Cães ganham nova aliada no combate à dirofilariose
Doença de diagnóstico e tratamento complicados vem apresentando novos casos em Curitiba
A transmissão de doenças por picada de mosquitos não é uma preocupação apenas com a saúde dos humanos. Os pets também podem ser acometidos por uma grave doença - a dirofilariose - cujo transmissores são os mosquitos dos gêneros Aedes, Culex e Anopheles. Ao sugar o sangue de um animal infectado, o mosquito ingere as microfilárias, que se desenvolvem em seu organismo transformando-se em larvas que serão transmitidas a outros animais durante a picada.
Causada pelo parasita Dirofilaria Immitis, a doença é também conhecida como verme do coração porque as larvas se desenvolvem nos tecidos e migram para o coração e artérias pulmonares. Os cães são as principais vítimas dessa doença, mas ela também pode atacar outros mamíferos e até mesmo os humanos. Estudos recentes apontam que essa doença já atinge mais de 20% dos animais em algumas áreas do Brasil.
A dirofilariose é uma doença silenciosa. A maior parte dos animais não apresenta sintomas até que a doença esteja bastante evoluída. Com o passar do tempo, os vermes adultos se proliferam e atingem tamanhos tão grandes que causam insuficiência cardíaca no animal. Sintomas como tosse, falta de ar, diminuição de peso, coloração escurecida da língua e intolerância ao exercício começam a aparecer. “Por isso, a realização de um exame de sangue é fundamental na detecção precoce da doença” enfatiza Adriane Molardi Bainy, veterinária do pet center HiperZoo. “Atualmente, existe tratamento para o verme do coração, porém as chances serão maiores se o cão for diagnosticado no início da doença” complementa.
Prevenção
O clima quente e úmido é ideal para a proliferação de mosquitos e por isso os focos são maiores nas regiões litorâneas, próximas a matas e principalmente durante o verão. Mas não significa que animais não corram riscos mesmo em outras regiões ou quando passam curtos períodos no litoral, por exemplo. O velho ditado “prevenir é o melhor remédio” cai muito bem para essa doença de diagnóstico e tratamento difíceis.
A novidade que está atraindo os tutores de cães é a uma vacina que garante proteção durante 12 meses. “Optei pela vacina, pois achei a opção mais segura e prática para cuidar do meu cão. Assim não corro o risco de esquecer de administrar o vermífugo mensalmente para ele” conta Emerson Borges Azanha, tutor do cão Barth. A imunização pode ser feita em cães com mais de 6 meses de idade e aplicada juntamente com as demais vacinas que compõem o programa de prevenção do animal.
“Em Curitiba, já foram detectados vários casos de dirofilariose e por isso estamos orientando nossos clientes sobre a importância de realizar o exame diagnóstico e a vacinarem seus cães” comenta a veterinária Adriane. O teste é realizado com uma pequena amostra de sangue e o resultado é imediato. Se o animal estiver sadio, já pode ser vacinado e o tutor ficar tranquilo pelo período de um ano.