Cone chinês ou cotonetes, um perigo ao alcance das mãos!
Você sabia que utilizar estas “técnicas” para tirar cera do ouvido pode implicar em complicações?
Há diversos vídeos e materiais na internet que mostram um cone de papel e parafina utilizado para retirar a cera do ouvido, o que muitos não sabem é que também existem casos de queimadura do ouvido e até perfuração da membrana timpânica, o que causa perda auditiva envolvendo o procedimento.
Segundo o otorrinolaringologista do hospital IPO, Rodrigo Kopp Rezende, utilizar qualquer tipo de artifício caseiro é muito perigoso e, por isso, não deve ser reproduzido. “A retirada do excesso de cera em um consultório é muito rápida, indolor e eficaz, além disso, a cera tem uma função de proteção e, por isso, só deve ser retirada quando estiver afetando a audição ou por orientação médica”, explica.
“A utilização do cone chinês ou hindu é um perigo! Não é tão difícil ver casos envolvendo de queimaduras, obstrução ainda maior do conduto auditivo, perfuração da membrana timpânica e até a perda auditiva”, explica o especialista.
De acordo com especialista, nem as famosas hastes flexíveis, ou cotonetes, devem ser utilizados sem controle. “Fora o perigo da pessoa acabar rompendo o tímpano por trauma direto, os cotonetes acabam, na maioria das vezes, empurrando e compactando a cera dentro do ouvido, o que provoca a piora dos sintomas de perda auditiva e pressão no ouvido”, conta. Segundo ele, o correto a se fazer é, após o banho, utilizar a toalha e o dedo para limpar até onde este alcançar e, de forma alguma, introduzir qualquer objeto dentro do ouvido.
Importância da cera
O médico explica que a cera serve para proteção contra o ressecamento e infecções, pois provoca a impermeabilização do ouvido, tem função antibacteriana, diminui o Ph e ainda impede a entrada de pequenos corpos estranhos no ouvido.
Sobre o Hospital IPO
O Hospital IPO é especializado no tratamento de ouvido, nariz e garganta, e conta com uma equipe multidisciplinar de áreas relacionadas à otorrinolaringologia. Atualmente possui o único pronto-atendimento 24 horas da especialidade no sul do País, seis centros de tratamento, estrutura educacional volta a otorrinolaringologia, mais de 150 médicos atendendo em 20 especialidades e mais de 20 unidades de atendimento no Paraná e Santa Catarina. O grupo surgiu com união de um grupo de professores de medicina da Universidade Federal do Paraná, em outubro de 1992, para a criação de um centro especializado em otorrinolaringologia, ofertando consultas, exames, procedimentos ambulatoriais e cirúrgicos. Em junho de 2000 inaugurou seu hospital, um edifício de 11 mil metros quadrados, dispostos em 10 andares, localizado em Curitiba, no bairro Água Verde. www.ipo.com.br