestão municipal da cidade paulista ganhou uma ferramenta de comunicação estratégica importante. O sistema implantado ajuda a organizar, fiscalizar e otimizar as principais demandas da administração pública, com a participação da população. A ferramenta permite avaliar a satisfação do cidadão com a qualidade do serviço prestado pela prefeitura e gera ainda relatórios gerenciais com exatidão de informações, uma vez que a base de dados de todos os setores é integrada, servindo como importante aliado na tomada de decisões assertivas.

“Responsável pelo desenvolvimento, implantação e modernização da Central 156 em diferentes municípios brasileiros – entre eles, Osasco (SP) e Curitiba (PR), o ICI busca resultados tangíveis como a economia de recursos, aumento de eficiência de funcionários e procedimentos, facilidade de auditoria, rastreamento, agilidade e transparência”, afirma Francisquevis. Recentemente, o portal da Central 156 de Curitiba foi modernizado, ganhando novas funcionalidades, como a área exclusiva do usuário e a possibilidade de compartilhamento de fotos.

Mas essa não é a realidade de grande parte das cidades brasileiras. Segundo o IBGE (2014), 11,3% dos municípios sequer possuem página na internet. De acordo com levantamento feito pela Rede Cidade Digital, os estados com menor porcentagem de cidades com iniciativas digitais são Sergipe (3% dos municípios); Piauí e Tocantins (4% dos municípios); Maranhão e Bahia (11% dos municípios). Mas não é apenas o Norte e Nordeste que sofrem com a falta de investimento em tecnologia: Das 497 cidades do Rio Grande do Sul, apenas 18% possuem iniciativas digitais. No Estado de São Paulo, apenas 27% dos 645 municípios fazem parte desta lista. 

Sobre o ICI

O ICI – Instituto das Cidades Inteligentes – é uma organização criada em 1998, com atuação em todo o território nacional, referência em pesquisa, integração, desenvolvimento e implementação de soluções completas para a gestão pública.