Aplicativo contribui para melhorias higiênico-sanitárias em serviços de alimentação
O curso de Nutrição da Universidade Positivo e o Centro Tecnológico Positivo renovaram a parceria estabelecida no segundo semestre de 2015 para o desenvolvimento de aplicativos móveis gratuitos para o controle da segurança e elaboração da rotulagem de alimentos. O primeiro fruto dessa parceria é um dispositivo elaborado para celular e tablet, que faz o diagnóstico das condições higiênico-sanitárias em serviços de alimentação.
Esse dispositivo apresenta uma lista de avaliação com os requisitos da legislação sanitária nacional de Boas Práticas para Serviços de Alimentação (Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 216/2004), cujos requisitos são avaliados como: adequado, inadequado ou não se aplica. Para todas as inadequações, dispõe-se de um espaço para a descrição da não conformidade e a anexação de uma foto. Após a aplicação da lista de avaliação, a ferramenta gera um plano de ação, que consolida os resultados obtidos, descrição das não conformidades encontradas e registro fotográfico. “A partir de agora, o intuito é melhorar a funcionalidade e a interface do aplicativo”, afirma Lize Stangarlin-Fiori, professora do curso de Nutrição da UP.
Atualmente, existem no Brasil seis legislações que estabelecem os requisitos de Boas Práticas para os Serviços de Alimentação: uma em nível federal, quatro em nível estadual e uma em nível municipal. De acordo com Stangarlin-Fiori, a meta é de que as próximas atualizações do aplicativo tragam também os requisitos exigidos nas legislações estadual e municipal sobre Boas Práticas em Serviços de Alimentação. “Esse aplicativo é interessante porque facilita a primeira etapa da implementação das boas práticas: a do diagnóstico”.
A professora explica que na fase do diagnóstico o serviço de alimentação é avaliado perante a legislação vigente, sendo que as não conformidades são enquadradas em um planejamento de melhoria. Trata-se de uma etapa bastante demorada, que exige a aplicação de uma lista de avaliação e de um modelo de plano de ação – que devem ser impressos para a avaliação. Ou seja, com o aplicativo, de analógico, o processo passa a ser digital. “A organização dos documentos por meio do aplicativo é instantânea e segura”, completa Fiori.
Além disso, o dispositivo tem o mérito de não exigir de seus usuários conhecimentos específicos, facilitando o planejamento de todos os itens que precisam ser melhorados – o que repercute de maneira significativa na segurança dos alimentos e, assim, na saúde dos consumidores. O projeto – que será apresentado no XXIV Congresso Brasileiro de Nutrição, de 26 a 29 de outubro, em Porto Alegre –, é coordenado por Lize Stangarlin-Fiori e Emmanuel Alencar Furtado, coordenador dos cursos de Jogos Digitais, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Sistemas para Internet do, CT Positivo.
Para a criação desse primeiro aplicativo, a equipe de trabalho contou com a participação de cinco alunos do CT Positivo (Adriana De Souza, Ana Carolina Kossoski, Amanda Silveira dos Santos, Evellyn Natasha Grein e Vinicius Francisco de Paula) e quatro alunos do curso de Nutrição (Diego Casertan Vera Ponchek, Ana Wognski e Bruna Gabriella). “Agora, a ideia é de que o projeto seja divulgado amplamente, para que todos os interessados possam usufruir dessa excelente ferramenta de trabalho”, completa Fiori.