Perda de audição é mais comum em crianças
Médico do Hospital IPO fala sobre causas, diagnósticos e tratamentos
Mais da metade dos casos de perda de audição acometem crianças. Estima-se que mais de 32 milhões delas, no mundo, convivam com a situação. Segundo o otorrinolaringologista do Hospital IPO, Rogério Hamerschmidt, o problema pode ter causa genética ou adquirida por doenças virais como, por exemplo, sarampo, rubéola ou caxumba.
“Toda perda de audição deve ser investigada e tratada”, afirma o especialista. Mas segundo ele, muitos pais acabam percebendo o problema por meio da ausência da reação dos bebês. “Os casos são inúmeros, mas há, por exemplo, situações nas quais os bebês que não se assustam com fogos de artifício ou algum ruído sonoro muito alto, o que acaba alarmando os pais para buscar auxílio médico”, conta.
Teste da orelhinha
Um exame muito importante a ser feito nos bebês é o teste da orelhinha, realizado logo após o nascimento para o diagnóstico precoce. “Nesse exame, chamado de emissão otoacústica, são emitidas ondas sonoras de determinadas frequências e a captação da reação das células da cóclea, que é o órgão responsável pela transmissão das vibrações dos pequenos ossos do ouvido até o nervo auditivo”,explica Hamerschmidt.
Ouvido biônico
“Quando há o diagnóstico de surdez total ou quase total temos um método moderno e inovador chamado implante coclear ou ouvido biônico”, explica o especialista. Segundo ele, o aparelho é implantado um pouco acima da orelha e reproduz a função do ouvido. “Os resultados deste tratamento são muito positivos e duradouros”, afirma.