Cigarro: o vilão da cicatrização da pele

Cigarro: o vilão da cicatrização da pele 

Os malefícios do tabaco são indiscutíveis, em especial se o fumante já possui alguma doença ou se necessita de procedimento cirúrgico. Além de todos os danos já conhecidos, como infarto e câncer, fumar dificulta a cicatrização da pele, podendo ocasionar gangrenas, necroses e rompimento de suturas. Dentre as orientações passadas antes de qualquer procedimento invasivo, como uma cirurgia, parar de fumar entra como uma das principais, isso porque o efeito da nicotina no organismo reduz a vascularização da pele, atrapalhando o processo de cicatrização. Além disso, no caso de procedimentos cirúrgicos que utilizam anestesia, o paciente fica suscetível a problemas como embolia e trombose. 

De acordo com Antônio Rangel, enfermeiro estomaterapeuta e podiatra da Membracel, o paciente fumante tem o diâmetro dos pequenos vasos reduzido, o que dificulta a oxigenação e distribuição de nutrientes para as células. “A pele perde vitalidade e envelhece precocemente. Isso faz com que a epitelização fique comprometida, podendo até ocasionar cicatrizes irreversíveis”, destaca Rangel. 

A pele é o maior órgão do corpo humano, chegando a corresponder a 40% do nosso peso total. Dessa forma, os efeitos do tabaco podem ser bastante prejudiciais. “A pele do paciente fumante pode sofrer com falta de sustentação dos tecidos, resultado da baixa oxigenação e da falta de vitaminas antioxidantes essenciais para a produção de colágeno, que é a principal proteína da pele”, afirma o enfermeiro, que é especialista no tratamento em feridas. Segundo ele, como normalmente as feridas em pacientes fumantes levam mais tempo na regeneração tecidual, é necessário utilizar curativos especiais que aceleram a cicatrização.