Alunos destacam segurança ao passar pela experiência do simulador

Alunos destacam segurança ao passar pela experiência do simulador

Em Macapá (AM), já foram ministradas 220 aulas nos equipamentos desenvolvidos pela Mobilis 

Ao reproduzir situações que encontrarão no dia a dia e incidentes impraticáveis nas aulas convencionais da autoescola, os simuladores preparam os candidatos à CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para enfrentar cenários rotineiros e adversos, como aquaplanagem, animais na pista e travessia inesperada de pedestres. O cunho pedagógico dos equipamentos da Mobilis – empresa especializada em simuladores - permite ainda que os instrutores tenham uma visão abrangente das limitações e habilidades de cada aluno, possibilitando um aprendizado personalizado. Em meados de setembro, a empresa capacitou 64 profissionais, entre instrutores e diretores de ensino, de todos os Centros de Formação de Condutores (CFCs) do Amapá. Ao longo do mesmo mês, foram dadas 220 aulas nos simuladores, que somam 183 horas e totalizam 44 alunos. 

Para atender à demanda de Macapá (AM), foi preparado um centro de simulação com cinco equipamentos disponíveis para utilização de todos os CFCs. Conforme Doralina Macedo, uma das diretoras de ensino que atuam no espaço, embora a implantação esteja no começo, já é possível perceber uma aceitação expressiva dos alunos. “Por meio do equipamento, conseguimos detectar as dificuldades de cada um. Os casos mais significativos são de candidatos que já dirigem e trazem vícios na condução e aqueles que não têm noção alguma do veículo. Para ambos, o simulador educa com segurança para a prática”, salienta. 

Sem contato prévio com qualquer veículo, a estudante Arella Lima acaba de concluir as aulas práticas e reconhece a importância do intermédio entre a teoria e o aprendizado proporcionado pelas aulas no simulador. “Eu nunca tinha dirigido e estava bem nervosa para encarar o trânsito. O simulador trouxe uma noção maior dos comandos da marcha, pedais e volante, além das reações que o carro tem na realidade. Ele me deu mais segurança para as aulas na rua”, conta. 

Mas não foram apenas candidatos sem experiência a depositar no simulador o ganho de segurança. Para o estivador Wesley Nascimento, que termina as aulas práticas no início de outubro e já tinha certa experiência em dirigir, os módulos incorporados pelo equipamento surpreenderam. “É bem proveitoso acompanhar o passo a passo que o simulador dá sobre as normas de trânsito, pois desconhecemos muitas delas. Fiquei mais seguro para a prática e achei que o equipamento reproduz bem a realidade”, opina. 

Instrutor há sete anos, José da Silva, acompanhou candidatos que passaram pelo simulador e acredita que este contato é determinante, justamente por familiarizar o aluno com o veículo, conexão perceptível quando chegam às aulas na rua. “Eles já vêm conhecendo comandos simples, como utilizar as setas e mudar de marcha, o que, algumas vezes, estão entre os erros mais cometidos nas primeiras aulas práticas”, compara.