Crianças brasileiras têm pouco contato com a natureza
Elas conseguem passar horas a fio mexendo em tablets, smartphones, computadores ou videogames. Desde cedo, estas encantadoras tecnologias preenchem o espaço que antes era dedicado às brincadeiras antigas e ao ar livre. "E isso, muitas vezes, prejudica o desenvolvimento infantil. O que percebemos é que o uso dos dispositivos eletrônicos pode fazer com que a criança deixe de interagir com o ambiente e as pessoas ao seu redor, levando-a ao isolamento e ao individualismo", explica Esther Cristina Pereira, psicopedagoga e diretora da Escola Atuação.
Segundo um estudo divulgado pela Children & Nature Network em 2009, o Brasil está entre os três países cujas as crianças exploram a natureza com menos frequência. Fundamental para o desenvolvimento cognitivo e psicológico, o contato com a natureza na infância ainda estimula os sentidos, a criatividade e o comprometimento com a sustentabilidade e a preservação ambiental.
Por meio de um espaço verde com horta e animais - pássaros, chinchilas, coelhos, peixes, tartarugas e galinhas - a Escola Atuação promove uma série de oportunidades para que as crianças convivam com a natureza. “Acreditamos que o meio ambiente, as flores e os animais ajudam no fortalecimento das relações da criança com o mundo, além de trabalhar a afetividade e a compreensão dos ciclos da vida. Os resultados de aprendizado são muito positivos”, revela a psicopedagoga.
Lá, os pequenos aprendem a plantar, a cuidar dos animais e ainda têm contato com a terra. Brincadeiras ao ar livre e atividades pedagógicas que utilizem este espaço são incentivadas pelos professores. A instituição também mantém a Estação Ecológica Vô Caldinus, em Campo Largo, onde as crianças podem ter contato maior com a natureza, além de acompanhar o processo de destinação correta dado ao lixo orgânico produzido pelo próprio colégio.