Técnica não invasiva ajuda a conter problemas físicos e psicológicos na infância
Terapia Crâniossacral trata desde sintomas físicos até pequenos traumas entre as crianças
É comum ouvir histórias de bebês que apresentam alguns desconfortos após o nascimento, como cólicas, insônia, irritabilidade, refluxo, entre outros. Mas e quando tudo isso se transforma em rotina e não desaparece com o passar do tempo? A Terapia Crâniossacral é uma técnica diferenciada que vem despontando como uma das alternativas não invasivas para tratar dores crônicas em diferentes idades.
O método, criado há mais de 30 anos pelo médico osteopata John E. Upledger, utiliza o balanceamento do sistema crâniossacral (membranas e líquidos que envolvem o cérebro e a medula) para melhorar o funcionamento do corpo e tratar dores e disfunções. Como esse sistema influencia diretamente o desempenho do cérebro e da medula, qualquer desequilíbrio pode desencadear uma série de problemas no corpo. E é aí que a terapia crâniossacral se encaixa. Aplicada por terapeutas especializados, a técnica é realizada por meio de toques leves em áreas específicas do corpo, que revelam as causas e tratam a fonte da dor.
Para as crianças, a terapia crâniossacral atua de forma decisiva, desde os desconfortos físicos até pequenos traumas, como medo do escuro ou de não conseguir ficar sem a presença dos pais. Isso porque ao monitorar o ritmo crâniossacral no organismo, é possível detectar áreas de tensão que causam as disfunções tanto físicas quanto psicológicas. De acordo com o terapeuta Mauro Lopes, não há contraindicação nem restrição de idade para aplicação da técnica. “O que muda em relação ao tratamento com adultos é que, como o ritmo crâniossacral das crianças é diferente, é preciso auscultá-lo com ainda mais atenção e utilizar toques muito mais suaves na hora de realizar o diagnóstico”, explica o especialista.
Pioneiro na aplicação da terapia crâniossacral no Sul do Brasil, Lopes revela que, entre os pacientes recém-nascidos, as principais queixas são as relacionadas à prematuridade, refluxo, dificuldade para dormir, irritabilidade e cólicas. Já na fase da infância e da adolescência, a dificuldade de relacionamento social, medos, insônia, déficit de atenção e rendimento escolar são as reclamações mais frequentes. E em todos esses casos a terapia crâniossacral é assertiva. “A técnica normalmente preconiza cinco sessões. Mas a grande maioria dos casos já apresenta melhoras na primeira sessão”, afirma o terapeuta.
Sobre Mauro Lopes
Fisioterapeuta formado pela PUCPR. É especialista em Osteopatia pela Escola da Bélgica e fez sua formação em Terapia Crâniossacral (TCS) pelo Upledger Brasil. Possui formação avançada em TCS, com experiência em atendimentos realizados nos EUA. Tem mais de 24 anos de experiência na área.