Intolerância a glúten e a lactose. O que fazer?
As dietas sem glúten e sem lactose entraram em pauta, e, junto com elas, a intolerância alimentar. Como o organismo não produz as enzimas necessárias para digestão de alguns ingredientes, a pessoa intolerante apresenta dificuldade ao ingerir alimentos com essas substâncias.
Os sintomas mais comuns de intolerância à lactose incluem dor abdominal, flatulência, sensação de inchaço no abdômen e diarreia. Essa intolerância tem diversos graus. A hipolactasia, por exemplo, é a diminuição da produção intestinal da enzima lactase, tolerando apenas quantidades pequenas de alimento com lactose. A professora de Nutrição da Universidade Positivo, Rúbia Daniela Thieme, explica que cuidar da alimentação quando se tem intolerância já não é tão difícil como antes. “Hoje, há muitos produtos isentos ou reduzidos em lactose disponíveis no mercado”, diz.
A intolerância ao glúten, outra restrição alimentar comum, não significa necessariamente que a pessoa possui a doença celíaca (alergia a glúten). Os sintomas da intolerância são semelhantes aos apresentados por celíacos: distensão abdominal e dores de cabeça, entre outros. “A dieta do indivíduo com intolerância deve ser isenta de alimentos com glúten, que está presente no trigo, centeio, cevada e aveia”, esclarece a professora. O acompanhamento de um profissional nutricionista auxiliará o paciente a adequar sua alimentação, evitando deficiências nutricionais que possam comprometer a saúde e facilitando o processo de adaptação às mudanças necessárias.
Como identificar?
Para a lactose, existe um exame específico de intolerância. O paciente recebe 50 gramas de lactose para tomar e a sua glicemia é mensurada após 15, 30, 60 e 90 minutos. Um aumento menor do que 20 mg/dL na glicemia sugere má digestão de lactose. Rúbia esclarece que o exame mais acurado para diagnóstico dessa intolerância é a medida de hidrogênio expirado após ingestão de 50 gramas de lactose. Já para intolerância ao glúten, não há exame específico. “O diagnóstico é baseado na história clínica do indivíduo, após exclusão de alergia ao glúten”, explica.