A influência de uma lesão no estado emocional do paciente
O surgimento de uma ferida crônica, além de diretamente relacionado à saúde do paciente, pode comprometer muito sua condição psicológica e social, pois, por vezes, afasta o indivíduo do trabalho, da família e do convívio social. Estudos confirmam que o estado emocional influencia na recuperação de doenças e lesões. O depoimento do Enfermeiro Antônio Rangel, especialista em feridas da Membracel, demonstra isso. Ao longo de anos trabalhando com lesões de pele, Rangel relata que o tratamento de uma ferida crônica pode ser longo e muitas vezes doloroso. “As consequências psicológicas e sociais acabam se tornando cada vez mais complexas”, destaca o estomaterapeuta.
Esconder o surgimento de uma ferida e não tratá-la adequadamente é bastante comum e pode trazer consequências graves, sobretudo em pacientes idosos, diabéticos e com problemas circulatórios, aumentando a dor e o sofrimento e agravando o quadro. A vergonha dos familiares e receio de que se afastem, o temor pelo tratamento e o medo de sentir dor estão entre os principais motivos deste descuido. Nesses casos, ao contrário do que se indica, o tratamento é iniciado quando o ferimento já está avançado, muito extenso ou com forte odor. “Esconder a ferida pode levar ao agravamento do quadro, fazendo com que a lesão se torne crônica e retardando o processo cicatricial”, afirma o enfermeiro. Em casos mais graves, as consequências podem ser ainda piores, acarretando em infecções, contaminações por bactérias multirresistentes ou até mesmo na necessidade de amputação do membro ou parte dele, como nos casos de insuficiência arterial dos membros inferiores. Dessa forma, é indicado que os familiares estejam atentos às mudanças de comportamento, principalmente de pessoas idosas e acamadas.
Os pacientes podem contar com diversos tratamentos disponíveis no mercado, que dependem das condições da ferida. “De modo geral, o tratamento com a membrana regeneradora porosa tem se mostrado muito eficaz, uma vez que reduz a dor logo nas primeiras aplicações, acelera o processo cicatricial e não necessita trocas diárias do curativo primário”, destaca Rangel. Esses fatores, aliados à percepção de melhora, tranquilizam o paciente e aumentam sua confiança, auxiliando para o sucesso no tratamento e recuperação completa do paciente.