O semipresencial venceu: conheça as tendências do mercado de trabalho para o pós-pandemia

 

 

 

O semipresencial venceu: conheça as tendências do mercado de trabalho para o pós-pandemia

Mesclar trabalho presencial e a distância deverá ser comum a partir de 2021

A pandemia acelerou diversas tendências digitais, inclusive na modalidade de trabalho e na forma de relacionamento entre as pessoas. Por conta da necessidade de isolamento social, compras pela internet, home office e expansão de marketplaces passaram a fazer parte do dia a dia das pessoas, obrigando corporações de diferentes setores a repensarem seus modelos de negócios.

De acordo com dados da Fundação Getulio Vargas (FGV), em maio de 2020 a maioria (80,4%) das indústrias e mais da metade (68,6%) das empresas de serviços estavam operando em trabalho remoto parcial ou total. Após a mudança, a conclusão foi consenso entre grande parte dos empresários: trabalhar de forma virtual é viável e muito mais barato. Contudo, muitos ainda apontam a necessidade de reunir a equipe em momentos estratégicos. “O semipresencial venceu”, afirma Fernando Faiad Soni, sócio fundador da Stardust Digital.

Soni aponta que a era pós-pandemia será de empresas preparadas para o "anywhere working", que atuem de onde for necessário, inclusive nos escritórios em determinadas situações. “Percebemos que o modelo de home office funcionou e tem funcionado muito bem. Não se perdeu nada em produtividade, pelo contrário: se teve resultados melhores”, diz. A ideia é que, em 2021, a Stardust Digital adote um formato de rodízio entre os funcionários, para que todos tenham a liberdade de trabalhar em casa e, quando necessário, estejam presentes no escritório.

“Como nós adotamos um modelo que rompe com o tradicional das agências, nós valorizamos a entrega e não a carga horária trabalhada. Então não importa se o funcionário trabalhou exatamente das 09h às 18h em um regime presencial CLT normal, mas sim o resultado final do que foi entregue”, explica. Na lista de pontos positivos na adoção do modelo híbrido de trabalho, está a melhora no índice de satisfação dos funcionários e a economia de gastos. “Em termos de economia, percebemos uma redução estratégica de 12,5% em relação a materiais de escritório, vale transporte, deslocamento, entre outros”, diz.

Atualmente, ficar em casa ainda não é uma opção, mas uma necessidade frente ao recente aumento de casos da COVID-19 no país. Contudo, as empresas já podem ir se adaptando à nova tendência, buscando sempre um cuidado especial em relação a saúde mental dos colaboradores. “Entender que a produtividade anda de mãos dadas com a felicidade dos funcionários é essencial para o sucesso profissional de qualquer empresa”, completa Fernando Faiad Soni.