Curitibana é eleita melhor miniempresa do país

Curitibana é eleita melhor miniempresa do país

Criada dentro da escola, Chaveco desenvolveu um organizador de chaves e foi premiada no Findinexa Brasil, no Piauí 

Formada por 25 alunos da 2ª Série do Ensino Médio, a curitibana Chaveco foi considerada a melhor miniempresa do país no Findinexa Brasil, maior fórum para jovens empreendedores do país, na última semana, no Piauí. O produto desenvolvido em sala de aula foi um organizador de chaves parecido com um canivete suíço. “Os estudantes precisam criar uma empresa a partir de um produto. Eles são responsáveis por todo o trabalho, desde a concepção da ideia, dos protótipos, até as decisões mais importantes. Os itens são criados apenas se, após uma pesquisa de mercado, houver boa aceitação”, explica a coordenadora do projeto Miniempresa e professora do Colégio Positivo, Janaína More.

Além da criação do produto, o propósito é de que os alunos atuem em questões-chave das empresas, como os setores administrativo, financeiro e marketing, além da produção propriamente dita. Para isso, os jovens passam também por encontros teóricos, focados em diferentes capacidades necessárias para os empreendedores, como inovação, criatividade e liderança. Os próprios estudantes também se dividem em cargos e funções, assumindo as responsabilidades específicas de cada área.

O organizador de chaves está sendo desenvolvido a partir de doações de patrocinadores, angariadas pelos próprios estudantes. No entanto, a carga de impostos é repassada a instituições de caridades escolhidas pelos alunos. Para saber mais sobre o produto, é possível acessar a página no Facebook (www.facebook.com/chaveco2016/). O Chaveco custa R$ 15 e pode ser adquirido pela fanpage da miniempresa ou no Mercado Livre. 

Benefícios

Desenvolvido há quatro anos no Colégio Positivo, o projeto Miniempresa gera benefícios aos estudantes, como simplificar a escolha do curso no vestibular. “Como eles têm contato com pessoas de outras profissões no decorrer do projeto, acabam entendendo mais sobre as diferentes áreas de atuação e escolhendo um curso superior baseado nessa experiência”, relata a professora. Outra vantagem é a necessidade de lidar com a responsabilidade inerente a cada cargo empresarial, assim como fornecedores e patrocinadores.

De acordo com Janaína, a oportunidade de participar de uma miniempresa se assemelha ao primeiro emprego. “Eles descobrem na prática que as empresas, no Brasil, sofrem com a falta de planejamento. Eles aprendem a planejar, a fazer um plano de negócios e a solucionar problemas com mais eficiência. E aprendem muito com seus próprios erros”, explica. Esse tipo de aprendizado seria de grande valia para boa parte dos empreendedores do país, segundo uma pesquisa conduzida pelo Sebrae. Três fatores são considerados responsáveis pelos elevados índices de mortalidade das empresas do país: (1) falta de comportamento empreendedor por parte do responsável; (2) lacunas no planejamento do negócio; e (3) pouca experiência na gestão empresarial.