Mutirão contra o Aedes aegypti

Mutirão contra o Aedes aegypti 

Ele é pequeno e parece inofensivo. Mas só parece. Além da dengue e da febre chikungunya, o mosquito Aedes aegypti também pode transmitir o zika vírus. Preocupada com a epidemia que atinge o Brasil - segundo estimativas do Ministério da Saúde, o número de infectados pode ter variado entre 497 mil e 1,5 milhão - a Escola Atuação criou uma série de atividades para engajar seus alunos no combate ao mosquito. "A educação é uma arma muito poderosa. Através dela, conseguimos mobilizar as crianças para que elas se tornem multiplicadores e disseminem informações sobre o combate à doença entre suas famílias", explica a psicopedagoga Esther Cristina Pereira, diretora da Atuação.

Nesta sexta-feira, 19 de fevereiro, os alunos recebem a visita de agentes de saúde da Prefeitura de Curitiba. Além de levar exemplares do mosquito, eles ainda realizam palestras e caminhadas pelo ambiente escolar a fim de procurar pontos de proliferação do Aedes. Na ocasião, a instituição lança o projeto "Sem mosquito na escola", onde os próprios estudantes atuarão como fiscais para garantir que todos estejam comprometidos com a eliminação do transmissor da doença. O plantio de citronela (que funciona como repelente natural) e de crotalária (que atrai a libélula, um inseto predador do Aedes) na horta da escola e uma oficina para a confecção de mosquiteiros também fazem parte da ação - que integra o Pacto da Educação Brasileira de Combate ao Zika assinado pela Federação Nacional das Escolas Particulares (FENEP). "É de fundamental importância a escola estar envolvida neste processo. Afinal, todos somos responsáveis", reforça a pedagoga. 

O zika

A suspeita é de que o vírus tenha entrado no país durante a Copa do Mundo, em função do alto fluxo de turistas estrangeiros. Com sintomas semelhantes ao da dengue e ao da febre chikungunya, a doença precisa ser confirmada por meio de exames laboratoriais. Geralmente, a evolução do zika vírus é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente depois de três a sete dias, mas a confusão e a demora no diagnóstico podem complicar o quadro da doença. Além disso, há  relação entre o zika e casos de microcefalia e da síndrome Guillain-Barré. "Assim que surgirem os primeiros sintomas, é preciso procurar um médico. Através de um teste, é possível  confirmar a presença de anticorpos específicos, que indicam que o vírus está circulando no corpo e o organismo tentando combatê-lo", explica Marcos Kozlowski, bioquímico e responsável técnico do LANAC – Laboratório e Análises Clínicas.

Algumas medidas simples são eficazes para evitar a proliferação da doença.  “A principal recomendação continua sendo a de evitar acúmulo de água em locais que possam favorecer a reprodução do mosquito”, afirma o bioquímico. 

Data e horário: sexta-feira, 19 de fevereiro, durante o dia todo

Local:  Escola Atuação - Sedes Boqueirão e Santa Quitéria