Interromper um espirro pode fazer mal para a audição
Otorrinolaringologista do Hospital IPO explica como devemos proceder da maneira correta
É inconfundível o som de um espirro, mesmo que na multidão. Mas muitas pessoas, com vergonha desse ato involuntário que é responsável por dissipar cerca de 30 mil gotículas de saliva de cada vez, acabam segurando ou interrompendo o espiro. Porém essa prática pode levar à perda auditiva.
A pressão de ar causada neste momento pode chegar aos 150 km/h e quem o segura submete aos ouvidos a todo esse deslocamento de ar. “Com isso podemos ter sangramento nasal e até o rompimento dos tímpanos, que leva, consequentemente, a perda de audição”, explica a médica do Hospital IPO, Lisandra Arima.
O espirro é uma ação involuntária que serve para nosso organismo se livrar de algo que está incomodando: pólen, partículas de poeira, fumaça ou cheiro forte. “Essas partículas entram em contato com a mucosa do nariz, o que gera um reflexo para tentar limpá-la”, explica a médica.
Segundo a especialista, àquelas pessoas que já tiveram esse hábito é bom não arriscar, pois a distinção do espirro que pode ou não romper os tímpanos depende apenas da pressão feita no momento. “Quem já teve problema no ouvido acaba sendo mais sensível”, explica.
A médica conta ainda que: “o correto é soltar o espirro de forma natural e, de preferência, na manga da camisa, de forma que a saliva -- que contenha bactérias ou vírus -- não se dissipe no ambiente, podendo transmitir doenças”, ensina.